Adultos

Lição 3 - O corpo e as consequências do pecado IV

ASSEMBLEIA DE DEUS EM MUNDO NOVO - BA

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - CORPO, ALMA E ESPÍRITO: A restauração integral do ser humano para chegar à estatura completa de Cristo

COMENTARISTA: Silas Queiroz

COMENTÁRIO: PR JOSAPHAT BATISTA SOARES

LIÇÃO Nº 3 – O CORPO E AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

INTRODUÇÃO

- Na visão pentecostal, o corpo é visto como um instrumento de adoração e serviço a Deus. O cuidado com o corpo não é apenas um cuidado estético ou superficial, mas um ato de reverência ao Criador. A presença do Espírito Santo no crente transforma o cuidado com o corpo em uma responsabilidade espiritual, refletindo a santidade de Deus.

I - TEXTO BÍBLICO

(Gênesis 3.17-19; Eclesiastes 12.1-7).

II - LIVRE-ARBÍTRIO DO SER HUMANO

- Neste tópico, definiremos o livre-arbítrio. Em seguida, veremos o seu relacionamento com a soberania divina, e, finalmente, trataremos da responsabilidade humana frente às ordenanças divinas.

1. O livre-arbítrio. É o dom que recebemos de Deus, através do qual podemos, desimpedidamente, escolher entre o bem e o mal (Dt 28.1; Js 24.15; 1Rs 18.21; Hb 4.7). Sem o livre-arbítrio, não seríamos o que hoje somos: seres autônomos, conscientes da própria existência e de nosso lugar no Universo criado por Deus.

2. A soberania divina. É o direito absoluto, irrestrito e inquestionável, que possui Deus sobre toda a sua criação (Êx 9.29; Dt 10.14; Sl 135.6). Portanto, o Senhor age como lhe aprouver. Em suas mãos, somos o barro; Ele, o soberano oleiro (Jr 18.6). Não nos cabe questionar a soberania do Todo-Poderoso (Rm 9.20). Ele é Deus e Senhor!

- Não devemos, por outro lado, ver a soberania divina como algo despótico e tirânico, porquanto todas as ações de Deus são fundamentadas em seu amor, justiça e sabedoria. O que Ele faz agora só viremos a compreender mais à frente (Jo 13.7). Descansemos, pois, na vontade divina (Sl 37.5).

3. A responsabilidade humana. Entre o livre-arbítrio e a soberania divina encontra-se a nossa responsabilidade (Jr 35.13). Não resta dúvida de que Deus permite-nos o direito de obedecer-lhe ou nãos aos mandamentos (Dt 11.13). Todavia, Ele nos chamará, um dia, a prestar contas quanto às nossas escolhas (Ec 11.9; 12.14). O Juízo Final não é ficção; é a realidade que aguarda a espécie humana na consumação de todas as coisas (Ap 20.11-1

OBS: A soberania de Deus anula a responsabilidade humana? A soberania de Deus e o livre-arbítrio são excludentes? Estas são perguntas que você pode fazer para introduzir este tópico. A relação entre soberania divina e livre-arbítrio está presente nas Escrituras Sagradas. Para enriquecer a exposição deste primeiro tópico, consequentemente respondendo às perguntas acima elaboradas, leve em conta o seguinte fragmento textual: “Há os que perguntam, por exemplo, como pode Deus saber quem há de se perder, e mesmo assim, permitir que os tais se percam. O conhecimento prévio de Deus, porém, não predetermina as escolhas individuais, porquanto Ele respeita nosso arbítrio. Em Efésios 1.3-14, temos o esboço da história predeterminada do mundo. Mas esse vislumbre da predestinação do Universo não elimina as ‘ilhas da liberdade’ que Deus nos reservou, pois Ele nos fez indivíduos e livres. Ele permite que as pessoas escolham o próprio destino; Céu ou inferno” (MENZIES, William W. (Ed.). Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. RJ: CPAD, 1995, p.41).

III - A QUEDA, UM EVENTO HISTÓRICO E LITERAL QUE AFETOU A TRICOTOMIA DO HOMEM

- A apostasia de Adão e Eva deu-se em consequência do conflito entre o livre-arbítrio humano e a soberania divina. Nesse episódio, houve a possibilidade da queda, a realidade da tentação e a historicidade da queda.

1. A possibilidade da queda. Em sua inquestionável soberania, Deus criou Adão e Eva livres, permitindo-lhes o direito de obedecê-lo ou não. Todavia, a ordem do Senhor, concernente à árvore da ciência do bem e do mal, era bastante clara (Gn 2.16,17). Se eles optassem por ignorá-la, teriam de arcar com as consequências de seu ato: a morte espiritual seguida da morte física.

