ASSEMBLEIA DE DEUS - IBOTIRAMA-BA
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2017
Adultos - A supremacia de Cristo - Fé, esperança e ânimo na Carta aos Hebreus
COMENTARISTA: JOSÉ GONÇALVES
COMENTÁRIO: PR. JOSAPHAT BATISTA SOARES
LIÇÃO Nº 8 – UMA ALIANÇA SUPERIOR
INTRODUÇÃO
- O Antigo Pacto cumpriu o seu objetivo e foi substituído por outro superior, sendo Cristo o seu mediador. Portanto, veremos nesta presente lição como Jesus Cristo é o Mediador da Nova Aliança.
I – TEXTO BÍBLICO
(Hebreus 8.1-10)
V, 1 ORA, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade,
V, 2 Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
V, 3 Porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.
V, 4 Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei,
V, 5 Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.
V, 6 Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas.
V, 7 Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda.
V, 8 Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança,
V, 9 Não segundo a aliança que fiz com seus pais No dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; Como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor.
V, 10 Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo.
II - O ANTIGO E O NOVO CONCERTO
- Os capítulos 8-10 descrevem numerosos aspectos do antigo concerto tais como o culto, as leis e o ritual dos sacrifícios no tabernáculo; descrevem os vários cómodos e móveis desse centro de adoração do Antigo Testamento.
- É duplo o propósito do autor:
(1) contrastar o serviço do Sumo Sacerdote no santuário terrestre, segundo o antigo concerto, com o ministério de Cristo como Sumo Sacerdote no santuário celestial segundo o novo concerto; e
(2) demonstrar como esses vários aspectos do antigo concerto prenunciam ou tipificam o ministério que estabeleceu o novo concerto.
(3) Jesus é quem instituiu o Novo Concerto ou o Novo Testamento (ambas as ideias estão contidas na palavra grega diatheke - testamento), e seu ministério celestial é incomparavelmente superior ao dos sacerdotes terrenos do Antigo Testamento. O Novo Concerto é um acordo, promessa, última vontade e testamento, e uma declaração do propósito divino em outorgar graça e bênção àqueles que se chegam a Deus mediante a fé obediente. De modo específico, trata-se de um concerto de promessa para aqueles que, por fé, aceitam a Cristo como o Filho de Deus, recebem suas promessas e se dedicam pessoalmente a Ele e aos preceitos do novo concerto (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1910).
OBS: "Estabelecido o Novo Concerto em Cristo, o Antigo Concerto se tornou obsoleto (8.13). Não obstante, o Novo Concerto não invalida a totalidade das Escrituras do Antigo Testamento, mas apenas as do pacto mosaico, pelo qual a salvação era obtida mediante a obediência à Lei e ao seu sistema de sacrifícios. O Antigo Testamento não está abolido; boa parte de sua revelação aponta para Cristo [...], e por ser a inspirada Palavra de Deus, é útil para ensinar, repreender, corrigir e instruir na retidão" (Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1911).
III - A POSIÇÃO DE CRISTO NO CÉU
1. “Um sumo sacerdote tal...” (v.1a). Com esta expressão, a Palavra de Deus visa mais uma vez enfatizar a singularidade de Cristo como Sumo Sacerdote, destacando-o e diferenciando-o dos sumo sacerdotes comuns, frágeis, mortais, da Antiga Aliança. A expressão “tal”, aqui, evidencia a incapacidade das palavras humanas para descrever a grandeza de Cristo. É o que ocorre também em Jo 3.16 (de “tal” maneira).
2. “Assentado nos céus”. Esta expressão que também aparece em 1.3; 10.12 e 12.2, indica Cristo, como Sumo Sacerdote perfeito, que realizou sua obra de tal forma que tem o direito de assentar-se no seu trono, ao lado direito do Pai. Já os sacerdotes do Antigo Pacto não podiam assentar-se, pois sua obra nunca terminava. Por isso nunca são descritos como sentados.
3. “À destra do trono da majestade” (v.1b). Cristo, à direita de Deus, está na posição da mais alta honra, nos céus. Em Mc 16.19, está escrito: “Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus”. Jesus Cristo é o único ser que tem essa posição de extremo destaque nos céus. Tal verdade nos é transmitida, para que saibamos que o nosso mediador não é um ser celeste qualquer, mas aquele que tem posição de honra, única e destacada, diante de Deus. As nossas orações são levadas a Ele, que por nós intercede junto ao Pai.
