ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2024
Jovens:ALCANCE UM FUTURO FELIZ E SEGURO- Conselhos de Salomão no livro de Provérbios: Um convite à sabedoria e às promessas de proteção.
COMENTARISTA: Marcelo Oliveira
COMENTÁRIO: Pr. Erivandro Galdino
LIÇÃO 2 - SABEDORIA, PROTEÇÃO E CONFIANÇA
O livro de Provérbios apresenta a sabedoria na vida de quem a busca como uma construção de proteção e confiança em Deus. Essa sabedoria desenvolve a maturidade espiritual dos que desejam obedecer ao Senhor de todo o seu coração. Essa maturidade espiritual é indispensável para, ao longo de nossa jornada, fazermos as melhores escolhas, discernindo bem o tempo em que vivemos.
A sabedoria é como um verdadeiro escudo protetor da vida. Quem a busca de todo o coração é como quem ergue um escudo diante das armadilhas preparadas contra nós. E, como consequência, também analisaremos a sabedoria como o desenvolvimento da maturidade espiritual de nossa vida. Dessa forma, o livro de Provérbios convida-nos a amadurecer na vida, de modo que a estabilidade espiritual seja uma realidade em nós. E, por fim, veremos que uma vida de sabedoria traz proteção existencial, mesmo num mundo de perigos e incertezas.
O convite para a sabedoria não pode ser ignorado por nós. Constataremos que os capítulos 2 e 3 de Provérbios têm muito a dizer no contexto em que vivemos. Essa sabedoria bíblica é sempre construtiva, positiva, pois tem como consequência erguer dentro de nós escudos de proteção que trazem estabilidade a nossa vida espiritual, emocional e social. Assim, quem coloca em prática a sabedoria de Provérbios protege-se e segue confiante num mundo de incertezas.
I- SABEDORIA COMO ESCUDO PROTETOR.
1- A ESTRUTURA DO CAPÍTULO 2.
Os quatro primeiros versículos de Provérbios 2 apresentam a conjunção “se”. Essa conjunção traz a ideia de condição: “se aceitares”, “se clamares”, “se como a prata a buscares”. Essas expressões trazem a ideia de que, para adquirir sabedoria, é preciso “aceitá-la”, “clamar por ela” e “buscá-la”. A ideia que essas expressões passam é a de esforço, de intensidade, de esforçar-se muito para obter sabedoria. Essa perspectiva de intensidade pode ser ilustrada, conforme nos lembra o comentarista bíblico Eric C. Wolf (CHAPMAN; PURKISER (et al), 2014, p. 363) com o texto do apóstolo Paulo por ocasião da sua carta aos Filipenses:
Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3.13,14).
A expressão “avançando para as que estão diante de mim” também revela uma ideia de esforço e de intensidade no Novo Testamento. Essa ideia de esforço para desenvolver maturidade espiritual é profundamente bíblica. Ainda em Filipenses, o apóstolo Paulo enfatiza a mesma ideia de esforço em “[...] operai a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2.12,13). Naturalmente, esse esforço não se resume apenas ao esforço próprio, pois a motivação quem gera é o Senhor: “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13). Aqui, Paulo está escrevendo para uma igreja cujos membros experimentaram a nova vida no Espírito. Naturalmente, em linguagem paulina, não se espera nenhum esforço sem que estejamos imersos no Espírito. E, de acordo com as palavras de Gordon D. Fee, a igreja é uma comunidade do Espírito (FEE, p. 129- 30). Uma vez no Espírito, podemos operar nossa salvação, ou seja, intensificar os esforços para desenvolver a maturidade em Deus como uma atitude plenamente coerente com o ensino bíblico.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA