ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2022
Adultos - A JUSTIÇA DIVINA - A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel
COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA
COMENTÁRIO: PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
LIÇÃO Nº 8 – O BOM PASTOR E OS PASTORES INFIÉIS
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do livro do profeta Ezequiel, veremos os vaticínios do profeta em relação às lideranças de Israel.
- As lideranças judaítas são denunciadas por Ezequiel.
I – O LAMENTO DA LEOA E DA VIDEIRA
- Após ter proferido mensagem a respeito da responsabilidade individual, o profeta Ezequiel traz, da parte do Senhor, uma lamentação sobre os príncipes de Israel.
- É elucidativo que, depois de ter enfatizado que cada um responde pelos seus próprios atos, o Senhor venha mostrar que há, sim, influência de uns indivíduos sobre outros e que também responderemos pela influência que exercemos sobre o próximo.
- Deus criou o homem como um ser social e, deste modo, não há como vivermos solitariamente, sem a convivência dos demais, de modo que, nestas relações interpessoais, exercemos influência sobre os outros e os outros, sobre nós.
- Esta dimensão social, portanto, não é desprezada pelo Senhor, que faz questão, então, de demonstrar como aqueles que estão em posição de proeminência na sociedade, aqueles que detêm autoridade e que se sobressaem entre as demais pessoas têm uma responsabilidade maior diante de Deus, precisamente porque foram colocados em funções e atividades que norteiam, orientam e dirigem os outros.
- Não é por acaso que a lamentação se faça com relação aos “príncipes de Israel”, ou seja, as pessoas principais, as pessoas que detinham autoridade sobre o povo, aqueles que serviam de exemplo e de referência para a população.
- A lamentação usa a figura de uma leoa, certamente remontando ao símbolo da tribo de Judá, que era o leão. Judá havia sido escolhido pelo Senhor para ser a tribo de onde sairiam os reis de Israel, a dinastia de Davi, de onde proviria o Messias (Gn.49:8,9; Sl.78:67-72).
- Esta leoa, que representa o próprio Deus, criou seus filhotes, que aqui são todas as nações, de modo que o Senhor faz questão, uma vez mais, de lembrar que Ele é Deus de todas as nações, não apenas de Israel (Cf. Ex.19:5; Sl.24:1).
- Entretanto, entre todos os filhotes, fez crescer um de seus filhotinhos, que veio a ser um leãozinho e aprendeu a apanhar a presa, devorando os homens (Ez.19:3). Este leãozinho é a nação de Israel, a “propriedade peculiar de Deus dentre os povos” (Cf. Ex.19:5,6), o reino sacerdotal e povo santo do Senhor que, assim, teria condições não só de interceder pelas demais nações, mas de ser protegida do mal pelo próprio Deus, alcançando vitória e ascendência sobre os demais povos, como ficou claro seja na libertação que tiveram no Egito, seja no sustento que tiveram no deserto, seja na própria conquista da Terra de Canaã e na formação de um respeitável império nos dias de Davi e Salomão, pois o leãozinho, mesmo levado à cova, soube aprender a apanhar a presa, a devorar homens e a conhecer seus palácios e destruir as suas cidades, assolando a terra e a sua plenitude, que soube ouvir o seu rugido (Ez.19:4-7).
- Entretanto, as pessoas das províncias em roda se ajuntaram contra ele, estenderam sobre ele a sua rede e ele foi apanhado na sua cova, metido em cárcere com ganchos e levado para o rei da Babilônia, fazendo-no entrar nos lugares fortes para que não se ouvisse mais a sua voz nos montes de Israel (Ez.19:8,9).
- Há aqui uma nítida repreensão às lideranças de Israel que, pela sua impenitência, haviam feito com que o povo perdesse a sua liberdade e estivesse, agora, no cativeiro. As nações agora iriam prevalecer sobre o leãozinho, que seria mantido na cova. Era o “tempo dos gentios”, iniciado com o cativeiro da Babilônia e que só terminará quando o Senhor Jesus vier reinar sobre Israel.
- Em seguida ao lamento da leoa, temos a parábola da videira, onde o Senhor descreve a mesma situação em que se encontrava o povo de Israel. Aqui a mãe não é mais o Senhor, mas a própria nação de Israel, a “mãe pátria”. Ela é a videira que, na sua quietação, plantada à borda das águas, frutificou e se encheu de ramos, por causa das muitas águas (Ez.19:10).
- Notemos, portanto, que, nesta parábola, a videira é plantada, ou seja, não tem o comando da situação, foi posta por alguém, que é o Senhor, num lugar privilegiado, onde podia se desenvolver e frutificar.
- Em virtude das circunstâncias favoráveis, a videira tinha varas fortes para cetros de dominadores e se elevou a sua estatura entre os espessos ramos, sendo vista na sua altura com a multidão dos seus ramos (Ez.19:11).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO