ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - CORPO, ALMA E ESPÍRITO: A restauração integral do ser humano para chegar à estatura completa de Cristo

COMENTARISTA: Silas Queiroz

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 10 - ESPÍRITO – O ÂMAGO DA VIDA HUMANA

Texto: Gênesis 2.7; Eclesiastes 12.7; Zacarias 12.1; João 4.24.

Introdução: Uma vez livre, nossa alma recebe vida espiritual e dirige nosso corpo para adorar e servir ao Criador.

I. O SOPRO DIVINO: A CONCESSÃO DO ESPÍRITO

1. O fôlego da vida

1.1. A Criação havia sido feita mediante o emprego de ordens verbais: “Haja”, “Ajuntem-se”, “Produza” (Gn 1.3-11).

1.2. O corpo humano estava inerte até receber o sopro divino (o fôlego da vida) (Gn 2.7)

a. A matéria recebeu vida espiritual consciente, constituída de espírito e alma.

b. O espírito é a parte imaterial através da qual estabelecemos nossa comunhão com o Criador.

c. A vida que o espírito recebe de Deus é por Ele transmitida à alma.

. Esta, por sua vez, a expressa por meio do corpo.

1.3. O espírito é o âmago, a parte mais profunda e íntima do ser humano

a. O espírito está entranhado com a alma e inseparável dela

2. A singularidade do espírito

2.1. Alma e espírito são componentes imateriais distintos (Zc 12.1)

2.2. Jó faz referência ao corpo (representado pela boca), ao espírito e à alma (Jó 7.11).

2.3. O Espírito volta a Deus que o deu (Ec 12.7)

a. O retorno do espírito para Deus se dá junto com a alma, consciente das ações humanas, boas ou más (Lc 16.22-25; Ap 20.4).

b. Neste texto, como em outros, ruah, o termo hebraico para “espírito”, é representativo dos dois elementos espirituais (Gn 45.27; Sl 146.4; 1Sm 30.12).

c. Da mesma sorte, em diversas passagens nephesh (alma) é tomada pelo todo imaterial (Gn 35.18; 1Rs 17.21).

3. A tênue divisão

3.1. No N.T. há distinção da alma e do espírito (1Ts 5.23; Hb 4.12)

II. ESPÍRITO, PECADO E SANTIFICAÇÃO

1. Pecados do espírito

1.1. Existem pecados do corpo, como a prostituição, e da alma, como os maus pensamentos.

1.2. Existem pecados do espírito, como o orgulho, a soberba, a vanglória, a arrogância e a inveja (Pv 16.18; 1Tm 3.6).

a. Estes costumam ser piores que os pecados do corpo

b. Sutis (e às vezes ocultos!), os pecados do espírito causam terríveis males (Pv 15.25).

c. Prejudicam seus autores, afetam e destroem muitos relacionamentos (Tg 3.13-16).

d. Certas expressões pecaminosas da alma e do corpo são reflexos do espírito (Ne 4.1-8)

. Ex: iras, disputas e maledicências

1.3. Diante dessas oposições, precisamos ter prudência e resiliência, sem nos abalar (Rm 12.21).

2. Raízes do pecado.

2.1. O processo de santificação deve atingir o ser humano por inteiro (1Ts 5.23)

a. A ordem por ele apresentada — espírito, alma e corpo — não nos parece aleatória.

b. O ato de criação se deu do material para o imaterial (Gn 2.7),

c. O ato da Redenção se dá do espiritual para o físico (1Pe 1.23; Rm 8.23)

2.2. É no imaterial, que geralmente é chamado de “coração”, que o pecado fica enraizado (Mt 15.19).

a. A verdadeira santificação acontece de dentro para fora (Ez 36.26,27; Rm 8.10-13; Gl 5.22).

. A falta dessa compreensão leva ao legalismo, além de

. Leva à distorção da Doutrina da Graça, pela confiança nas próprias obras (Mt 23.25-28; Ef 2.8-10).

3. Vencendo o pecado

3.1. A força do pecado arraigado em nosso espírito somente é vencida quando: (Rm 6.14; Hb 10.10).

a. Deixamos de confiar em nós mesmos

b. Dependemos inteiramente da graça de Deus

c. Dependemos do poder salvador e santificador

3.2. Cristo nos livra da lei do pecado e morte (Rm 8.2)

3.3. O que parece impossível para nós, não o é para o poder de Deus operando em nós (Rm 8.3,4)

3.4. Revistamo-nos de mansidão e humildade para uma vida espiritual saudável e frutífera (Fp 2.3-8).

a. A arrogância sequer deveria ser nominada entre nós

b. As contendas não devem existir no meio do povo de Deus (2Tm 2.24)

3.5. Purifiquemo-nos de todos os pecados aperfeiçoando a santificação (2Co 7.1)

III. REGENERAÇÃO E ADORAÇÃO

1. O Novo Nascimento

1.1. A vitória sobre o pecado começa com uma vida regenerada (Jo 3.5-8; Ef 2.1-6)

a. Alguns tentam mostrar apenas aparência (2Tm 3.5)

b. Esses mostram resistência à interpretação da verdade (2Tm 2.8; 4.3)

c. Não podemos ter comunhão com os tais (1Tm 6.1-5; 2Tm 2.5)

2. Em espírito e em verdade

2.1. Uma vida espiritual sadia não se fundamenta em misticismos (Jo 4.24)

2.2. Uma vida espiritual sadia se fundamenta na comunhão com Deus segundo as Escrituras (Jo 7.38)

3. Um espírito quebrantado

3.1. A verdadeira e pura adoração nasce: (Sl 51.17; 2Co 11.3).

a. De um espírito quebrantado, em simplicidade,

b. De um espírito sem pretensão de louvor ou glória humana

3.2. O Pentecostalismo Clássico:

a. É despido Crenças e práticas alheias às Escrituras

b. Busca sempre refletir o autêntico cristianismo bíblico

Conclusão: Âmago da vida humana, o espírito nos foi dado por Deus para que mantenhamos comunhão com Ele. Não deixemos que os cuidados da vida nos façam esquecer de que somos seres espirituais. Desfrutar da presença divina fortalece o espírito, alegra a alma e nos enche de vigor para enfrentar os desafios cotidianos em nossa jornada ao Céu.

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