ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025
Jovens: A Verdadeira Religião - Um Convite à Autenticidade na Carta de Tiago
COMENTARISTA: Eduardo Leandro Alves
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO 4 - A AUTENTICIDADE CONTRA A PARCIALIDADE
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
A PROIBIÇÃO DA ACEPÇÃO DE PESSOAS
Um grande problema constante em nosso tempo, se encontra no tratamento diferenciado que muitos dispensam a públicos distintos na Igreja. O que percebemos é o fato de, em muitos lugares, a acepção de pessoas ser uma prática comum dentre os irmãos, tendo em vista interesses particulares que suprimem o interesse da Igreja.
Quando falamos em “acepção de pessoas”, esta expressão significa demonstrar atenção especial, ou favoritismo, a uma pessoa por causa da sua riqueza, roupas ou posição. Trata-se de um erro por várias razões: desagrada a Deus, que olha, não a aparência exterior, mas o coração (1 Sm 16.7); não é motivado pelo amor genuíno a todos (Tg 2.8).
Quem pratica tal ato nunca exerceu, verdadeiramente, o amor que Deus ensinou em Sua Palavra. Tratar uma pessoa de maneira desigual por causa de sua posição social, cor da pele, escolaridade, profissão, cargo na igreja ou linhagem parental, não deve ser a prática cristã que nos ensinou Jesus.
Tiago mostra que a maneira como nos comportamos com as pessoas indica o que realmente nós cremos sobre Deus. Não podemos separar relacionamento humano de comunhão divina (1 Jo 4.20). Tiago nos ensina que nós podemos testar nossa fé pela maneira como nós tratamos as pessoas. [...] A essência da lei de Deus é o amor ao próximo como a nós mesmos (2.8-11). A questão não é quem é o meu próximo, mas para quem eu posso ser o próximo? O amor é o cumprimento de toda a lei. Amar é tratar as pessoas como Deus nos trata. O sacerdote e o levita tinham uma fé ortodoxa. Eles serviam no templo. Mas eles falharam em viver a fé amando o próximo. A fé era ortodoxa, mas estava morta (Lc 10.31,32). Quem não ama é transgressor da lei. E se tropeçarmos em um único ponto, somos culpados da lei inteira (2.10).
AS CONSEQUÊNCIAS DO FAZER ACEPÇÃO DE PESSOAS
O preconceito social desvaloriza a dignidade intrínseca de cada ser humano, criado à imagem de Deus. Quando tratam os alguém com desdém por sua condição econômica, estamos desrespeitando a imagem divina (Imago Dei) que cada pessoa carrega.
Quem age de maneira preconceituosa, não entende o propósito divino para a Sua Igreja. O preconceito fere, divide, determina posições, enquanto o amor aproxima, une, junta aquilo que havia sido espalhado. A Palavra de Deus não nos chamou para distinguir pelo que alguém é, mas sim amar porque nós fomos amados pelo Pai.
A aceitação de alguém pela posição social é um pecado contra a lei do amor; torna-nos “juízes de maus pensamentos” (Tg 2.4); isto é, ao invés de honrarmos nosso “Senhor da glória” (Tg 2.1) e, de aceitarmos as pessoas à base da fé que têm em Cristo, favorecemos injustamente os ricos ou poderosos do mundo, com os motivos malignos das vantagens que disso podemos auferir.
Ao agirmos com um julgamento fútil, de acordo com uma balança terrena de discriminação, seremos os responsáveis por afastar as pessoas do verdadeiro amor de Deus, que vai além da compreensão humana. Além do que, não cumpriremos o mandamento divino de “amar o próximo como a nós mesmos”.
Certa vez estive convidado a expor as Sagradas Escrituras em um culto. Chegando lá, tudo ocorria muito bem, até o momento que a presença de uma autoridade parlamentar foi percebida se aproximando do local do evento. Flashs e mais flashs de câmeras invadiram o lugar, e houve uma rápida perturbação social pela presença da figura pública que ali chegara.
O que mais me chamou a atenção não foi o fato de um político ter vindo a um culto, mas sim a ação do pastor daquela igreja em relação a ele. Enquanto os seus obreiros locais chegavam, o pastor nem sequer se levantou de sua cadeira para os receber, contudo, quando o dito parlamentar adentrou ao lugar, houve uma inquietação do pastor que se retirou do seu lugar para ir junto à porta receber o tal político, bem como arrumar um local para frente para que ele se acomodasse. Isso me deixou consternado, pois tamanha acepção de pessoas não foi o que Deus nos ensinou em Sua Palavra.
UMA CHAMADA À MISERICÓRDIA
Certa vez ouvi alguém falar uma grande verdade: “só quem é misericordioso é aquele que entende o tamanho de receber misericórdia”. Essa verdade impactou o coração deste humilde servo. Quantas pessoas que nunca compreenderam o tamanho de receber a misericórdia? Quantos que não sabem nem o que é ser alcançado por alguém misericordioso? Estes são os que acabam não dispensando a devida misericórdia no tempo determinado.
A prática da misericórdia não só beneficia aqueles a quem ajudamos, mas também nos aproxima de Deus. Jesus ensinou que “bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5.7).
Que venhamos atender o que nos ensina a Palavra de Deus, e deixar de lado toda a acepção de pessoas que está batendo à porta de nossas Igrejas, agindo com bondade e misericórdia para com todos.
O chamado para a misericórdia é um lembrete necessário de que nossas ações devem refletir a graça que recebemos de Deus. A misericórdia não é apenas um sentimento, mas uma prática regular que demonstra o amor de Deus em nossas vidas. Ser misericordioso é um a forma de viver a liberdade que Cristo nos concedeu e mostrar compaixão e perdão, especialmente aos mais vulneráveis.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA