Adultos

Lição 11 - A visão do Templo e o Milênio V

SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2022

Adultos - A JUSTIÇA DIVINA - A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel

COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA

COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

 

LIÇÃO Nº 11 – A VISÃO DO TEMPLO E O MILÊNIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos sobre o novo templo e o milênio no livro do profeta Ezequiel, para isso analisaremos a revelação que o profeta teve deste novo edifício. Em seguida veremos como será a dispensação do milênio. E Por fim, notaremos o que será o milênio para a nação de Israel.

I – A VISÃO QUE O PROFETA EZEQUIEL TEVE DO NOVO TEMPLO

Ezequiel não é o único profeta a dizer que haverá um templo sagrado durante a era do reino no milênio. Encontramos o templo do reino e sua adoração em Isaías 2:1-5; 60.7, 13; Jeremias 33.18; Joel 3.18; Miqueias 4.2; Ageu 2.7-9 e Zacarias 6.12-15; 14.16,20,21. Ezequiel 37.24-28 registra a promessa de Deus para seu povo de que colocaria seu santuário no meio deles. “O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Ez 37.27).

1.1 Ezequiel contemplou o retorno da Glória de Deus ao Novo Templo. Ezequiel havia visto, com o coração profundamente entristecido, a glória do Senhor deixar o templo (Ez 10.4-5,18-19; 11.22-23). Agora, dezenove anos depois (cf. Ez 8.1;40.1), o profeta testemunha o retorno do Senhor para ocupar e consagrar esse novo edifício como seu santuário sagrado. Temos a impressão de que todo o processo anterior de inspeção e medição foi como uma visita acompanhada com um guia a um palácio vazio antes da chegada majestosa do rei (Ez 40.3-4;17,32;41.1).

1.2 Ezequiel contemplou a liturgia interna do Novo Templo. O Senhor mostrou ao profeta: (a) os sacerdotes e os levitas (Ez 44.4-45.12), os levitas, exceto pela família de Zadoque, não serão mais capazes de atuar como sacerdotes, pois incentivaram o povo a adorar deuses estrangeiros. Ezequiel descreve um oficial do Templo de especial importância, conhecido apenas como “o príncipe” (Ez 44.1-3; 45.13-17; 46.1-8,16-18); (b) O profeta viu as ofertas que seriam apresentadas aos Senhor (Ez 45.18-25; 46.9-1 5,19-24). No primeiro dia de cada ano, no começo da primavera, eles devem sacrificar um novilho para purificar o Templo.

1.3 Ezequiel contemplou o altar do holocausto. O retorno dos sacrifícios de animais depois do definitivo e perfeito sacrifício de Cristo tem sido uma dificuldade para os intérpretes. Uns entendem que o templo de Ezequiel e seus sacrifícios não podem ser literais, porque o sacrifício expiatório de Jesus cumpriu e tornou sem efeito os sacrifícios do AT (Hb 9.10-15; 10.1 4,8). É possível que Ezequiel descreva, na linguagem do AT, as bênçãos do sacrifício expiador de Cristo, que é válido para sempre. Outros entendem que os sacrifícios são literais, oferecidos como memoriais do sacrifício de Cristo na cruz. […] Assim como hoje a igreja celebra a Ceia do Senhor, com sentido retrospectivo, como memorial da obra redentora já consumada uma vez para sempre, por Cristo, o sacrifício perfeito (STAMPS, 2012, p. 1233 – grifo nosso).

1.4 Ezequiel contemplou um rio que saia do Novo Templo. Esse templo é atípico tendo em vista que não aparece os utensílios que são próprios do Tabernáculo e do Templo de Salomão. Não aparece a Arca da Aliança, o altar do incenso, o candelabro e nem a mesa da proposição dos pães. Porém, a diferença marcante desse templo em relação aos anteriores é o rio que flui de dentro do templo: “[…] A água vinha de debaixo do lado direito do templo, do lado sul do altar…Estas águas correm para a região leste, descem ao vale do Jordão e entram no mar, cujas águas ficarão saudáveis” (Ez 47.1,8). A água do templo tornaria saudável o mar Morto bem como os rios, fazendo multiplicar as criaturas aquáticas por onde passasse. As árvores nas margens do rio proveriam alimento todos os meses, e as folhas seriam usadas para fins medicinais. A vida vem do templo de Deus e não de um palácio ou de um edifício do governo!

II – O QUE É O MILÊNIO

O Milênio será o Reino com duração de mil anos a ser instaurado, na terra, pelo Senhor Jesus, logo após o arrebatamento da Igreja e do término da Grande Tribulação (Ap 20.4-6). Trata-se de um reino literal, cujo principal objetivo é a exaltação de Jesus não somente como o Messias de Israel e de todas as demais nações. De acordo com as profecias, pode-se conceber o futuro do Reino de Deus de duas formas distintas: (1) Em sua realização milenial. O Reino de Deus materializar-se-á no estabelecimento do Milênio. Expresso em termos materiais, terá como objetivo reverter a maldição que, desde o Éden, vem destruindo o mundo e toda a sua economia. O Milênio representará o auge da história terrena e o ápice da intervenção divina nos negócios humanos (Is 2; 11; 35); (2) Em sua realização eternal. Nesta fase, que se dará logo após o Juízo Final, o Reino de Deus traduzir-se-á na união eterna entre Cristo e a sua Igreja; será a Nova Jerusalém com toda as bem-aventuranças que o Pai Celeste nos reservou (Ap 21) (ANDRADE, sd, p. 109 – acréscimo nosso).

III – QUEM REINARÁ SOBRE A TERRA

As profecias nos mostram que o Messias, Jesus Cristo, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, estará reinando literalmente na terra durante este período e eternamente (Is 2.2-4; 9.3-7; 11.1-10; 16.5; 24.21-23; 31.4-32.2; 42.1-7,13; 49.1-7; 51.4,5; 60.12; Dn 2.44; 7.15-28; Ob 17-21; Mq 4.1-8; 5.2-5,15; Sf 3.9-10,18,19; Zc 9.10-15; 14.16,17). “É evidente que não há e nunca haverá um reino teocrático na terra sem a presença pessoal e manifesta do Senhor Jesus Cristo. Toda a era depende de Seu retorno à terra como prometido. Tudo o que existe no milênio tem origem no Rei revelado. O milênio não poderia existir sem a manifestação de Cristo, de quem depende toda a era milenar” (PENTECOST, sd, p. 488).

IV – O QUE ACONTECERÁ NO MILÊNIO

“Na era milenar a justiça divina deverá ser demonstrada (Is 11.5; 32.1; Jr 23.6; Dn 9.24). Será também o teste final de Deus para a humanidade nas circunstâncias ideais. Todos os recursos de tentação serão retirados para que o homem demonstre o que ele de fato é, independentemente da influência satânica. A fim de que possa haver a manifestação completa da justiça e o teste da humanidade livre da tentação externa, Satanás será afastado desta esfera. Logo, na segunda vinda, ele será preso e tirado de cena durante todo o período milenar” (PENTECOST, sd, p. 487).

V – ONDE SERÁ A SEDE DO GOVERNO DE CRISTO

Embora o reino do Messias seja universal, a sede do seu governo será em Jerusalém: “[...] de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do Senhor” (Is 2.3). O sacerdote Melquisedeque reinou nesta cidade (Gn 14.18). Davi fez de Jerusalém a sede do seu governo, ao ponto de ser chamada de Cidade de Davi (II Sm 5.7; I Rs 2.10; I Cr 13.13; 15.1). O nome Jerusalém significa: “habitação da paz” e Jesus é chamado profeticamente de Príncipe da paz (Is 9.6). Portanto, ele reinará sobre o mundo a partir de Jerusalém.

VI – CARACTERÍSTICAS DO REINO DE CRISTO

A Bíblia nos mostra que o reino de Cristo terá as seguintes características:

6.1 Justiça. Graças à presença do Messias, Jerusalém será a fonte da qual toda a justiça do milênio emanará em glória (Is 62.1c-,2a). Sião será chamada “cidade de justiça” (Is 1.26), e estará cheia de direito e justiça (Is 33.5). A justiça será o termo descritivo que caracterizará o governo do Messias como um todo. Cristo será um rei que rege com justiça (Is 32.1).