2. A realidade da tentação. Ao ser tentada pela serpente, Eva deixou-se enganar pela velha e bem arquitetada mentira de Satanás — a possibilidade de o homem vir a ser um deus (Gn 3.1-6; 2Co 11.3). No instante seguinte, Adão e Eva pecaram contra Deus (1Tm 2.14). Tendo em vista a representatividade de Adão, foi ele responsabilizado pela entrada do pecado no mundo (Rm 5.12).

3. A historicidade da queda. A narrativa da queda do ser humano tem de ser acolhida de forma literal, pois o livro de Gênesis não é uma coleção de parábolas mitológicas, mas um relato histórico confiável (2Co 11.3; Rm 15.4). Tratemos, com temor e tremor, a Bíblia Sagrada — a inspirada, inerrante, infalível e completa Palavra de Deus.

OBS: “Um erro comum é considerar o pecado substância. Mas se o pecado fosse uma substância ou coisa, então, sem dúvida, teria sido criado por Deus, e, assim sendo, seria essencialmente bom. Mestres cristãos, através dos séculos, em vista do ódio de Deus contra o pecado na Bíblia como um todo, têm rejeitado a ideia de que o pecado tenha sua origem em Deus. Embora o pecado não seja uma substância, não significa que seja destituído de realidade. As trevas são a ausência da luz. Embora o pecado e o mal sejam, algumas vezes, comparados com as trevas, eles são mais que a mera ausência do bem. O pecado também é mais que um defeito. É uma força ativa, perniciosa e destruidora” (MENZIES, William W. (Ed.). Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. RJ: CPAD, 1995, p.73).

IV - AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DE ADÃO

- Devido à sua rebelião contra o Senhor, a raça humana teve de arcar com pesados encargos: a consciência do pecado, a perda da comunhão com Deus, a transmissão do pecado às gerações subsequentes, a enfermidade da terra e, finalmente, a morte física.

1. A consciência do pecado. Ao tentar a mulher, a antiga serpente prometeu-lhe a onisciência divina, mas o que os nossos pais herdaram foi uma consciência pecaminosa geradora de obras mortas (Gn 3.1-6; Tt 1.15; Hb 9.14). O pecado leva-nos a perder o brilho do rosto e o vigor físico (Sl 31.10; Sl 32.3). Eis porque o homem precisa nascer da água e do Espírito (Jo 3.5).

2. A perda da comunhão com Deus. Em consequência de seu pecado, Adão e Eva foram expulsos da presença de Deus (Gn 3.23,24). De agora em diante, não poderiam mais viver no jardim do Éden, onde, diariamente, conversavam com o Senhor (Gn 3.8). Mas, apesar de haverem ofendido a Deus, continuaram a ser alvo de seu imenso, eterno e infinito amor (Jo 3.16).

- Desde a queda, o ser humano, para reatar a comunhão com Deus, tem de aproximar-se dele pela fé (Hb 11.6). Nesse retorno, não estamos sós. Jesus Cristo é o nosso medianeiro eficaz (Rm 5.1). Ele é o Verdadeiro Deus e o Verdadeiro Homem (1Tm 2.5).

3. A transmissão do pecado à espécie humana. Sendo Adão o pai de toda a raça humana, o seu pecado acabou por alcançar a todos os homens (Rm 3.23; 5.12). Aquilo que chamamos de “pecado original” contaminou universalmente a humanidade. Até mesmo o recém-nascido já traz consigo essa semente (Sl 51.5). Embora a criança, na fase da inocência, não tenha a experiência do pecado, a iniquidade adâmica acha-se impregnada em seu interior, prestes a ser despertada. Somente em Cristo podemos vencer tanto o pecado original como o experimental (1Jo 1.7). Muitas crianças são recolhidas por Deus, na fase de inocência, apesar da iniquidade dos pais (1Rs 14.13). Entre os que morreram sem a experiência do pecado acham-se os inocentes assassinados por Herodes (Mt 2.16).

4. A enfermidade da Terra. Por causa do pecado de Adão, até a própria Terra adoeceu. Expulso do Éden, Adão teria de trabalhar, com redobrado esforço, a fim de prover o seu sustento cotidiano (Gn 3.17). Desde então o nosso planeta vem sofrendo com fomes, tremores de terra e inundações (Mt 24.7).

- Em sua Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo descreve a Terra como que gemendo por causa das expectativas quanto às últimas coisas (Rm 8.22). Mas, quando o Reino de Deus manifestar-se, logo após a Grande Tribulação, o planeta será curado de todas as suas enfermidades (Is 35).

