ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - CORPO, ALMA E ESPÍRITO: A restauração integral do ser humano para chegar à estatura completa de Cristo
COMENTARISTA: Silas Queiroz
COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO Nº 3 – O CORPO E AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
A partir do relato de Gênesis, podemos entender que a Queda do homem trouxe muitos problemas para a humanidade. Os mais grave dentre eles é a morte do corpo. Desde quando criou o ser humano, o propósito de Deus era que o homem vivesse eternamente e desfrutasse das bênçãos disponíveis na criação. Por isso, o instituiu no jardim do Eden, um lugar próspero e de plena paz. Ali, Adão, juntamente com sua esposa Eva, tinha todos os recursos à disposição (Gn 2.7, 16-17). O sofrimento, as aflições e as doenças tanto físicas quanto emocionais não faziam parte do propósito divino para a vida humana neste mundo. Mas, a natureza humana declinou em razão do pecado e a morte entrou neste mundo (Rm 5.12). Por essa razão, os males desta vida imperam sobre o corpo e o levam a uma morte lenta e angustiante.
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
DA PERFEIÇÃO À MORTE
Na formação e criação do ser humano, encontramos o relato bíblico de algo maravilhoso e magnífico. Do pó da terra, o Deus Criador fez surgir a mais sublime criatura, um ser dotado com qualidades e características jamais vistas em qualquer outro ser já criado.
Essa criatura (o homem) recebeu de Deus como presente a perfeição e a pureza, elemento que destacava Adão como o único ser que em sua origem uma construção incomparável, contudo, este mesmo Adão decidiu abrir mão das orientações divinas para dar espaço ao pecado, o que o fez ir da perfeição à condição de morte em fração de segundos.
A morte entrou no mundo no momento em que Deus pronunciou a sentença sobre o pecado: "Até que tomes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e ao pó tomarás" (Gn 3.19). Assim, a morte atingiu a todos os homens (Rm 5.12). Uma única exceção a essa regra infalível acontecerá na vinda de Jesus aqueles que estiverem preparados serão transformados e arrebatados (l Ts 4.14-17), sendo revestidos de imortalidade (l co 15.53). Desse acontecimento temos dois exemplos no Antigo Testamento: Enoque (Gn 5.24; Hb 11.5) e Elias (2 Rs 2.11) eles não viram a morte.
Paulo usa a palavra "morte" em relação à morte física e espiritual ao descrever que "o salário do pecado é a morte" (Rm 6.23). A morte espiritual é a condição de separação de Deus: "A inclinação da carne é a morte" (Rm 8.6). Se a condição atual dos não-cristãos não mudar, a vida deles terminará em morte eterna, a separação final da presença de Deus. A vida controlada pelo pecado leva à morte (6.16). Todas as pessoas, por serem filhas de Adão, começam a vida sob o domínio da morte (5.14). Até mesmo os cristãos lutam com a mortalidade, a separação da alma e espírito do corpo na morte física. Conforme declara Paulo, há a expectativa de que, um dia, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, a morte será derrotada (l co 15.54). Todavia, até lá, "nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo" (Rm 8.23).
Infelizmente o ciclo da vida se cumprirá em alguns, pois em algum momento o envelhecimento virá e com ele a consequente morte como fruto do pecado. Outros não experimentarão desse salário, pois estarão vivos no momento do arrebatamento. Porém nós temos conosco a esperança de possuirmos um corpo glorificado, como fruto da obra da salvação.
Destaque
O fato de a morte ser o destino de todos os homens nesta existência (ressalvados os salvos em Cristo vivos no dia do Arrebatamento), não significa que devemos viver descuidados em relação a nosso corpo. Devemos cuidar de nossa saúde, principalmente por meio de meios preventivos, evitando, sempre que possível, o acometimento de doenças. Ainda assim, devemos estar certos de que, mesmo saudáveis, avançaremos em idade e há um processo natural de degeneração das células ligada ao envelhecimento. Não é sábio negar essa realidade e procurar viver como se a juventude fosse eterna, como num conto de fadas.
A RESPONSABILIDADE HUMANA
Todo ser vivo, incluindo o homem, nasce, cresce, desenvolve-se e morre. Essa é uma lei que só admite exceção para aqueles que, na segunda vinda de Jesus, estiverem vivos, no momento do arrebatamento da Igreja. Afora essa exceção, "aos homens está ordenado morrerem uma vez" (Hb 10.27).
Como falamos acima, esse é o ciclo natural da vida. Infelizmente muitos não gozam da oportunidade de cumpri-lo em totalidade, devido às muitas mazelas que encontramos em nosso tempo. Outros perdem as suas vidas de maneira trágica, seja por homicídios, suicídios ou acidentes fatais.