6.2 Paz. A paz nacional e individual é fruto do reino do Messias (Is 2.4; 9.4-7; 11.6-9; 32.17,18; 33.5,6; 54.13; 55.12; 60.18; 65.25; 66.12; Ez 28.26; 34.25,28; Os 2.18; Mq 4.2,3; Zc 9.10).

6.3 Alegria. A plenitude da alegria será marca característica da era milenar (Is 9.3,4; 12.3-6; 14.7,8; 25.8,9; 30.29; 42.1,10-12; 52.9; 60.15; 61.7,10; 65.18,19; 66.10-14; Jr 30.18,19; 31.13,14; Sf 3.14-17; Zc 8.18,19; 10.6,7).

VII – OS PARTICIPANTES DO MILÊNIO

As pessoas inclusas no reino milenial de Cristo serão os santos da Grande Tribulação: judeus e gentios, tanto vivos como ressurretos (Mt 24.32-40; Ap 20.4) e a Igreja do Senhor Jesus Cristo com corpo glorioso (Ap 1.6; 2.6; 5.10) (LAHAYE, 2010, pp. 149-150 – acréscimo nosso).

VIII – O QUE SERÁ O MILÊNIO PARA ISRAEL

Segundo o teólogo Pentecost (sd, p. 486), esse período verá o cumprimento completo de todas as alianças que Deus fez com o povo de Israel. Notemos:

8.1 A aliança abraâmica. As promessas da aliança abraâmica a respeito da terra e da descendência são cumpridas na era milenar (Is 10.21,22; Jr 30.22; 32.38; Ez 34.24,30,31; Mq 7.19,20; Zc 13.9; Ml 3.16-18). A perpetuidade de Israel, sua posse total da terra e sua herança das bênçãos estão diretamente relacionadas ao cumprimento desta aliança.

8.2 A aliança davídica. As promessas da aliança davídica a respeito do rei, do trono e da casa real são cumpridas pelo Messias na era milenar (Is 11.1,2; 55.3,11; Jr 23.5-8; 33.20-26; Ez 34.23-25; 37.23,24; Os 3.5; Mq 4.7,8). O fato de Israel possuir um reino, governado pelo Filho de Davi, baseia-se nessa aliança davídica. 8.3 A aliança palestina. As promessas da aliança palestina a respeito da ocupação da terra são cumpridas por Israel na era milenar (Is 11.11,12; 65.9; Ez 16.60-63; 36.28,29; 39.28; Os 1.10-2.1; Mq 2.12; Zc 10.6). Essas referências à ocupação da terra prometem o cumprimento da aliança palestina.

8.4 A nova aliança. As promessas da nova aliança no tocante a um novo coração, ao perdão dos pecados e à plenitude do Espírito Santo são cumpridas para com a nação convertida na era milenar (Jr 31.31-34; 32.35-39; Ez 11.18-20; 16.60-63; 37.26; Rm 11.26-29). Todas as bênçãos espirituais que Israel recebe são cumprimento dessa aliança.

CONCLUSÃO

O fato marcante na visão que o profeta Ezequiel teve no Novo Templo foi o retorno da Glória de Deus. Isto mostra que nesta nova fase, Israel está livre da idolatria que tantos prejuízos trouxe para nação. Somente na dispensação do milênio isso acontecerá. Esse período de mil anos literais será marcado pela justiça, paz e alegria no Espírito Santo para todos os homens.

REFERÊNCIAS

• ANDRADE, Corrêa de. Dicionário de Escatologia Bíblica. CPAD.

• CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.

• LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de profecia Bíblica. CPAD.

• PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wyclliffe. CPAD.

• PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. VIDA.

• WALWOORD, John F. Todas as profecias da Bíblia. VIDA.

Fonte: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/ Acesso em 07 de Dez. de 2022

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