SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2023
Adultos - ATÉ OS CONFINS DA TERRA: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo
COMENTARISTA: Wagner Tadeu dos Santos Gaby
COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO
LIÇÃO Nº 13 – O PROPÓSITO DE MISSÕES
INTRODUÇÃO
Estamos caminhando para o final deste trimestre tão maravilhoso, e hoje iremos estudar uma lição que tem um grande objetivo: o que eu tenho feito para que o reino de Deus seja expandido em meio a minha comunidade, bairro e cidade. Ao longo deste trimestre estivemos observando a obra missionaria de um ponto de vista geral e aplicando a realidade local, hoje é a hora de analisarmos o real proposito de missões em relação a nós mesmos.
I – PORQUE DEVEMOS EVANGELIZAR
Dentre as muitas razões pelas quais devemos anunciar o evangelho, citaremos algumas:
1.1 Porque a humanidade está perdida. Por causa da desobediência de Adão, o homem tornou-se destituído da glória de Deus (Rm 3.23) e a situação espiritual da humanidade é de condenação e perdição (Rm 5.12,19; 6.23).
1.2 Porque somente Jesus Cristo pode salvar a humanidade. De acordo com as Escrituras, só existe um meio para que o homem possa obter a salvação: a fé em Jesus Cristo (Jo 3.16,17; At 4.12; Ef 2.8,9; I Tm 2.5). Mas, para que o pecador possa crer em Cristo, é necessário que alguém pregue o evangelho (Rm 10.13-17). Como poderíamos, então, deixar de falar do amor de Deus aos pecadores?
1.3 Porque temos pouco tempo. Os sinais que antecedem a Segunda Vinda de Cristo nos mostram que Jesus em breve voltará para vir buscar a Sua Igreja (Mt 24.1-14; Mc 13.1-13; Lc 21.5-36), como Ele mesmo prometeu (Jo 14.1-3; Ap 22.12). Por isso, devemos pregar a tempo e fora de tempo (2Tm 4.1,2).
II – O ALVO DA OBRA MISSIONARIA
A evangelização não consiste apenas em anunciar as boas-novas de salvação, mas, também, no convencimento do pecador, por parte do Espírito Santo, e na integração do novo crente, por parte da igreja local, como veremos a seguir:
2.1 Proclamação. É a primeira etapa da evangelização e consiste na comunicação ao pecador a respeito de sua condição de escravo do pecado (Rm 3.23; 6.23); da natureza e consequência dessa escravidão (Mc 16.16; Rm 5.18); do amor de Deus e de Sua providência, por intermédio de Jesus Cristo para salvação da humanidade (Jo 3.16; Rm 5,8); e da chamada divina para uma decisão por Cristo Jesus (Mt 11.28; Mc 16.15).
2.2 Convencimento. É a ação do Espírito Santo, por intermédio do crente e da exposição da Palavra de Deus, que convence o homem do seu estado pecaminoso, da justiça divina e do juízo vindouro (Jo 16.8-11). Após a conversão do pecador, o mesmo Espírito passa a habitar no novo crente, promovendo a regeneração (Jo 3.1-8; Tt 3.5-7).
2.3 Integração. Depois da conversão, o novo crente deve ser integrado à igreja local e conduzido ao discipulado, onde será conduzido ao desenvolvimento e amadurecimento da sua fé em Cristo Jesus (Ef 4.12,13; Cl 1.10; 1Pe 2.2). Escrevendo aos Coríntios, o apóstolo Paulo disse: “Eu plantei (evangelizador), Apolo regou (discipulador); mas Deus deu o crescimento” (1Co 3.6).
III – PREGAR O EVANGELHO, NOSSA RESPONSABILIDADE
Em seu livro “Manual de Evangelismo”, o pastor Valdir Bícego (1990, pp. 12-14) menciona como a Bíblia descreve a tarefa da evangelização. Vejamos:
3.1 Como um mandamento. O Senhor nos ordenou pregar o evangelho, pois Ele quer que a mensagem da salvação alcance a toda criatura (Mc 16.15), todas as nações (Mt 28.19), todo o mundo (Mc 16.15), todas as aldeias (Mt 9.35), todos os lugares (At 17.30). Todos os crentes, sem exceção, receberam esta incumbência do Senhor (Mt 10.8; 1Pd 2.9).
3.2 Como uma obrigação. O apóstolo Paulo via esta tarefa como uma obrigação: “[...] pois me é imposta esta obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho” (1Co 9.16). Não significa dizer que o crente deva pregar a Palavra constrangido ou forçado, e sim, que devemos sentir no nosso coração um profundo desejo de falar de Cristo aos pecadores, como o apóstolo Pedro, que disse: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20).
