Adultos

Lição 6 - O livro de Ester IV

ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2024

Adultos - O DEUS QUE GOVERNA O MUNDO E CUIDA DA FAMÍLIA: os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração

COMENTARISTA: Silas Queiroz

COMENTÁRIO: PASTOR ADILSON GUILHERMEL

LIÇÃO Nº 6 – O LIVRO DE ESTER

Introdução: O livro de Ester, uma história de fé e coragem, protagonizado por uma mulher judia chamada Hadassa, (murta) a qual na corte do rei veio a se chamar Ester, (estrela). O nome Ester provavelmente foi escolhido como um reconhecimento de sua beleza, após tornar-se rainha. Esta história cronologicamente se desenvolveu no período entre o retorno de Zorobabel e Esdras. O livro pode ser classificado como um romance, ou seja, uma história verídica contada de forma romântica, comparável a bela história de Rute. Uma característica no livro de Ester, é a ausência do nome de Deus, mas apesar de não fazer menções diretas a Deus, a sua presença é sentida ao longo da história, manifestando-se por meio de eventos providenciais e da fé dos personagens. Isso não significa que Deus não tem parte neste livro, muito pelo contrário, Ele marca a sua presença o tempo todo, só que em oculto. Deus às vezes se oculta ao cumprir os seus propósitos no mundo. Este livro é um dos livros históricos do Antigo Testamento, conhecido pela sua narrativa emocionante e pela celebração da festa de Purim. Ele narra a história de Ester, uma jovem judia que se torna a rainha da Pérsia. Ao descobrir um plano maligno de Hamã, um oficial persa, para exterminar todos os judeus do império, Ester, com grande coragem, intercede perante o rei em favor do seu povo. Os personagens que figuram na história, tem como principal a rainha Ester, uma figura central caracterizada pela sua beleza, sabedoria e coragem. Ela foi a grande representante da fé e a esperança do povo judeu. Temos Mardoqueu tio de Ester e conselheiro fiel, que desempenha um papel fundamental na revelação do plano de Hamã e na salvação do povo judeus. A parte maligna envolve Hamã, o vilão da história, um homem ambicioso e cruel que busca a destruição dos judeus. Por fim, não se tratando aqui do personagem, temos a festa do Purim, instituída por Mardoqueu, em comemoração à libertação dos judeus, Purim é celebrada até hoje pelos judeus com um dia de alegria e gratidão. Nos livros precedentes vimos como Deus velava pelos judeus que voltaram do cativeiro que durou setenta anos. Agora neste livro nos conta como os que ainda permaneciam no exílio dispersos por todo o grande mundo pagão, mas foram maravilhosamente preservados pela proteção divina. Embora o nome de Deus não seja citado neste livro, todavia sua mão está manifesta em todo ele. Verdadeiramente o nosso Deus algumas vezes se oculta, mas nessa história Ele se revela agindo para atingir os seus propósitos em relação à proteção do seu povo.

1. O BANQUETE DO REI ASSUERO COM TODA OSTENTAÇÃO E EXIBICIONISMO.

Ester 1.1 – E sucedeu, nos dias de Assuero (este é aquele Assuero que reinou, desde a Índia até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias); Ester 1.2 – naqueles dias, assentando-se o rei Assuero sobre o trono do seu reino, que está na fortaleza de Susã, Ester 1.3 – no terceiro ano de seu reinado, fez um convite a todos os seus príncipes e seus servos (o poder da Pérsia e Média e os maiores senhores das províncias estavam perante ele), Ester 1.4 – para mostrar as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, a saber, cento e oitenta dias.

Os banquetes descritos eram comuns entre os reis persas e serviam para demonstrar o poder, a riqueza e a magnificência do monarca. A duração dos banquetes era de 180 dias para os nobres e 7 dias para todo o povo, enfatizando a grandiosidade dos eventos.

