NEY GOMES*
O IMPORTANTE NEGÓCIO DE ATOS 6
“Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.”.
(Atos 6. 3 – ACF)
A Bíblia é (podemos afirmar sem medo) a mãe de todas as formas justas de governo, sejam elas monarquias, repúblicas ou inomináveis. Ela é a mãe dos direitos humanos, sejam eles civis, militares ou de classes. Nenhum governo que se considera “do povo” jamais terá algum problema em ver seus cidadãos, leitores da Bíblia.
Foi a igreja que reafirmou que as minorias devem sempre ser protegidas, representadas e bem representadas (v. 3). No “Brasil” assistimos hoje com tristeza essa regra sendo destruída por violências que nascem dos filhos da corrupção. As nações não têm chance de dar uma vida pacifica aos seus cidadãos sem a Bíblia e sem a agradável sombra que ela faz sobre o caminho dos povos. Numa espécie de código simples de desvendar, a Bíblia em Atos 6 vai advertir que sistemas representativos só tem chance de funcionar com valores elevados, com virtudes. Os gregos nomeavam esse princípio de “Aristocracia”, isso é, o governo dos melhores. Veja o que pensava os maiores nomes da filosofia sobre isso segundo o “Wikipédia”:
"Para Aristóteles, a aristocracia era antes o governo de poucos, dos melhores cidadãos sem distinções de nascimento ou riqueza mas no sentido de possuírem melhor formação moral e intelectual para atender aos interesses do Povo. Completando-o Platão, em que termo aristocracia se fundia na virtude e na sabedoria. Caberia, portanto, aos sábios, aos melhores, aos "aristocráticos", enfim, dirigir o Estado no rumo do Bem-comum. Ele via a aristocracia como a melhor forma de governo dentre todas, pois cidadãos intelectualmente qualificados poderiam exercer o poder de forma justa, governando a cidade de modo a buscar sempre o melhor para todos.
Assim a aristocracia, como uma forma de governo, seria formada por um grupo de pessoas escolhidas com um extraordinário conhecimento sobre a ética, que estaria blindado das possibilidades de corrupção orquestradas para privilegiar interesses próprios ou o interesse dos mais ricos".
Por que o Ocidente está corrompido? Simples. Abandonamos o ideal aristocrático para abraçar performances carismáticas, realizadas por artistas de direita, esquerda e centro. O carisma, devemos lembrar: é bom para vender, não para governar! Mais adiante em Atos 12 seremos lembrados que líderes carismáticos são geralmente comidos por vermes, mas não antes de apodrecer a vida dos cidadãos de uma cidade ou país (At 12. 20- 23).
Aristocracia é poder que protege os grupos que se encontram nas periferias da vida, de qualquer comunidade. Quando essa necessidade atingiu a igreja, que crescia assustadoramente naqueles dias, uma elite aristocrática nos moldes do Evangelho foi chamada para se manifestar. Eles foram chamados “diáconos”, líderes do importe negócio que é cuidar e transformar a vida de ‘gentes’ de todo lugar (Tg 1. 27).
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COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. NEY GOMES