Adultos

Lição 7 - A responsabilidade é individual III

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2022

Adultos - A JUSTIÇA DIVINA - A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel

COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 7 – A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL

Texto: Ezequiel 18.20-28

Introdução: Para além da responsabilidade individual, a Palavra de Deus se posiciona contra o fatalismo, isto é, contra a ideia de que tudo está determinado por um rígido destino

I – SOBRE A MÁXIMA USADA EM ISRAEL

1- Uma máxima equivocada (das uvas) (Ez 18.2)

1.1. O ditado popular “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram” se baseava numa interpretação equivocada sobre o terceiro mandamento do Decálogo (Êx 20.5; Dt 5.9).

a. A maldição não é hereditária, ela só permanece quando os filhos continuam nos pecados dos pais; veja a expressão “daqueles que me aborrecem”. (Êx 20.5)

. É um princípio divino estabelecido desde a lei de Moisés (Dt 24.16)

. Isso é lembrado na história de Israel (2Rs 14.5,6)

2- Jeremias e Ezequiel trataram do assunto das uvas

2.1. A palavra profética em Jeremias é escatológica.

a. A seção de Jeremias 30-33 é o Livro da Consolação

. Essa parte da profecia anuncia a restauração de Israel e de Judá e contempla o futuro glorioso da nação unificada.

b. Esse oráculo está nesse contexto, como nos revela também a profecia no livro de Jeremias (Jr 31.29,30).

c. É nesse contexto escatológico que nunca mais será pronunciado em Israel tal provérbio popular.

2.2. A proibição anunciada por Ezequiel é imediata (Ez 18.2,3)

3- O problema das uvas em nosso tempo

3.1. A doutrina das “uvas verdes e dentes embotados” que predominou o imaginário popular de Israel (Jr 31.29; Ez 18.2) veio a ser parte do cardápio doutrinário de um movimento infiltrado em algumas igrejas conhecido como “Batalha Espiritual”.

a. Essa parte do ensino é a conhecida extravagante doutrina da maldição hereditária.

b. Quando alguém se converte a Cristo, deixa de aborrecer a Deus, logo, essa passagem do terceiro mandamento do Decálogo não pode se aplicar aos crentes (Rm 5.8-10)

. Eles se tornam em uma nova criatura (2Co 5.17)

3.2. Devemos orar e agir para que esses ensinos equivocados não prosperem em nossas igrejas (Jd v.3).

II – SOBRE A SALVAÇÃO PARA TODOS OS SERES HUMANOS

1- Há esperança para o pecador (Ez 18. 21,22,23).

1.1. Ezequiel afirma em todo o capítulo que há esperança para o pecador (Ez 18.4,20)

1.2. A vontade de Deus é a salvação de todos os seres humanos (Jo 5.20; 1Tm 2.4; 2Pe 3.9)

2- Refutando um pensamento fatalista (Ez 18.20).

2.1. Tanto os exilados na Babilônia como os que estavam em Judá e em Jerusalém acreditavam:

a. Numa ideia falsa de que estavam pagando pelos pecados dos pais, mesmo depois da destruição de Jerusalém (Lm 5.7)

b. Ou se justificavam baseado nessa ideia

2.2. Deus proíbe o uso desse ditado popular porque a responsabilidade é individual (Ez 18.20)

a. A palavra “alma”, nesse contexto, significa a própria pessoa

3- Duas situações (Ez 18.2,22,24).

3.1. O profeta explica, com clareza, os oráculos divinos sobre a relação de Deus com os seres humanos

a. Se o pecador abandona o pecado, não morrerá (Ez 18.21-22)

b. Se o justo se desviar da justiça e cometer injustiças, esse morrerá (Ez 18.24)

3.2. É possível, sim, o salvo perder a salvação

a. Temporariamente (Lc 15.32)

b. Definitivamente (2Pe 2.20-22)

III – SOBRE A REAÇÃO DE ISRAEL

1- Uma pergunta retórica (Ez 18.25)

1.1. Na verdade, são duas perguntas:

a. Não é o meu caminho direito?

b. Não são os vossos caminhos torcidos?

1.2. A pergunta retórica não espera resposta, trata-se de uma afirmação em forma de pergunta

a. Esses recursos estilísticos são frequentes nas Escrituras:

. “Não é Arão, o levita, teu irmão?” (Êx 4.14)

. “Não errais vós em razão de não saberdes as Escrituras e nem o poder de Deus?” (Mc 12.24; cf. Ez 8.6; Jo 4.35; 6.70; 1 Co 10.16)

1.3. Depois de explicar essa verdade e apresentar os fatos vem a conclusão: os caminhos do Senhor são corretos e os do povo, torcidos.

2- Sobre a justiça.

2.1. Ezequiel deixa claro que a lei da responsabilidade individual é justa e está de acordo com os atributos divinos.

a. Esse atributo é manifesto no castigo do pecador e na premiação do justo (Rm 2.6).

b. Esse atributo se harmoniza com a santidade de Deus.

. Somente Deus é o justo juiz (Sl 7.11)

3- O arrependimento (Ez 18. 27,28).

3.1. Todos precisam de arrependimento e buscar o perdão de Deus e não acusar o próprio Deus (Is 55.6,7; At 3.19)

a. Essa história se repete em nossos dias, porque é tendência dessas pessoas culparem a Deus pelas suas mazelas.

3.2. Devemos levar a Palavra de Deus a essas pessoas, pois nenhuma felicidade pode ser plena sem Jesus.

Conclusão: Depois de refutar o imaginário popular de que Deus estivesse sendo injusto pelo castigo do povo, o profeta chama os seus leitores para uma reflexão. Esse discurso soteriológico é muito importante e continua atual na vida da igreja e na pregação cristã. É nossa responsabilidade levar essa mensagem aos perdidos da terra.

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