ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2023
Adultos - RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA: Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus
COMENTARISTA: Elienai Cabral
COMENTÁRIO: PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
LIÇÃO Nº 9 – UMA FAMÍLIA NADA PERFEITA
A vida familiar deve caminhar em direção à perfeição.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo dos relacionamentos familiares, abordaremos hoje a questão da perfeição na vida familiar.
- A vida familiar deve caminhar em direção à perfeição.
I – A PERFEIÇÃO NA VIDA FAMILIAR
- Na sequência do estudo dos relacionamentos familiares, abordaremos hoje a questão da perfeição na vida familiar.
- A questão da perfeição é uma das discussões mais presentes no estudo da Palavra de Deus. O homem, por ser uma criatura, jamais pode ser perfeito.
- Somente Deus, que é o Criador, é um ser perfeito, pois “perfeição”, diz-nos o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é “estado ou condição de quem ou do que atingiu a máxima completude; condição de quem ou do que se mostra isento de defeitos, de imperfeições”, vindo da palavra latina “perfectio,onis”, de “perfectus”, “'fazer inteiramente, acabar, terminar, perfazer; fabricar (com arte), aperfeiçoar”.
- Tem-se, pois, que o “ser perfeito” é aquele que está acabado, terminado, feito, e somente Deus assume tal condição, pois Ele é eterno, Ele não tem o que Se completar, ao contrário do homem, que, sendo limitado, sempre tem condições de seguir se aperfeiçoando, se completando, principalmente quando se sabe que tem, por propósito divino, estar em comunhão com o Senhor e, portanto, ter condições infinitas de aperfeiçoamento.
- Assim, mesmo quando foi criado sem pecado, o homem não era perfeito. Percebamos que as Escrituras dizem que Deus fez o homem reto (Ec.7:29), ou seja, santo, justo, sem pecado, mas não “perfeito”.
- Há vários indicadores na Bíblia Sagrada que indicam que o homem, mesmo antes do pecado, não era perfeito. Deus viu que ele estava só e lhe fez uma adjutora, ou seja, faltava algo para o homem (Gn.2:18); o homem não tinha consciência de sua inteligência e de sua solidão (Gn.2:19,20); quando posto no jardim do Éden, foi dito ao homem que ele poderia lavrá-lo, ou seja, modificá-lo, consoante a sua criatividade, prova de que poderia cada vez mais se aperfeiçoar (Gn.2:15).
- Com a entrada do pecado no mundo, então, esta imperfeição se intensificou pois, agora, além de imperfeito, o homem passou a ter a natureza pecaminosa, que o tendia à transgressão, ao distanciamento de Deus, a exigir, assim, uma santificação, a obtenção de uma “perfeição moral e espiritual”, que, até então, era desnecessária.
- Pois bem, se isto ocorre no ser humano enquanto indivíduo, evidentemente que isto também ocorrerá na vida familiar. Um homem e uma mulher imperfeitos não poderão produzir um casal perfeito, de sorte que não se pode imaginar que haja uma família perfeita.
- Isto se dava já no Éden. Se é certo que, antes do pecado, o primeiro casal vivia uma situação de santidade e de plena comunhão entre si e com Deus, não é menos certo que eram imperfeitos, tanto que, toda viração do dia, o Senhor vinha ao seu encontro precisamente para lhes promover o aperfeiçoamento.
- A relação conjugal era plena e transparente (Gn.2:25), havia um compartilhamento de vida exemplar entre marido e mulher, mas não havia a perfeição, tanto que, em um dos momentos de vacilação, podemos assim dizer, o diabo pôde tentar Eva, quando esta se encontrava, por algum motivo, apartada de seu marido.
- Com o pecado, então, tivemos já um rompimento desta comunhão plena entre marido e mulher, exteriorizado pelo pudor, a vergonha que cada um teve do outro por estarem nus, resultado da “abertura de olhos” prometida pela serpente mas que não tinha a consequência dada pelo pai da mentira.
- Em seguida, vê-se que este estranhamento levou à atribuição de culpa pelo homem à mulher e pela mulher à semente, revelando-se, então, já o pecado, o desamor, o individualismo. À imperfeição substancial uniu-se, pois, a imperfeição moral e espiritual.
- A primeira família, então, aumentou a sua imperfeição e, logo mais, iria experimentar a tragédia do assassinato de Abel por Caim, trazendo para dentro de si ainda mais pecado.
- No entanto, vê-se que, antes mesmo do assassinato de Abel, esta família duplamente imperfeita apresentou uma direção em torno da perfeição. Caim e Abel eram adoradores do Senhor, ofereciam-Lhe sacrifícios, assim tendo sido ensinados por seus pais, que também haviam crido plenamente na promessa da salvação. Embora imperfeita e tendo tido a trágica experiência do fratricídio, vemos que houve, sim, espaço para que a família se tornasse o altar de Deus, o ambiente de busca da invocação do nome do Senhor.
- Esta mesma linha foi adotada por Sete que, ao passar a invocar o nome do Senhor com o nascimento de seu filho Enos (Gn.4:26), deu origem ao primeiro povo de Deus na face da Terra (Cf, Gn.6:2), gerando uma linhagem santa que, infelizmente, acabou por misturar-se com os incrédulos (Gn.6:1,2), criando famílias totalmente voltadas para o modo pecaminoso de viver e que resultou no juízo divino do dilúvio.
- Mas, em meio a esta degradação total da humanidade, sobressaiu uma família, que se manteve buscando a presença de Deus, que era a família de Noé (Gn.6:8-10), uma família pautada pela justiça e retidão, ou seja, que procurava obedecer a Deus e a seus ditames, tanto que, ao contrário dos demais, tínhamos ali quatro casais monogâmicos, que ainda observavam as regras divinas relativas à constituição de família (Gn.2:24).
- A família de Noé não era perfeita, tanto que temos o episódio a envolver Noé e seus filhos depois do dilúvio (Gn.9:20-29), em que houve, inclusive, a maldição de Noé a seu neto Canaã, mas foi uma família que buscou a presença do Senhor e cuja adoração, inclusive, fez com que Deus prometesse nunca mais destruir a Terra com um dilúvio (Gn.8:18-22).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO