Adultos

Lição 8 - Emoções e Sentimentos — A batalha do equilíbrio interior III

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - CORPO, ALMA E ESPÍRITO: A restauração integral do ser humano para chegar à estatura completa de Cristo

COMENTARISTA: Silas Queiroz

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 8 – EMOÇÕES E SENTIMENTOS: A BATALHA DO EQUILÍBRIO INTERIOR

Texto: Filipenses 4.4-7; Mateus 9.36; João 11.35,36.

Introdução: Acima de todo e qualquer método humano, devemos confiar em Deus, único que pode nos dar a verdadeira paz e guardar nossos sentimentos.

I. O HOMEM, UM SER AFETIVO

1. Propósitos do estudo

1.1. Há um preocupante agravamento da crise de saúde mental em todo o mundo, inclusive no Brasil.

a. Transtornos depressivos e de ansiedade são os que mais crescem.

1.2. A Palavra de Deus é fundamental para uma vida integralmente equilibrada.

1.3. Isso inclui entender

a. O que são emoções e sentimentos e como podem e devem ser geridos

b. Qual a conexão existente entre o que pensamos e o que sentimos

c. Qual a relação desses fenômenos com a vontade e as decisões humanas:

. Pensar, sentir, desejar e agir

1.4. Nada em nós deve estar fora do propósito de amar a Deus, servi-lo e adorá-lo (Sl 103.1; Mc 12.30)

2. Afetividade: emoções e sentimentos

2.1. A afetividade é a nossa capacidade de sentir e demonstrar emoções e sentimentos

a. Isso envolve nosso corpo e alma (Sl 31.9)

b. Isso envolve o nosso espírito (Jo 13.21; Lc 1.47)

2.2. A Bíblia nos mostra que somos seres completos, corpo alma e espírito

a. Nossas emoções e sentimentos fazem parte da nossa natureza, criada por Deus

2.3. Podemos entender melhor assim:

a. Emoções: são reações rápidas e geralmente acontecem sem a gente pensar, como por exemplo, quando sentimos medo ou alegria de repente

b. Sentimentos: eles nascem das emoções, mas permanecem por mais tempo e são percebidos de forma mais consciente, como por exemplo, quando sentimos gratidão ou solidão.

c. A principal diferença é que a emoção passa rápido, tem pouca duração e é intensa; o sentimento é menos intenso, mas pode perdurar bastante tempo (Mt 26.38; Gn 47.9; Rm 9.2)

2.4. Precisamos aprender a lidar com nossas emoções e sentimentos

a. Buscar o equilíbrio através da Palavra de Deus em nossa vida

b. Buscar o equilíbrio através da ação do Espírito Santo em nossa vida.

3. Principais afetos

3.1. As seis emoções básicas:

a. Alegria, medo, raiva, surpresa, nojo e tristeza

3.2. Essas emoções básicas provocam alterações corporais:

a. Coração acelerado

b. Respiração ofegante

c. Tensão muscular

d. Secura na boca

e. Náuseas.

3.3. Adão como exemplo bíblico das emoções:

a. Adão expressou alegria ao acordar e contemplar Eva (Gn 2.23)

. Emoção que se tornou um sentimento igualmente prazeroso durante a feliz convivência que tiveram, plena de cumplicidade (Gn 2.25).

b. Depois do pecado, experimentaram vergonha e medo, duas emoções negativas ou desagradáveis.

c. Dentre as reações externas imediatas ocorreram a percepção da nudez, cobrir o corpo e se esconder de Deus (Gn 3.7-10).

d. Tristeza e dor se tornaram sentimentos constantes na vida do primeiro casal (Gn 3.16-18).

e. A tragédia da expulsão do Éden certamente lhes causou profunda frustração e angústia (Gn 3.23).

4. Inveja, ira e ódio

4.1. Em Caim também se observa a presença de emoção e sentimento

. Sua ira em relação a Abel ficou estampada em seu rosto,

. É um claro exemplo de reação fisiológica (Gn 4.6).

. Mesmo advertido por Deus, permitiu que a emoção se transformasse em um sentimento de ódio e matou o irmão (Gn 4.8).

. Outros sentimentos negativos, como culpa e medo, o acompanhariam por toda a vida (Gn 4.10-14).