Foi no terceiro ano de Assuero, ou Xerxes, rei da Pérsia, 486-465 a.C. que essa história se iniciou. Foi convocado os governantes e nobres do vasto império para virem a Susã, capital da Pérsia. Esse banquete festivo deveria durar seis meses, onde o rei se vangloriava em apresentar a riqueza e esplendor, tanto dele próprio, como também do seu domínio do mundo da época.

Xerxes gostava e tinha prazer em exibir seu poder e suas riquezas e pavoneou-se diante dos governadores e das tropas de elite continuando nessa exibição por 180 dias. Se não era um prepara para uma invasão a outro país, então estava apenas desperdiçando seu tempo por pura vaidade. Devemos supor que durante esse período de seis meses, ele e os demais continuavam comendo e bebendo, enquanto o povo pagava as contas com altos impostos e taxas.

2. O BANQUETE A TODO O POVO VISA CONSOLIDAR O PODER E AUTORIDADE DO REI.

Ester 1.5 – E, acabados aqueles dias, fez o rei um convite a todo o povo que se achou na fortaleza de Susã, desde o maior até ao menor, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real. Ester 1.6 – As tapeçarias eram de pano branco, verde e azul celeste, pendentes de cordões de linho fino e púrpura, e argolas de prata, e colunas de mármore; os leitos eram de ouro e de prata, sobre um pavimento de pórfiro, e de mármore, e de alabastro, e de pedras preciosas.

A descrição detalhada das tapeçarias, leitos, copos e do pavimento do palácio real revela a opulência e o luxo da corte persa. Esses elementos visuais simbolizam o poder e a riqueza do rei. Ao oferecer um banquete tão grandioso para toda população de Susã, o rei Assuero reafirma seu poder e autoridade. É uma forma de exibir sua riqueza e generosidade, visando fortalecer sua posição como governante. O banquete serve como um momento de união e celebração para todo o povo. Sua intenção em convidar pessoas de diferentes classes sociais, o rei tem em vista fortalecer os laços de lealdade e criar um senso e comunidade.

3. O BANQUETE ESTAVA FESTIVO, MAS TODA ALEGRIA SERIA CONSTRANGIDA.

Ester 1.7 – E dava-se de beber em vasos de ouro, e os vasos eram diferentes uns dos outros; e havia muito vinho real, segundo o estado do rei.

Ester 1.8 – E o beber era, por lei, feito sem que ninguém forçasse a outro; porque assim o tinha ordenado o rei expressamente a todos os grandes da sua casa que fizessem conforme a vontade de cada um. Ester 1.9 – Também a rainha Vasti fez um banquete para as mulheres da casa real do rei Assuero.

A bebida era farta e deviam beber sem constrangimento, indicando um ambiente de festa e descontração. No entanto, essa liberdade será contrastada com a rígida etiqueta da corte persa e com as consequências que a rainha Vasti enfrentará por sua desobediência. A rainha Vasti também aparece como um dos personagens centrais da história. Sua figura será importante para o desenrolar dos eventos, pois sua desobediência ao rei desencadeou uma série de acontecimentos que culminaram na ascensão de Ester ao trono. O ato de beber estava prescrito, porém, não era obrigatório. As mulheres, conforme o costume oriental, eram separadas dos homens em tais ocasiões, mas também tinham a sua festa. Ao mesmo tempo, da festa do rei, a rainha Vasti também oferecia um banquete na casa real que pertencia ao rei Assuero. A rainha Vasti é apresentada como uma figura poderosa e influente, onde se pode aprofundar nossa compreensão da posição da mulher na sociedade persa, da dinâmica do poder na corte e do papel dos banquetes como eventos sociais e políticos. A partir desse banquete promovido pela rainha, surgirão eventos dramáticos que seguirão nesta narrativa, que será desenvolvida a partir da próxima aula.

FONTE: https://www.pastorguilhermel.com.br/p/licao-06-o-livro-de-ester.html

PASTOR ADILSON GUILHERMEL

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