ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2023
Adultos - A IGREJA DE CRISTO E O IMPÉRIO DO MAL: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia
COMENTARISTA: Douglas Roberto de Almeida Baptista
COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS
LIÇÃO Nº 2 – A DETURPAÇÃO DA DOUTRINA BÍBLICA DO PECADO
Texto: Romanos 3.9-20
Introdução: O pecado de Adão arruinou toda a humanidade. Contudo, Jesus Cristo pode regenerar eficazmente o pecador.
I - O ENSINO BÍBLICO DA NATUREZA PECAMINOSA
1. Definição de Pecado
1.1. Pecado (Hb. Chatá) = errar o alvo (Gn 4.7)
1.2. Pecado (Gr. Hamartia) = erro moral (2Pe 2.13,14)
1.3. A Bíblia define “pecado” como a transgressão da Lei de Deus (1Jo 3.4)
a. Trata-se de rebelião e desobediência contra Deus e a sua Palavra (1Sm 15.22,23).
1.4. O pecado afasta o homem de Deus, fazendo-o pecar contra o próximo (1Jo 1.6,7)
a. O pecado leva a pessoa a omitir o bem (Tg 4.17)
1.5. Pecado é a condição do homem não regenerado
a. Só pode ser expelido por meio do Novo Nascimento (Jo 3.3-7)
b. Essa reconciliação do homem com Deus só é possível em Cristo Jesus (2 Co 5.19)
2. A universalidade do Pecado
2.1. O ser humano foi criado:
a. Em estado de inocência, sem pecado, perfeito (Ec 7.29)
b. Dotado de livre-arbítrio (Gn 2.16,17)
2.2. A queda do primeiro homem corrompeu toda a humanidade (Gn 3.9-19).
a. O pecado de Adão foi transmitido a toda raça humana (Rm 5.12)
b. A partir da Queda, todos os seres humanos nascem em pecado (S1 51.5)
c. O pecado é um mal inerente à natureza humana (Rm 7.14-24)
2.3. Apesar de corrompida pelo pecado, a natureza humana pode ser eficazmente regenerada pela fé em Cristo (Rm 3.24; 2Co 5.17)
3. Corrupção Total
3.1. É o estado de corrupção mental, moral e espiritual da natureza humana (Rm 3.10-18)
a. a inclinação para fazer o errado é resultado do pecado (Gn 6.5; Rm 5.19
3.2. A inclinação para fazer o errado é resultado do pecado (Gn 6.5; Rm 5.19).
a. Por causa da Queda, todas as áreas de nosso ser foram corrompidas, impedindo o homem de tomar a iniciativa no processo de regeneração (Rm 8.7,8)
b. Ele só pode ser liberto do pecado após o convencimento do Espírito (Jo 16.8)
. Sem essa ajuda divina ninguém pode ser transformado (Tt 3.5)
. O livre-arbítrio precisa ser divinamente restaurado (Rm 2.4)
. O homem é salvo pela Graça (Rm 3.24,25)
. Não é pelo esforço humano (Rm 6.23; Ef 2.8,9)
II - AS TEOLOGIAS MODERNAS
1. Teologia do pecado social
1.1. A tese do pecado social remonta aos concílios católicos de Medellin (1968, Colômbia) e Puebla (1979, México)
1.2. O que essa tese defende:
a. Que o pecado é algo que se constrói por meio de estruturas opressoras
. A pobreza
. A injustiça
. A desigualdade
b. Dessa maneira, a redenção do pecado não se restringe ao aspecto espiritual, sendo preciso tratar as questões sociais
c. O pecado deixa de ser tratado no nível da moral e passa a ser considerado no nível econômico e social
1.3. A mudança de ênfase do pecado original (natureza humana) para o pecado social (estrutural) enfraquece a responsabilidade moral do pecador
a. Então, deixa-se de enfatizar a causa para explorar os sintomas (Mt 23.27,28)
b. A partir daí, resolver as questões da ordem social é visto como solução para o problema do pecado
1.4. Naturalmente, essa é uma deturpação do ensino bíblico a respeito do pecado
2. Teologia da libertação
2.1. A teologia da libertação tem afinidade com as ideias socialistas de Karl Marx
a. Essa teoria busca “libertar” o oprimido das estruturas opressoras da sociedade
2.2. Ela nasce na década de 1970 com Gustavo Gutiérrez (Peru) e Leonardo Boff (Brasil).
a. Para eles, o estudo teológico não deve estar centrado em doutrinas bíblicas para libertar 0 homem do pecado
b. Para eles a libertação do pecado está na indignação social para libertar o homem da injustiça social, econômica e cultural
c. Desse impulso surgem as teologias de cunho:
. Emancipatório de gênero (transexualidade),
. De sexualidade (homossexualidade)
. De raça
d. Uma de suas vertentes é a Teologia da Missão Integral (TMI)
2.3. O grande impacto dessas influências é que a fé cristã é reduzida:
a. A militância política socialista
b. A militância marxista.