3.3 Como um dever de todo crente. A evangelização não é uma tarefa entregue apenas a liderança da Igreja, e nem a um
grupo de cristãos, mas, a todos os salvos (Mt 28.19,20; At 1.8). Portanto, todo aquele que foi alcançado por tão grande salvação, deve falar de Cristo aos pecadores. O próprio Jesus disse: “[...] de graça recebestes, de graça daí” (Mt 10.8).
3.4 Como um desafio. Pregar o evangelho não é uma tarefa fácil. Todo aquele que se dispõe a anunciar a mensagem da salvação deve estar consciente que sobrevirão dificuldades. Os apóstolos, por exemplo, foram açoitados, ameaçados e até presos por pregar a Cristo (At 4.17,21,29; 16.22,23; 22.19,24,25). Paulo também enfrentou oposição por parte de Elimas, o encantador (At 13.8-12); no Areópago, por parte dos escarnecedores (At 17.32-34); e, nas suas viagens missionárias, por parte das autoridades religiosas de Israel (At 9.23; 13.45,50; 14.1-5).
3.5 Como um privilégio. Um dos maiores privilégios do crente é poder cooperar com Deus. Paulo diz que nós somos “cooperadores de Deus” (1Co 3.9). E, quando estamos pregando a Palavra, o Senhor coopera conosco (Mc 16.20). Como é gratificante saber que, através de nós, muitas vidas poderão ser salvas (Rm 10.13-15; Jo 1.41,42). Paulo tinha esta experiência com os irmãos de Tessalônica (1Ts 2.7-11,19,20), e como alguns dos seus filhos na fé, como Tito (Tt 1.4) e Onésimo (Fm 10).
3.6 O compromisso de cada um de nós com a obra de missões. O sentimento do evangelizador deve ser o mesmo de Cristo: amor e compaixão pelas almas (Mt 9.36; 14.14; Mc 6.34; 8.2; Lc 7.13; Jo 10.11). Por isso, todo o seu ministério foi dedicado à conquista dos pecadores (Jo 4.34), pois Ele as via como ovelhas que não tem pastor (Mt 9.36) e como doentes que necessitavam de médicos (Mt 9.12). O amor pelas almas é o resultado de uma comunhão íntima com Deus (1Jo 4.19,20), bem como do conhecimento da perdição do pecador (Rm 6.23). O amor de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5.9), nos impulsiona poderosamente a levar as Boas Novas aos perdidos (2Co 5.14). Assim, o ganhador de almas, como o apóstolo Paulo, não deve temer prisões, tribulações e nem mesmo a morte (At 21.13), mas, seu desejo é cumprir com alegria a sua carreira de testificar do evangelho da graça de Deus (At 20.23,24).
IV – O QUE EU POSSO FAZER?
Segundo Horton (2006, pp. 299,300), “a Igreja é uma comunidade formada por Cristo em benefício do mundo. Cristo entregou-se em favor da Igreja, e então a revestiu com o poder do dom do Espírito Santo a fim de que ela pudesse cumprir o plano e propósito de Deus”. Muitos itens podem ser incluídos tais como: a evangelização, a adoração, a edificação e a responsabilidade social. Mas, em se tratando especificamente da evangelização, há cinco textos onde o Senhor Jesus comissiona seus discípulos para esta sublime tarefa, são eles: (Mt 28.18-20; Mc 16.15-20; Lc 24.46-49; Jo 20.21,22 e At 1.8). Esta missão que tem por objetivo proclamar o evangelho, seguida da mensagem de fé e arrependimento visando o homem em sua plenitude. Ela representa a responsabilidade da Igreja em promover o reino de Deus em meio à sociedade. Como representante do reino nesse mundo, a Igreja deve utilizar todos os meios legítimos para expansão do reino de Deus.
CONCLUSÃO
Como Igreja, devemos estar cônscios da nossa responsabilidade aqui na terra de proclamar as boas novas de salvação a todos os homens. Devemos utilizar dos diversos canais legítimos que dispomos, para que a mensagem de Cristo possa alcançar o maior número de pessoas. Esta, sem sombra de dúvida alguma, é a maior contribuição que podemos dar a nossa sociedade.
REFERÊNCIAS
• ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.
• BÍCEGO, Valdir. Manual de Evangelismo. CPAD.
• BOYER, Orlando. Esforça-te para Ganhar Almas. VIDA.
• COLEMAN, Robert E. Plano Mestre de Evangelismo Pessoal. CPAD.
• GABY, Wagner. Até os confins da Terra. CPAD
• GILBERTO, Antônio. A Prática do Evangelismo Pessoal. CPAD.
• HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. CPAD
• PEREIRA, Shostenes. Fundamentação Bíblica para Evangelização. BEREIA
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal para Juventude. CPAD
Fonte: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/ Acesso em 19 de Dez de 2023