Porém, em seu desenvolvimento o homem passa pela infância, adolescência, juventude e idade adulta. Em cada uma dessas fases, seu desenvolvimento fisico depende de alimentação, repouso, movimento, relacionamento humano e espiritual. A velhice é a fase do declínio das energias físicas e mentais. Depois, vem a morte. Para os que têm a salvação em Cristo Jesus, a velhice é uma fase de gratidão e esperança quanto ao porvir. Para os que não têm a certeza da vida eterna, a velhice é vista como o fim da vida, sem qualquer esperança de uma vida melhor.
Para isso, o corpo exige cuidado. A onda de desprezar o cuidado com o corpo por motivos alheios é perigosa e letal. Precisamos agir com sobriedade e tratar do bem precioso concedido pelo Senhor, pois o nosso corpo é o Templo e morada do Espírito Santo, portanto, deve ser cuidado como tal.
Na esfera da sua responsabilidade, o homem faz com que, além das consequências naturais decorrentes do pecado original, o corpo também sofra impactos das transgressões que pratica ao longo da vida, inclusive contra a sua própria matéria (Lm 3.39; Rm 1.24; I co 6.18). Isso faz com que, ao mal natural, que é a desordem e decadência do Universo (calamidades naturais, algumas doenças etc.) seja somado o mal moral, que é a iniquidade cometida por criaturas dotadas de vontade, [...] Essa potencialização do sofrimento decorre das obras da carne, listadas por Paulo em Gálatas 5.19-21. E a manifestação do espírito de inimizade contra Deus, que Satanás, a antiga serpente, instilou no coração humano ainda no Éden (Gn 3.1-6; Tg 4.1-4; Ap 12.9).
Destaque
A mordomia do corpo faz parte da responsabilidade pessoal de cada ser humano, a despeito das paixões da natureza pecaminosa herdada de Adão. [...] O homem passou a conhecer não somente o bem, mas também o mal, como consequência de sua infeliz e grave decisão no Eden (Gn 3.22). Mas apesar de todo o ser humano nascer com tendência ou inclinação para o pecado, contínua dotado de livre-arbítrio. Por isso, a Queda não serve como justificativa para qualquer atitude de degradação do corpo. Cabe ao homem decidir como usáIo, para o bem ou para o mal. Isso está explícito na afirmação de Deus a Caim (Gn 4.7).
DO ABATIMENTO À GLORIFICAÇÃO
Hoje enfrentamos muitas mazelas e enfermidades. As consequências do pecado foram cruéis. As nossas células sofrem com o processo degenerativo, algo inimaginável antes da queda. Epidemias, pandemias; são exemplos do que sofremos com frequência enquanto estamos nessa vida.
Estamos aguardando o momento em que não sofreremos mais com esses problemas. Enquanto não chegamos a esse grande momento, que venhamos cuidar de nosso corpo abatido. Que venhamos cuidar de nossas fraquezas até o dia de nossa glorificação.
Apesar de todas as suas debilidades, o corpo humano pode ser alcançado pelos efeitos da Redenção em Cristo (Rm 8.23). Todo o salvo, que foi regenerado e vive em santificação, aguarda a glorificação. Como disse Paulo, nosso corpo abatido será transformado para ser conforme o corpo glorioso de Cristo, segundo o seu eficaz poder (FP 3.20,21). O verbo transformar nesse texto é metaschermtizo, no grego, e significa "mudar a forma". Será a mudança do corpo carnal e mortal para o celestial, espiritual e imortal, semelhante ao de Cristo Jesus, o Homem Perfeito (Rm 8.29; I co 15.40-49). Será um tipo de transformação sobrenatural, que ultrapassa nossa imaginação. O próprio Paulo conceituou como um "mistério". Será a vitória final do crente, proporcionada por Cristo, sobre todo o mal causado ao corpo pelo pecado, incluindo a morte, que não mais terá domínio sobre os salvos glorificados.
Destaque
Há, porém, nos Evangelhos, uma nova esperança trazida à vida daqueles que aceitam a fé em Jesus como Salvador e Senhor. A Palavra de Deus nos revela quem crê no Filho de Deus passa da morte para a vida (Jo 5.24), a saber, aqueles que creem em Seu sacrificio na cruz do Calvário como ato que remove a culpa dos pecados e oferece o perdão divino. Desde então, podemos experimentar uma nova natureza espiritual capaz de obedecer a Deus e manter-se em comunhão plena com Ele (l Jo 5.4,5). O grande desafio agora é a mortificação das obras da carne contaminada pelo pecado. O apóstolo Paulo ensina que, pelo Espírito, mortificamos a natureza pecaminosa e produzimos as virtudes do Fruto do Espírito (Gl 5.16).
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