5. A morte física. O homem não foi criado para experimentar a morte física. Nesse sentido, podemos dizer que fomos criados imortalizáveis; com a possibilidade de viver indefinidamente (Gn 2.17). Não somente a eternidade, mas de igual modo a imortalidade, achavam-se no ser humano. A morte é a mais triste consequência do pecado (Rm 6.23). Todavia, a pior morte que alguém pode experimentar é a separação eterna de Deus; a segunda morte (Ap 2.11; 20.6). Quanto a nós, os que já recebemos Jesus Cristo como o nosso Senhor e Salvador, a morte não terá efeito, porque Ele é a ressurreição e a vida (Jo 11.25).

OBS: “O pecado de nossos primeiros pais teve diversas consequências. Eles entraram em estado de culpa. E não somente se tornaram cônscios de seu ato e da separação de Deus na qual haviam incorrido, mas sabiam que estavam sujeitos à penalidade atrelada ao mandamento de Deus, em caso de desobediência. Alguns, atualmente, confundem sentimento de culpa com a própria culpa. São crentes que aceitaram o perdão outorgado por Cristo, mas ainda conservam restos de sentimento de culpa. O sentimento de culpa resulta de uma consciência maculada. A própria culpa é a responsabilidade legal pelo erro praticado aos olhos de Deus, o que incorre em penalidade” (MENZIES, William W. (Ed.). Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. RJ: CPAD, 1995, p.73).

OBS: ARGUMENTO BIBLIOLÓGICO - PECADO E MORTE
“Quando Adão e Eva pecaram, a morte moral e espiritual veio de imediato (cf . 2.17; cf . Jo 17.3, nota), enquanto a morte física ocorreu posteriormente (5.5).

(1) Deus havia dito: ‘no dia em que dela comeres, certamente morrerás’ (2.17). Moralmente, a vida de Deus morreu neles, e a sua natureza tornou-se pecaminosa (isto é, espiritual e moralmente corrupta, contrária à natureza perfeita e pura de Deus). Espiritualmente, o antigo relacionamento com Deus foi destruído. A anterior inocência foi substituída pela culpa e pelo juízo. A partir de então, cada pessoa que nasce vem ao mundo com uma natureza pecadora (Rm 8.5-8). Essa corrupção da natureza humana envolve um desejo inato (isto é, congênito) é uma tendência de seguir pelo próprio caminho egoísta sem interesse por Deus ou pelos outros. A natureza pecadora é transmitida a todos os seres humanos (5.3; 6.5; 8.21; veja Rm 3.10-18, nota; Ef 2.3).

(2) A Bíblia não ensina que todos pecaram quando Adão pecou, nem que a sua culpa pessoal foi colocada sobre toda a raça humana (veja Rm 5.12, nota).
A Bíblia ensina que Adão introduziu a lei do pecado e da morte a toda a humanidade (cf. Rm 5.12; 8.2; 1Co 15.21-22) e, desde então, cada pessoa que vive decide seguir o seu próprio caminho (Is 53.6)” (Bíblia de Estudo Pentecostal – Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD ,2022, p.13). V - AS CARACTERÍSTICAS DO CORPO HUMANO**

- O corpo humano tem as seguintes características: materialidade, visibilidade e mortalidade.

1. Materialidade. Ao contrário dos anjos — seres espirituais —, criados de uma só vez pela palavra divina (Sl 33.6), o homem — ser material e físico — veio à vida a partir de uma matéria já existente: a terra. Deus, pois, formou Adão, o primeiro genitor da humanidade, do pó de nosso planeta (Gn 2.7). O mesmo pode-se dizer de Eva, que, provinda do homem, possui a mesma substância deste (Gn 2.21,22). Desde a sua criação, o ser humano vem reproduzindo-se e enchendo a terra (Gn 1.28; At 17.26).

2. Visibilidade e tangibilidade. Envolto num corpo material, o ser humano pode ser visto e tocado. Aliás, a visibilidade e a tangibilidade (aquilo que se pode tocar) foram as provas que o Senhor Jesus apresentou a Tomé como evidências de sua ressurreição física (Jo 20.27). O discípulo incrédulo só veio a convencer-se da verdade depois de ter visto e tocado as feridas do Cordeiro de Deus (Jo 20.29).

3. Mortalidade. Apesar de material, o corpo humano foi criado com a possibilidade de manter-se vivo para sempre. Se não fosse o pecado, Adão e Eva estariam, hoje, entre nós (Gn 2.16,17). Mas, por causa de sua desobediência, morreram; o salário do pecado é a morte (Gn 5.5; Rm 6.23). O apóstolo Paulo ensina, porém, que, quando do arrebatamento da Igreja, o que é mortal revestir-se-á da imortalidade (1Co 15.53,54). O homem, portanto, foi criado imortal. Ou seja: com a possibilidade de viver para sempre, caso não houvesse pecado. Mas, quando recebemos a Jesus, como nosso Salvador, passamos a desfrutar, desde já, a vida eterna (Jo 3.15). Ele é Jesus Cristo, o Filho de Deus! Crer nisso depende a nossa eternidade.

