Jovens e Adultos Betel

Lição 10 - Jovens e Adultos - Betel - O discípulo e o discipulado I

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO MADUREIRA - SAMAMBAIA SUL/DF

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2017

Jovens e Adultos - Betel - Evangelismo, missões e discipulado: S tarefa primordial da Igreja

COMENTARISTA: OÍDES JOSÉ DO CARMO

COMENTÁRIO: MS. GIDERSI VILAR B. VIANA

LIÇÃO Nº 10 - O DISCÍPULO E O DISCIPULADO

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INTRODUÇÃO

A missão da igreja é clara, fazer discípulos, isto é precedido pala ordem de ir, missões tem por finalidade pregar o evangelho e discipular conforme Mateus 28.19. Esta missão ainda no versículo 20 do mesmo capítulo, mostra que o discipulado vem pelo ensino das palavras de Jesus e não era restrita a Israel, mas a povos de todas as nações.

1. IR E FAZER DISCÍPULOS DE TODAS AS NAÇÕES

Enquanto viveu aqui nesta terra o Senhor Jesus deu um verdadeiro exemplo de discipulado, na sua infância ele se assentou com os sábios no templo, discursou de maneira sabia e encantadora. Jesus é mestre por sua natureza divina, e deixou um legado irrefutável, transformando 12 homens simples e sem expressão em suas épocas em homens cheios da dádiva de Deus e conhecimento, o processo de transformação pela palavra de Deus iniciada com os discípulos era o modelo para que o evangelho pudesse ultrapassar os portões de Jerusalém, e cumprir as palavras do Mestre. “E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda Judeia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1.8).

1.1. O que significa se tornar um discípulo?

A palavra “discípulo” é traduzida do original hebraico “Talmid”, ou “Talmidim”. Na Galileia do tempo de Jesus, os meninos em Israel iniciavam seus estudos da Torah aos 6 anos de idade. Aos 10 anos já tinham a Torah decorada, o ensino era geralmente oferecido por um rabino nas sinagogas, a partir dos 10 anos de idade, quando encerravam os estudos na escola primária (Beit Sefer) apenas os melhores e mais destacados alunos eram selecionados para a escola secundária (Beit Talmud), os meninos que não prosseguiam os estudos eram ensinados na profissão da família. Os que haviam sido selecionados para dar seguimento aos seus estudos, aos 14 anos já sabiam de cor todas as Escrituras: além da Torah (a Lei de Moisés, composta pelos cinco primeiros livros da Bíblia, chamados de Pentateuco), também os livros históricos, de sabedoria e todos os profetas, com essa idade eram também iniciados na tradição oral, a sabedoria dos rabinos acumulada ao longo da história de Israel, e passavam a discutir as interpretações da Lei de Moisés, aos 14 e 15 anos, somente os melhores entre os melhores estavam estudando, geralmente aos pés de um rabino famoso e respeitado, esses pouquíssimos meninos da elite intelectual de Israel eram chamados talmidim (trad. Discípulos). Os rabinos daquela época se distinguiam na maneira de interpretar e ensinar como aplicar a Lei de Moisés, cada rabino possui seu conjunto de regras e interpretações. Por exemplo, discutiam o que poderia ou não ser feito para guardar o shabat, esse conjunto de regras e interpretações era chamado de “o jugo do rabino”. Hillel e Shamay, por exemplo, eram dois rabinos com escolas tradicionais em Jerusalém e viveram, sendo que Hillel era avó do grande rabino Gamaliel citado nas escrituras no tempo de Jesus. Cada um deles tinha seus talmidim, e muitos seguidores que se colocavam sob seu jugo, a relação entre um rabino e seus talmidim era intensa e pessoal, em Israel havia uma recomendação aos talmidim: “Cubra-se com a poeira dos pés do seu Rabi” isso significava que um talmid deveria observar tudo quanto seu rabino dizia, fazia e a maneira como vivia, pois, sua grande ambição não era meramente saber o que seu rabino sabia, mas principalmente se tornar semelhante ao seu rabino. A relação rabino-talmid era intensa e pessoal, e enquanto o rabino ensinava sua interpretação da Lei e vivia como modelo aos olhos de seus talmidim, cada talmid fazia todo o possível para em tudo imitar seu rabino de tal maneira a que se tornasse igual a ele, o conceito de talmidim é um dos mais fundamentais do Novo Testamento. Jesus, o Cristo de Deus, escolheu o sistema rabino/talmid para se relacionar com os seus seguidores, assim como os rabinos de sua época, Jesus também chamou seus talmidim, com duas diferenças: a) Jesus criticou os rabinos seus contemporâneos, afirmando que colocavam um jugo pesado demais sobre seus seguidores, e que eles mesmos não conseguiam suportar, eram rabinos do tipo “faça o que digo, mas não faça o que eu faço” Jesus, além de viver de modo absolutamente coerente com seu ensino, oferece descanso aos talmidim dos outros rabinos, que viviam cansados e sobrecarregados, e promete aos seus talmidim “um jugo suave e um fardo leve”; b) Os talmidim em Israel eram meninos extraordinários, uma elite intelectual e privilegiada, mas Jesus convida a todos, indistintamente, para que se tornam seus talmidim, pessoas comuns, como você e eu, podem seguir a Jesus e viver sob a promessa de que um dia se tornarão exatamente iguais a ele, Jesus ensinou aos seus discípulos em três anos de intensa convivência.

