Adultos

Lição 4 - O corpo como templo do Espírito Santo VI

ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - CORPO, ALMA E ESPÍRITO: A restauração integral do ser humano para chegar à estatura completa de Cristo

COMENTARISTA: Silas Queiroz

COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 4 – O CORPO COMO TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO

Nesta oportunidade, estudaremos uma das doutrinas mais importantes dos ensinos de Paulo: o corpo como templo do Espírito Santo. O cuidado do corpo enquanto templo do Espírito Santo está além de ele ser um instrumento dos propósitos divinos. O crente é habitação do Espírito não apenas para executar dons espirituais e ministeriais com vista à edificação da igreja (ICO 12.4-11). É de fundamental importância o crente preservar a comunhão plena e a intimidade com o Senhor. Para tanto, precisa manter seu corpo em santificação e honra (Rm 12.1,2)

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

CORPO: PROPRIEDADE E HABITAÇÃO DIVINA

A Queda afetou o ser humano por inteiro. Por isso, Deus, o Pai, planejou e executou uma obra de completa Redenção através do sacrifício de Jesus Cristo, o seu próprio Filho. Esse resgate, efetuado mediante preço de sangue (l Pe 1.18, 19), não alcança apenas a parte imaterial do homem, mas também o corpo (l co 6.20). Essa visão da integralidade do ser humano, como uma unidade composta, é essencial em todos os aspectos de nossa existência, para que não tenhamos um pensamento dualista, que nos conduz a condutas que busquem compartimentar a vida, valorizando o espírito e desprezando a matéria, como se ela fosse má.

Como redimidos pelo sangue de Jesus Cristo, o salvo agora passa a pertencer a Deus como "comprado pelo sangue de Cristo". Nesse sentido somos conhecidos como templo do Espírito Santo, o que nos convida a termos o entendimento correto sobre o cuidado e mordomia de nosso corpo.

Por isso somos convidados a mudar os padrões antes seguidos quando estávamos sob domínio total do pecado, visando cuidar tanto dos aspectos espirituais quanto físicos, como prova de que estamos zelando do lugar de habitação do Espírito Santo de Deus que realiza a sua obra em, e através, de nós.

O que se espera de todo cristão (da Igreja) é que haja progresso espiritual à medida que a Palavra de Deus é ensinada e exercita-se a comunhão, o amor, a fé, a esperança e as demais virtudes do Espírito (Gl 5.22). Contudo, há casos em que infelizmente parece haver estagnação e até retrocesso, com crentes e igrejas repetindo os mesmos problemas infantis; girando em torno de questões banais e rasteiras, disputas pueris e lutas fratricidas. As vezes, isso é visto até mesmo entre os que tem o dever de trabalhar pelo aperfeiçoa mento dos santos, como acontecia em Corinto (2 co I l. 12-15). Esse tipo de cenário costuma florescer em igrejas que misturam manifestações de dons espirituais e obras da carne (Gl 5.19-21)?

Destaque

Ao referir-se ao corpo do cristão como uma "propriedade" de Deus, devidamente comprado por bom preço (l co 6.20), Paulo transmite a clara lição de direito absoluto; o domínio pleno que o Remidor tem sobre a sua possessão. Esse, ademais, é o conceito de propriedade comum, visto, inclusive, no Direito Civil: o detentor da propriedade deve ter também o domínio. Assim, se pertencemos ao Espírito, devemos viver sob o seu domínio a fim de glorificá-lo.

O CORPO COMO UM TABERNÁCULO

Para avançarmos no pensamento desenvolvido pela lição, o autor nos conduz à afirmação do apóstolo Paulo que compara o nosso corpo a um tabernáculo (2 co 5.4). De fato, assim como um tabernáculo nós somos portadores da presença de Deus que está em nós, mas não somente por isso devemos olhar para o nosso corpo como um tabernáculo.

Assim como o tabernáculo no deserto era dividido em três partes, também o homem o é. O pátio do tabernáculo representa a parte externa e visível do homem, que é o seu corpo; o lugar santo, que não se podia ver de fora, representa a alma, e o lugar santíssimo representa o espírito do homem.

Como "tabernáculos" vivos, devemos exalar a presença de Deus por onde caminharmos. Nós não abrigamos a presença de Deus para retê-la ou escondê-la do mundo caído, mas sim somos a geração eleita que tem a missão de conduzir o mundo a Deus, e por isso que a presença dEle em nós deve ser o nosso guia.

Não tenhamos dúvida: Deus quer encher-nos e manter-nos cheios do seu Espírito, permitindo que o sintamos em todo o nosso ser: espírito, alma e corpo (Ef 3.19; 5.18). Essa profunda experiência espiritual e sensorial sempre foi marca distintiva dos pentecostais clássicos e assim continuará se permanecermos buscando a santa e doce presença do Espírito de Deus. Não pode tornar-se estranho entre nós as visíveis e audíveis manifestações divinas (At 10.44-46; I co 12.7-11). "O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará" (LV 6.13)?

Destaque

De fato, é possível ver a imagem tricotômica do ser humano nas três partes da edificação feita no deserto: (l) o pátio — um espaço externo aberto (2) o Lugar Santo e (3) o Lugar Santíssimo — um espaço interno único, coberto, separado apenas por um véu (Ex 26.33; 27.9), o que lembra a tênue divisão entre alma e espírito (Hb 4.12). O pastor Antonio Gilberto faz a mesma analogia, acrescentando também o próprio templo. Comentando I Tessalonicenses 5.23, ele recomenda: "Confronte as referências do homem ao Tabernáculo e Templo, os quais eram tripartidos (l co 3.16; 2Co 5.1; 2Pe 1.13-14)". Severino Pedro da Silva desenvolve o mesmo raciocínio.

CUIDANDO DO TEMPLO DO ESPÍRITO

Com a correta compreensão de que somos o templo de Deus, isto é, o lugar onde a Sua presença habita e deve ser exalada, alguns cuidados devem ser observados para que possamos continuar destacando a Cristo em nós.

Como o templo de Deus em meio a uma sociedade perversa, o povo de Deus não devia participar dos pecados prevalescentes na sociedade. O povo de Deus deve rejeitar todas as formas de imoralidade. O templo de Deus deve ser santo (l co 3.17), por Deus é Santo (l Pe 1.14-16).

Os pecados sexuais produzem consequências de gravidade e dimensão incalculáveis. Além de afetarem diretamente o corpo, mancham .profunda mente a alma e o espírito, trazendo culpa, vergonha, angústia, dor e muitas outras consequências. O seu raio de destruição costuma não ficar restrito aos autores da prática, e isso diz respeito a todo e qualquer pecado sexual.

E não somente os pecados de caráter sexual devem ser evitados, precisamos olhar para o cuidado com a nossa condição fisica. Sim, o crente deve buscar uma qualidade de vida que o permita estar de pé por longos anos, pois isso é uma medida de profilaxia quanto às mazelas dos tempos atuais.

Destaque

Uma vez que compreendemos o aspecto espiritual de nossa realidade corpórea, é salutar que nos apliquemos fisicamente às disciplinas espirituais necessárias para uma vida cristã equilibrada e integralmente saudável. Nosso corpo tem um papel fundamental nesse processo, que é o exercício em piedade de que Paulo fala a Timóteo (l Tm 4.7,8). De fato, já vimos que não há como compartimentar a vida espiritual, como se fosse apenas uma atividade do espírito ou da alma ou de ambos como substâncias imateriais inseparáveis que são.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. ANTONIO VITOR LIMA BORBA

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