Adultos

Lição 5 - A Alma — A natureza imaterial do ser humano III

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - CORPO, ALMA E ESPÍRITO: A restauração integral do ser humano para chegar à estatura completa de Cristo

COMENTARISTA: Silas Queiroz

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 5 – A ALMA: A NATUREZA IMATERIAL DO SER HUMANO

Texto: Gênesis 1.27,28; 2.15-17; Mateus 10.28.

Introdução: Cuidar da alma é uma atitude fundamental para uma vida cristã estável e uma eternidade de alegria e paz.

I. ATRIBUTOS DA ALMA

1. De volta ao Gênesis

1.1. A parte imaterial do ser humano é o que mais o diferencia dos animais (Gn 2.7).

1.2. O homem é um ser pessoal, criado à imagem de Deus:

a. Com autoconsciência

b. Com autodeterminação

1.3. Ao homem foi dado o poder de governo sobre toda a obra criada (Sl 8.3-6; Gn 1.28)

1.4. Seu caráter consciente e autônomo da alma o capacita;

a. A administrar (Gn 2.17)

b. A ter compreensão (Gn 2.19)

c. A tomar decisões morais (Gn 2.16,17)

1.5. A parte afetiva e junto a Eva (Gn 2.18,23)

2. Entre o espírito e o corpo

2.1. A alma do homem é sua personalidade ou distintivo pessoal.

2.2. Seus três principais atributos são:

a. A emoção ou sentimento

b. A razão ou intelecto

c. A volição ou vontade

2.3. É, portanto, a sede:

a. Dos afetos

b. Do raciocínio

c. Dos impulsos

d. Dos desejos

e. Das decisões

2.4. O ser humano emprega esses atributos:

a. Na sua comunicação com Deus

b. Na sua comunicação com o mundo físico

2.5. Para ter comunhão com Deus, a alma serve-se do espírito

2.6. Para comunicar-se com o próximo, o veículo são o corpo e seus órgãos sensoriais

a. Pele, olhos, ouvidos, nariz, boca

2.7. O cântico de Maria revela essa verdade tríplice (Lc 1.46,47)

3. A alma abatida

3.1. Os afetos da alma (Sl 42.5)

a. Era a aflição espiritual do autor (Sl 42.4,9; 43.2)

b. Sua alma estava triste e suspirava (Sl 42.2)

3.2. Davi fala de sua tristeza e do anseio por um espírito reto, voluntário e renovado, o que devolveria alegria à integralidade de seu ser (Sl 84.2; Sl 51.7-12)

II. A NATUREZA DA ALMA: IMATERIALIDADE E IMORTALIDADE

1. Distinção de substâncias

1.1. A alma como parte da natureza imaterial do ser humano (Mt 10.28)

a. Jesus fala acerca da ‘psiquê’ do ser humano

1.2. Em primeiro lugar, Jesus expõe:

a . A clara distinção de substâncias entre as partes material e imaterial do homem:

. Uma tangível (o corpo, que pode perecer por ação humana)

. Outra intangível (a alma, que não pode ser destruída pelo homem)

1.3. Em vários textos das Escrituras a parte imaterial é representada ora pela alma, ora pelo espírito (Ec 12.7; Tg 2.26; Ap 6.9).

a. Nesses casos as referências sempre abrangem ambas as substâncias devido à sua inseparabilidade.

2. Imaterialidade e responsabilidade pessoal.

2.1. Ao tratar do perecimento da alma e do corpo no Inferno, Jesus refuta as concepções antropológicas materialistas existentes desde a Antiguidade.

2.2. Em tempos modernos temos o marxismo:

a. Prega que o homem se resume à matéria, ignorando a existência de uma alma consciente após a morte (Lc 16.19-31)

b. É uma ideologia ateísta

c. Nega a pecaminosidade

d. Nega a responsabilidade moral do indivíduo

e. Considera que o mal é estrutural

. Que a culpa é da sociedade

. Que as pessoas individualmente são vítimas de estruturas opressoras.

f. Identificam pecados sociais, mas não individuais.

2.3. Esse engano desconsidera a necessidade: (At 3.19; Jo 17.3).

a. De arrependimento

b. De conversão

c. De salvação pessoal

d. Mantém as almas de seus adeptos no caminho da perdição eterna

2.4. Toda ideologia que promete soluções absolutas para os problemas do homem por meio de doutrinas sociais, políticas ou econômicas incorre no mesmo erro (Pv 4.12,27; At 4.12)

3. Materialismo e teologia

3.1. A visão materialista da natureza humana vai além das questões político-ideológicas.

3.2. Afeta também a teologia

a. Quanto a missão da Igreja

b. Quanto a ‘ortopraxia’, ou seja, a prática correta

3.3. A teologia afetada

a. No campo católico, inspira a Teologia da Libertação

b. No protestantismo, a Teologia da Missão Integral.

c. Ambas se alimentam de concepções socioeconômicas e políticas comuns ao marxismo

. Que tem o ideário materialista e crítico

. Busca tirar Deus do cenário humano e instigar as lutas de classes.

3.5. Toda negação da condição pecaminosa do homem é:

a. Um ateísmo prático, independentemente do viés que assuma (Lm 3.39; Tt 1.16).

3.6. Algumas correntes teológicas contemporâneas reinterpretam as Escrituras com base em vertentes da teologia da libertação, e compartilham do mesmo campo de distorção e confusão espiritual (Lc 11.17; 1Co 14.33).

a. Conflitam com a sã doutrina, que é essencial para a salvação da alma (1Tm 4.6,16; 2Tm 4.1-3).

III. ALMA RENOVADA E SUBMISSA A DEUS

1. Edificação e saúde

1.1. A estabilidade de nossa vida cristã depende de como cuidamos de nossa alma (Lc 12.13-21)

1.2. A oração é um meio eficaz para nos livrar da ansiedade (Fp 4.6; 1Pe 5.7)

1.3. Deus nos dá sua paz e protege nossas emoções e pensamentos (Fp 4.7)

1.4. Deus nos guia no caminho de sua vontade (Cl 3.15)

1.5. Nossa parte é alimentar nossa mente apenas com o que edifica (Fp 4.6-8).

a. O que falamos?

b. O que ouvimos?

c. O que lemos?

d. O que vemos?

1.6. Nossos hábitos diários determinam a saúde de nossa alma (Sl 1.1)

2. Purificação e renovação

2.1. A Bíblia nos adverte:

a. Dos maus pensamentos (Mt 15.19),

b. Dos desejos impuros e perversos (Tg 1.14,15; Pv 21.10)

c. Das intenções e inclinações malignas (1Pe 2.1; Nm 21.5).

2.2. Devemos purificar e renovar nossa alma (1Pe 1.22; Ef 4.23,24),

a. Assim conheceremos a vontade de Deus (Rm 12.2)

b. Viveremos em santidade e temor (Dt 4.15; Js 23.11-13).

Conclusão: O cristão precisa viver em plena santificação, o que inclui a contínua rejeição de pensamentos, sentimentos e desejos pecaminosos, mantendo pura a sua alma (1Pe 1.22; 1Jo 1.7). Atribui-se a Lutero a frase que diz: “Não podemos impedir que os pássaros voem sobre as nossas cabeças, mas podemos impedir que eles façam ninhos sobre elas”.

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