1.2. O discípulo deve se parecer com o Mestre

Nos pontos acima ficou claro que o propósito de vida de um discípulo é se tornar igual ao seu mestre, mas este processo só e possível se o discípulo for fiel aos ensinamentos de seu mestre e também atencioso ao seu modelo de vida, já que para ser um bom mestre o ensinamento deve iniciar em seu modelo de viver. Para nos assemelharmos com nosso mestre precisamos andar junto a Ele, Como todos nós sabemos (ou deveríamos saber), a santificação é um elemento absolutamente essencial na vida cristã. Essa é uma afirmação que aparece de modo latente ou patente, por toda a Escritura, e em poucos lugares ela é apresentada tão claramente quanto em Hebreus 12.14: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Isso significa que um crente é, por definição, um homem santificado. Ao mesmo tempo, porém, todo cristão verdadeiro sabe, por sua própria experiência, quão desafiador, lento e até doloroso é muitas vezes o processo de santificação. É uma realidade universal, no que concerne aos crentes genuínos, que nós estamos sempre prontos a reconhecer a importância da santidade, mas nem sempre encontramos em nossa alma a mesma disposição para praticar a santidade. Por causa da nova vida que temos, em Cristo Jesus, nós de fato desejamos andar como homens santos; todavia, por causa da carne que ainda milita em nosso ser, nós encontramos imensos obstáculos à medida que procuramos caminhar por modo digno do Senhor, para o Seu inteiro agrado. O crente é, por assim dizer, um “homem dividido”: no recôndito mais profundo do seu ser, naquilo que é mais essencialmente verdadeiro a seu respeito, o cristão ama e busca a santidade; contudo, em muitos aspectos de sua vida (eu arriscaria dizer em todos eles), ele ainda é obrigado a reconhecer a presença de “resquícios de pecado” que mancham o seu testemunho e o fazem corar de vergonha. A realidade desse “homem dividido” – que tem prazer na lei de Deus, mas fatalmente descobre que o mal ainda reside em seu ser – é aquilo que faz Paulo exclamar com profunda dor: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24). Com efeito, o texto de Romanos 7.14-25 é uma das passagens mais agonizantes de toda a Escritura. Ali, o apóstolo Paulo, o maior exemplo de fé e vida que encontramos no Novo Testamento, expõe a si mesmo como um homem dividido, um homem que muitas vezes é obrigado a reconhecer em si mesmo a sua própria desconformidade em relação à Lei de Cristo. E, mesmo quando o apóstolo é capaz de erguer os seus olhos e gritar “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor”, as suas últimas palavras no capítulo ainda são de contagiante lamento: “De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado” (v. 25). Entretanto, no capítulo 8, Paulo passa a discorrer a respeito do motivo de sua gratidão a Jesus Cristo, no que diz respeito à santificação. Aquela afirmação tímida do capítulo 7, “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor” é aqui reiterada e expandida, de modo que o tom de lamento dá lugar a uma explosão de alegria, confiança, segurança e firmeza, em razão daquilo que Deus fez por nós, Seus filhos, em Cristo Jesus. Ao que nos parece, o ponto de Paulo pode ser resumido como segue: uma vez que a obra de Jesus Cristo em favor do Seu povo é plena e perfeita, ela nos assegura não apenas a nossa justificação, mas também a nossa santificação e tudo o mais que nos seja necessário nesta vida, de maneira que, quando finalmente estivermos diante do trono do julgamento, nada nos faltará, em virtude de tudo o que Cristo conquistou para nós, e seremos plenamente livrados da ira de Deus. Ou, como o apóstolo nos diz em outro lugar: “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Co 1.30), assim sendo é o próprio Jesus que nos garante que se estamos com Ele seremos assim iguais a Ele.

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Fonte: http://www.ebd316.com/2017/08/o-discipulo-e-o-discipulado-licao-10-3.html Acesso em 29 ago. 2017

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