II. EMOÇÕES: EXPERIÊNCIA E CONTROLE

1. Reação e decisão

1.1. Como reações instintivas, muitas emoções estão fora do controle humano.

a. Em casos assim, não constituem um pecado em si mesmas.

b. Mas é responsabilidade nossa decidir como agir diante de uma reação emocional.

1.2. A frase do apóstolo Paulo “Irai-vos e não pequeis” (Ef 4.26) expõe essa verdade.

a. Dominem sua ira

b. Não deixe que a ira os domine

c. Se vier a dominar, tornar-se-á um sentimento pecaminoso

d. Permanecer irado é dar lugar ao Diabo e abrir caminho para terríveis pecados (Ef 4.27)

1.3. A ira, portanto, é uma experiência emocional que deve ser repelida e jamais cultivada.

a. Devemos nos livrar dessas emoções (Ef 4.31)

b. O verdadeiro cristão não pode alimentar emoções ruins, como a ira (Cl 3.5-8).

c. Dizer “Eu sou assim mesmo!” para justificar arroubos emocionais e permanecer neles é negar a eficácia da obra de Cristo (Rm 8.13; 2Co 5.17).

2. Emoção e pecado

2.1. O fato de uma emoção ser instintiva não retira, de forma absoluta, seu caráter pecaminoso

2.2. Emoções que podem ser expressões de pecados enraizados no coração.

a. Raiva, inveja, tristeza e outras emoções

2.3. Uma pessoa orgulhosa, por exemplo, é muito suscetível a reações emocionais negativas:

a. Ela vai expressar ira

b. Ela vai expressar rejeição

c. Ela vai expressar outros comportamentos hostis às pessoas com quem convive.

d. Nabal era um personagem assim: soberbo, mal-humorado e ingrato (1Sm 25.10,11).

. Sua insensatez lhe custou a vida (1Sm 25.36-38).

2.4. Um coração altivo é muito propenso a emoções negativas e sentimentos facciosos (Pv 13.10; 21.24).

a. Oremos para que Deus nos livre da soberba (Sl 19.13)

3. O aspecto positivo das emoções.

3.1. Mesmo desagradáveis, certas emoções nos trazem muitos benefícios.

3.2. O medo é uma emoção que nos traz muitos benefícios

a. Quando sentimos esta emoção, o cérebro inicia um processo instantâneo de descarga de adrenalina, hormônio que põe o corpo em imediato movimento para luta ou fuga.

b. Serve, portanto, como um ativador de nosso mecanismo de defesa.

c. Sem essa emoção o corpo ficaria inerte, sem ação, totalmente vulnerável.

3.3. Nossos afetos, portanto, podem ser direcionados para o bem ou para o mal.

a. Foi tomado de uma justa indignação que Jesus expulsou os vendilhões do templo (Mt 21.12).

3.4. Muitas outras emoções o Mestre expressou durante sua vida e ministério (Mt 9.36; Jo 11.35,36; Mc 3.5).

III. SENTIMENTOS GUARDADOS POR DEUS

1. A falsa autonomia humana

1.1. Como em tantas outras áreas da vida, no aspecto das emoções e dos sentimentos muitos têm preferido acreditar em sua própria capacidade.

1.2. O mercado está cheio de conteúdos sobre inteligência emocional e gestão emocional.

1.3. São diversas as técnicas com as quais se promete:

a. O reconhecimento das próprias emoções

b. A compreensão das próprias emoções

c. O controle das próprias emoções

d. Não somente das próprias emoções, mas também das dos outros.

1.4. Não podemos negar alguma eficácia de métodos coerentes de ajuda ao ser humano nesse tão complexo processo.

1.5. Todavia, é enganoso e perigoso acreditar no fantástico controle que alguns “mestres” das emoções prometem.

1.6. Não raro se surpreendem com seus próprios fracassos, na inglória empreitada de serem emocionalmente invencíveis (Jr 17.5,9).

2. Obediência, humildade e oração

2.1. O poder da ‘paz de Deus’ envolvendo nossos sentimentos (Fp 4.7)

a. É necessário abnegação, obediência e humildade, no modelo de Cristo (Fp 2.3-8)

b. É a renúncia dos interesses pessoas (Fp 2.2-4)

2.2. A paz de Deus guarda nossos corações e sentimentos em Cristo Jesus (Fp 4.7)

Conclusão: Não somos nós, com nossa própria capacidade, que dominaremos nossas emoções e sentimentos, mas sim o próprio Deus, se vivermos em humildade e fé, sob o domínio do Espírito (Gl 5.22).

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