Adultos

Lição 9 - O perigo da indiferença espiritual V

SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2018

Adultos - AS PARÁBOLAS DE JESUS: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante

COMENTARISTA: WAGNER TADEU DOS SANTOS GABY

COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

 

LIÇÃO Nº 9 – O PERIGO DA INDIFERENÇA ESPIRITUAL

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INTRODUÇÃO

Nesta lição veremos o contexto e o objetivo que o Mestre amado contou esta parábola; pontuaremos seus personagens e quem eles representam; analisaremos qual o contraste entre os dois filhos; e por fim, estudaremos o que Jesus quis ensinar comesta parábola.

I - UMA PARÁBOLA DISTINTA

Em Mateus 21.28-32 encontramos a “parábola dos dois filhos”. Esta parábola possui as seguintes características: (a) Ela consta somente no evangelho conforme Mateus; (b) têm apenas três versículos; (c) foi pronunciada na última visita de Cristo a Jerusalém, antes de Sua morte; e, (d) tem o intuito de enfatizar que Deus chama a todos os homens para a salvação, no entanto, cabe aos homens aceitarem tal chamado (Mt 21.32). Vejamos algumas outras informações sobre esta parábola:

1.1 Contexto. Em Mateus 21 encontramos o registro da entrada triunfal de Jesus sobre um jumentinho, na famosa cidade de Jerusalém, para cumprir o que dele estava escrito (Zc 9.9; Mt 21.4,5). A multidão louvou ao Mestre trazendo consigo ramos de árvores que espalhavam pelo chão junto com as suas próprias vestes e diziam: “[…] Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!” (Mt 21.9-b). Esta parábola está estreitamente conectada com o relato imediatamente precedente em relação a atitude das autoridades para com João Batista (Mt 21.23-27). Jesus questionou porque eles não reagiram a mensagem de arrependimento pregada pelo profeta (Mt 21.32).

1.2 Objetivo. O principal objetivo da parábola é mostrar como os publicanos e as meretrizes, que não professavam crê no Messias e do Seu reino, ainda assim aceitavam a doutrina e se sujeitavam à disciplina de João Batista, o precursor de Jesus (Mt 3.5,6), ao passo que os sacerdotes e os anciãos, que estavam cheios de expectativas do Messias, e pareciam muito dispostos a estar de acordo com o que Ele determinava, desprezaram João Batista, e foram contrários aos desígnios da missão de Jesus (Mt 3.7-10; 21.32; Mc 1.5). A parábola tem um outro alcance; os gentios, que eram desobedientes, tendo sido, por muito tempo, filhos da ira (Ef 2.3); porém, quando o Evangelho lhes foi pregado, eles se tornaram obedientes à fé, enquanto os judeus, que diziam: “eu vou, Senhor”, faziam boas promessas (Êx 24.7; Js 24.24), mas não iam; eles somente “lisonjeavam a Deus com os seus lábios” (Sl 78.36,37).

II - OS PERSONAGENS DA PARÁBOLA

2.1 O Pai (Mt 21.28). O pai desta parábola é uma representação perfeita da pessoa de Deus como nosso amado Pai (Sl 103.13; Ef 1.5; Gl 4.4,5; Rm 8.15-17; Jo 1.12; 2 Co 6. 18; Rm 8.15; 23; Gl 4.6; Hb 12.6; Hb 6.12; 1Pe 1.3,4; Hb 1.14). O status de filhos traz-nos privilégios como: (a) tratar a Deus como Pai nas nossas orações: “Pai nosso, que estás nos céus […]” (Mt 6.9); (b) ter o testemunho do Espírito acerca da nossa salvação, o qual clama “Aba, Pai” (Rm 8.15,16); e, (c) sermos amados por ele: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus […]” (1Jo 3.1); “Amados, agora somos filhos de Deus…” (1Jo 3.2).

2.2 O primeiro filho (Mt 21.28,29). Os publicanos e as meretrizes de quem se esperava pouca religiosidade são representados pelo primeiro filho na parábola (Mt 21.31,32). Eles não prometiam nenhum bem, e aqueles que os conheciam não esperavam deles nada de bom; ainda assim, muitos deles foram transformados: “Mas, depois, arrependendo-se, foi” (Mt 21.29-b ver ainda Lc 7.29,30). Estes impuros representavam também o mundo gentílico; pois, os judeus, em geral, classificavam os publicanos junto com os pagãos; e os pagãos eram representados, pelos judeus, como meretrizes, e homens nascidos de prostituição (Jo 8.41).

2.3 O segundo filho (Mt 21.30). O segundo filho é representado por muitos da nação judaica quando ao ser proclamada a Lei no monte Sinai, pela voz de Deus, se comprometeu a obedecer e disseram: “Tudo o que o Senhor tem falado faremos […]”, porém não fizeram (Êx 19.8; 24.3,7; Dt 5.27). Eles faziam uma profissão especial da religião; ainda assim, quando o reino do Messias lhes foi trazido, pelo batismo de João, eles o desprezaram (Mt 3.7-10), deram-lhe as costas e lhe rejeitaram (Jo 1.11; Lc 19.14; At 13.46). Por causa do seu orgulho, eles não procuravam seguir a Deus e a Cristo. Por isso, o filho que disse: “Eu vou, senhor”, e não foi, revelou perfeitamente o caráter dos judeus fariseus (Lv 26.41; Dt 10.16; Jr 4.4; 6.10; Ez 44.9; At 7.51; Hb 4.7).

III - CONTRASTES ENTRE OS DOIS FILHOS

É digno de nota, nesse contexto, que esses publicanos e prostitutas arrependidos haviam dito: “não queremos”, mas depois se arrependeram, e então creram. Ao contrário, os líderes religiosos dos judeus, homens considerados como bem familiarizados com a Lei de Deus e que exteriormente se conduziam de uma forma tal como se estivessem dizendo constantemente: “sim, Senhor, fazemos tudo quanto requeres de nós, e faremos tudo quanto queres que façamos”, porém não faziam. Era acerca deles que Jesus declararia: “Dizem sim, e não fazem” (Mt 23.3 ver Êx 19.8; 32.1; Is 29.13). Notemos então alguns aspectos representados por estes dois filhos. Vejamos:

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