ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO-SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2017
Adultos - O caráter do cristão: moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro
COMENTARISTA: OSIEL GOMES DA SILVA
COMENTÁRIO: EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
LIÇÃO Nº 3 – MELQUISEDEQUE, O REI DE JUSTIÇA
Texto: Rm 12.8-14
Melquisedeque é tipo de Cristo Jesus.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo de personagens bíblicas que nos mostram como é o caráter do cristão, estudaremos Melquisedeque.
- Melquisedeque é tipo de Cristo Jesus.
I – EM QUE CIRCUNSTÂNCIAS SURGE MELQUISEDEQUE NO RELATO BÍBLICO
- Na sequência do estudo de personagens bíblicas que nos mostram como é o caráter do cristão,estudaremos Melquisedeque, figura que é mencionada na Bíblia por apenas onze vezes (Gn.14:18; Sl.110:4; Hb.5:6,10; 6:20; 7:1,10,11,15,17,21).
- Nestas onze menções no texto sagrado, uma é histórica (Gn.14:18), outra poético-profética (Sl.110:4)e nove tipológicas, quando o escritor aos hebreus demonstra que Melquisedeque é uma figura que apontava para Cristo Jesus, era, portanto, um tipo de Jesus Cristo, mais precisamente para o ministério sacerdotal de Nosso Senhor e Salvador.
- Bem se vê, de pronto, que são extremamente exíguas as informações bíblicas a respeito de Melquisedeque,mas a sua condição de tipo de Cristo tem muito a nos ensinar a respeito do caráter cristão.
- Tendo em vista que a menção histórica de Melquisedeque, que é única nas Escrituras, é a base de todas as outras referências, urge aqui, ainda que sucintamente, esclarecer em que circunstâncias aparece esta personagem no texto bíblico.
- Após se separar de seu sobrinho Ló, Abrão passou a viver em paz na terra de Canaã, embora fosse um peregrino, inclusive sendo protegido por Deus de uma guerra que sacudiu a região, quando os reis de Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar se rebelaram contra o rei de Sinar (Gn.14:1-11). Abrão tinha a companhia e o consolo de Deus e vivia sua vida nesta esperança, sem se perturbar com a agitação do mundo à sua volta. Assim é o verdadeiro e sincero servo de Deus. Estará, sim, no meio das grandes turbulências da política internacional, estará no meio das agitações que caracterizam o mundo sem Deus e devem até se intensificar, mas, apesar de todos os conflitos, manterá sua confiança em Deus e tirará destas situações tão angustiantes um motivo maior de esperança para si (Mt.24:4-8).
- Entretanto, Deus mostra toda a Sua misericórdia e Seu amor para com os homens, aproveitando-se desta situação de guerra generalizada. Com efeito, apesar de toda a força e supremacia do exército dos reis mesopotâmicos, que ninguém e nada puderam resistir, a Bíblia dá-nos conta de que um escapou e foi ter com Abrão para lhe contar o que estava acontecendo. Com certeza, esta pessoa que escapou era alguém que tinha conhecimento de Abrão e de sua vida diferente. Quem sabe era um servo de Ló, que, por sua insignificância e humildade, nem sequer foi notado pelos exércitos vencedores. Era alguém que não tinha qualquer importância ou relevância e que, por isso mesmo, conseguiu escapar. Ao chegar até a tenda de Abrão, contou-lhe o que estava passando e o patriarca pôde ver nesta pessoa tão insignificante, a mão de Deus. Por isso, devemos estar sempre atentos e vigilantes, para que possamos perceber Deus nas mínimas coisas. O profeta Zacarias adverte-nos para não desprezarmos as coisas pequenas (Zc.4:10). Será que temos estado atentos às pequenas coisas que Deus tem nos mostrado? Ou temos perdido ricas oportunidades deservir a Deus e de testificarmos Seu nome por conta deste desprezo das pequenas coisas?
- O fugitivo foi direto falar com Abrão, ao seu encontro, numa demonstração de que o testemunho de Abrão já era conhecido pelos povos daquela terra. Na sua simplicidade, no seu modo pacato de vida, Abrão já se fazia conhecer dos homens, era diferente dos demais, tanto que o texto bíblico faz questão de ressaltar que o fugitivo fora ter com Abrão, o hebreu (Gn.14:13). Todas as tradições das religiões monoteístas insistem em mostrar o patriarca como um homem diferente dos demais de seu tempo. O texto bíblico chama-o de "hebreu", ou seja, como descendente de Eber (Gn.12:15-17), talvez para ressaltar o fato de que Abrão era descendente de Sem e, portanto, de linhagem diversa dos moradores de Canaã, que eram descendentes de Cão (Gn.10:6-20). Mas havia algo além disso, porquanto os reis mesopotâmicos, também, em parte, eram descendentes de Sem. Era o modo de vida diferente de Abrão, sua crença num Deus único, sua conduta diversa da dos demais habitantes da terra.
- Será que temos tido o mesmo testemunho que Abrão tinha em Canaã? Mesmo peregrino, sem residência fixa, o patriarca notabilizara-se por ser "o hebreu", o diferente, o homem dotado de valores distintos dos demais homens. Será que temos sido identificados, em nosso modo de viver, como um "hebreu", ou seja, como alguém que tem uma outra esperança, que tem uma ética, um sistema de valores e de princípios diferentes dos do mundo que nos cerca? Ou será que vivemos numa mistura, numa indistinção, que nos torne comprometidos com o mundo que está imerso no maligno (I Jo.5:19)? Ao contrário de Ló, Abrão mantinha uma distinção, uma diferença que era notada pelos homens de seu tempo e que, certamente, será notada pelos homens de nossos dias ao avistarem um verdadeiro servo do Senhor (Mt.5:14-16).
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