IV - O SACERDÓCIO DE CRISTO NOS CÉUS
1. “Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo”. Não obstante estar Cristo assentado à destra de Deus, e tendo concluído sua obra, quando do seu ministério terreno, Ele é aqui descrito como “ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo” (v.2). Nos céus, o Mestre amado continua a executar seu ministério ou serviço divino, como nosso mediador, intercessor, advogado e Sumo Sacerdote perante o Pai, pois entrou no Santo dos Santos.
2. O que Cristo faz nos céus. Abrindo um pouco o véu da eternidade, a Bíblia revela-nos algo sobre o trabalho de Cristo nos céus. De lá, Ele controla todas as coisas, tanto as que estão nos céus, quanto as que estão na terra, no universo, enfim. Ele está assentado “à destra da majestade”, “sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (1.3). É muita coisa!
Em relação a nós, diz a Bíblia, que “ele está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34b). Há milhões de crentes, orando todos os dias, em todos os lugares, em todas as mais de 6.000 línguas conhecidas, e Jesus está ouvindo essas orações, e intercedendo por nós. Glória a Deus! Jesus contempla todos os seus servos e trabalha em favor deles. (Leia Is 64.4).
3. Constituído por Deus (vv.2-4). Jesus, como Sumo Sacerdote constituído por Deus, no céu, exerce seu trabalho no verdadeiro tabernáculo, fundado pelo Senhor, e não pelo homem. O antigo tabernáculo, montado no deserto, deixou de existir. Sua exuberante glória desapareceu. Salomão construiu o majestoso templo, que substituiu o tabernáculo (2 Cr 7.1,11). Mais tarde, esse templo foi destruído e substituído por outro, que também desapareceu. Mas o tabernáculo celeste, no qual Cristo está, é eterno e indestrutível.
V - UM NOVO CONCERTO
1. “Um ministério mais excelente” (v.6a). Mais do que um sacerdote, na terra, Jesus foi o “cordeiro de Deus”, oferecendo-se a si mesmo como holocausto, entregando sua vida em nosso lugar (cf. Jo 10.15,28). Agora Ele exerce as funções sumo sacerdotais lá no céu: “ministério mais excelente” (1.4), que o realizado por todos os sacerdotes e sumo sacerdotes terrenos, da Antiga Aliança.
2. “Mediador dum melhor concerto” (v.6b). Numa aliança, existem três elementos envolvidos. As partes, no mínimo duas, e um mediador. No Antigo Pacto, vemos Deus de um lado e o povo de Israel de outro. O mediador era o sacerdote ou o sumo sacerdote. Foi Deus quem propôs e estabeleceu a Antiga Aliança. Os sacerdotes fizeram seu trabalho, mas fracassaram. Foram mediadores deficientes e falhos. O lado humano, representado por Israel, arruinou-se apostatando. Mas Deus, por sua infinita misericórdia, proveu-nos um Novo e melhor Concerto, “confirmado em melhores promessas” (v.6), através de Cristo.
3. O novo concerto aboliu o antigo (v.7). “Porque, se aquele primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo”. Em Jeremias, lemos: “Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33). Ver Ez 36.25,26. Isto é muito significativo.
- No Antigo Pacto, o culto era mais exterior: havia os sacrifícios de animais, os rituais, a guarda dos sábados, das luas novas, etc. O Novo Concerto trazido por Cristo, em tudo é superior. A lei de Cristo é colocada no coração do homem. Em lugar de todos os sacrifícios do Antigo Pacto, Cristo, entregando-se na cruz, efetuou um único e suficiente sacrifício, expiador e redentor. Glória a Deus!
- CONCLUSÃO
- Vimos nesta lição que a Antiga Aliança implicava mandamentos, estatutos e juízos, os quais não foram observados pelo povo escolhido. Era um concerto transitório, como indica o escritor: “Porque se aquele primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo” (v.7). Diante disso, Jesus trouxe uma Nova Aliança, que se estabeleceu, não em atos exteriores, rituais, mas no interior do homem, no entendimento e no coração. Por isso, é um melhor concerto. Não devemos ter nenhuma dúvida quanto à validade da Nova Aliança, perpetrada por Cristo. O apóstolo Paulo escrevendo aos Coríntios, asseverou: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17).
- Bibliografia
- Bíblia de Estudo Palavra Chave (ARC)
- Dicionário Online
- Apontamentos do Autor
- Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2001 - Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”. Comentarista: Elinaldo Renovato - Lição 4: Repouso para o povo de Deus - Data: 22 de Julho de 2001
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