2.4. As pautas sociais e progressistas são disfarçadas pela roupagem de Evangelho
a. São postas acima dos valores morais do Reino de Deus
2.5. Dessa forma o Evangelho é transformado em: (1 Co 15.19; Fp 3.18-20)
a. Inconformismo
b. Criticismo
c. Assistencialismo
3. Liberalismo teológico
3.1. Após a Reforma Protestante (1517), floresce o liberalismo teológico:
a. Ensinam que a razão está acima da revelação divina
3.2. O resultado disso é o questionamento sobre a própria Bíblia:
a. Sua inspiração
b. Sua inerrância
c. Sua infalibilidade
d. Os milagres e o sobrenatural são considerados mitológicos
e. As doutrinas da fé são reinterpretadas e ressignificadas
3.3. Troca-se a mensagem da salvação de arrependimento, confissão de pecados e mudança de caráter por uma visão progressista que enfatiza a transformação social pelo paradigma do marxismo.
a. O pecado é relativizado,
b. O ecumenismo religioso é propagado
c. Toda experiência espiritual é considerada válida
3.4. O ideário da teologia liberal é de oposição às antigas doutrinas bíblicas que se fundamentam na revelação das Escrituras (2Tm 4.3)
III - A NORMALIZAÇÃO DO PECADO
1. Crise ética e moral
1.1. Ética: os valores que regulam a conduta de uma pessoa (1Pe 1.15)
1.2. Moral: a prática da conduta ética
1.3. Ética cristã:
a. A obediência aos princípios bíblicos reflete o caráter de um cristão (Rm 12.2
b. O conceito deturpado e relativizado do pecado resulta em desvio e falha de caráter (2Tm 3.5)
1.4. O desvio da ética em relação a sociedade
a. A sociedade deixa de ser eticamente sólida e se torna moralmente desajustada (Hc 1.4)
b. Dessa crise de integridade irrompe ações incompatíveis com a fé bíblica (Rm 2.21,22).
c. Temas progressistas violam a ética e a moral bíblicas e passam a ser normalizados, tais como:
. A imoralidade sexual (Rm 1.27; 1Co 6.15,19)
. O aborto (1Sm 2.6)
. O uso de drogas ilícitas
2. Imoralidade sexual.
2.1. A deturpação da doutrina do pecado favorece o avanço da imoralidade sexual (Rm 1.24).
a. Banaliza-se o sexo pré-conjugal
b. Banaliza-se o sexo extraconjugal
c. Normaliza-se a homossexualidade (Rm 1.26,27)
d. A doutrina da castidade é vista como opressora (Rm 6.12)
2.2. Quando o pecado é tolerado:
a. Há o afrouxamento da moral
b. O ensino da ideologia de gênero
c. A erotização da infância
d. A luxúria e licenciosidade
e. A família é desconstruída
f. A doutrina da santidade é negligenciada (Hb 13.4)
3. A dessacralização da vida
3.1. As Escrituras ensinam que a vida humana é sagrada porque tem origem divina (Gn 1.27).
a. A vida é inviolável e deve ser valorizada (2Pe 1.3)
b. O corpo humano deve ser cuidado, alimentado e preservado (Ef 5.29)
3.2. A vulgarização do pecado fomenta ideologias que desprezam a sacralidade e a dignidade humana.
a. Propala-se a autonomia incondicional sobre o próprio corpo sem as devidas limitações éticas e morais.
b. O slogan “meu corpo, minhas regras” reivindica o pseudodireito de a pessoa usar drogas, prostituir-se, abortar, cometer o suicídio e a eutanásia
c. A criatura, de modo proposital, afronta a vontade do Criador (Rm 1.25)
3.3. O corpo que é templo do Espírito Santo é profanado (1Co 6.19)
Conclusão: A relativização do pecado que o restringe à solução de pautas sociais em prejuízo da moral e, por sua vez, o exclusivismo moral em detrimento de causas sociais, igualmente, não retratam a fé cristã. Apesar de a Igreja não ser apolítica e nem insensível às desigualdades sociais, o mal primário a ser combatido é o pecado inerente à natureza humana.
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