OBS: “Os escritores sagrados tinham uma ampla variedade de termos relativos ao ‘corpo’. Para os hebreus, ‘carne’ ( basar , she’er ) e ‘alma’ ( nepresh ) podiam significar corpo (Lv 21.11; Nm 5.2, onde o significado parece ser ‘cadáver’). ‘Força’ ( me’od ) dizia respeito ao poder físico do corpo (Dt 6.5). Os escritores do Novo Testamento mencionam a ‘carne’ ( sarx , que às vezes significava o corpo físico), a ‘força’ ( ischus ) do corpo (Mc 12.30) ou, mais frequentemente, o ’corpo’ ( sõma ), que ocorre 137 vezes” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.246).

VI - O MAU USO DO CORPO E A PROSTITUIÇÃO

- A prostituição é o primeiro problema que a Palavra de Deus nos aponta acerca do mau uso do corpo na esfera sexual: “Venerado entre todos seja o matrimônio, e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição e aos adúlteros, Deus os julgará” (Hb 13.4). Quando se toma por referência a Bíblia Sagrada para o estudo desse assunto, vemos que a prática da prostituição entre os povos que não serviam a Deus era comum, mas passou a ser cometida também entre os he­breus. Uma das referências sobre a prostituição e suas consequências vemos quando os hebreus saíram do Egito e passaram pela terra de Moabe. O rei dos moabitas contratou Balaão para lançar maldições contra o povo de Deus, entretanto, por mais que tentasse, o agoureiro foi impedido pelo Eterno de exercer seu ofício.

- Mas não muito tempo depois, o povo do Senhor foi atacado por uma praga. Esta foi consequência do conselho de Balaão ao rei dos moabitas, para que enviasse mulheres para perto do acampamento dos hebreus. Elas se ofereceram para os homens hebreus e pediram em troca uma adoração aos deuses cananeus. O julgamento de Deus foi incisivo, pois além de alguns homens israelitas se envolverem com a prostituição, esta foi seguida pela idolatria. Dois sérios pecados cometidos contra o Eterno, que enviou pragas contra os hebreus e 24.000 deles morreram. O preço da prostituição é alto para todos que se envolvem nela. Noutra ocasião, Deus ordena que um profeta, Oseias, se case com uma mulher de prostituições, numa referência ao que o seu povo já fazia espiritualmente, adorando a outros deuses e se contaminando com atos de prostituição, visto que os vizinhos de Israel aceitavam a prostituição masculina e feminina como parte dos seus rituais.

- Nos tempos do Novo Testamento, a prostituição também era pra­ticada. Ela é descrita como uma das obras da carne (Gl 5.19), e Paulo adverte aos coríntios, crentes de uma igreja que precisou de diversas reprimendas: “Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” (1 Co 6.18). Os coríntios viviam em uma cultura bastante erotizada, e precisavam entender que o antigo comportamento sexual promíscuo não seria aceito por Deus. E o Senhor Jesus fala que na igreja de Tiatira havia uma mulher cujo perfil era voltado à prostituição. Ela se dizia profetisa, tinha oportunidade para trazer ensinos, mas se prostituía e conduzia homens à idolatria (Ap 2.20-23). Jesus diz que vai julgá-la, pois tais coisas não passam impunes aos olhos daquEle que tudo vê.

- A prostituição era corrente no primeiro século da era cristã, e Paulo a colocou como uma obra da carne. Pelo que nos é apresentado, a prostituição tinha implicações não só religiosas, mas políticas também, e por isso deveria ser combatida como um mal que não poderia fazer parte da vida daqueles que tinham sido chamados por Deus.

2. Aborto

- O aborto é a interrupção da gravidez, trazendo a morte da criança ainda no ventre de sua mãe. Esse tipo de morte é conhecido desde os tempos antigos, e Jó menciona que em seus dias havia o aborto oculto, no qual as crianças que estavam no ventre jamais veriam a luz (Jó 3.16).

- Nancy Pearcey fala que o aborto era uma afronta não só contra a vida da criança, mas contra a vida da mulher também. em contraposição ao fruto do Espírito.

- De acordo com a legislação brasileira, o aborto pode acontecer quando há uma gestação difícil de ser levada adiante, por problemas de saúde da criança ou da mãe. Mas o aborto também acontece quando a mãe decide dar fim à vida do seu próprio filho. A Palavra de Deus nos mostra que os escritores bíblicos entendiam que a vida é um pre­sente de Deus. Davi louva ao Senhor por entender que desde a sua concepção Deus era o responsável por acompanhar o desenvolvimento do bebê: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.16). Mesmo sem conhecer o que já sabemos hoje acerca da biologia e dos detalhes com que um feto se desenvolve no útero de sua mãe, Davi sabia que Deus era o responsável pela formação da vida.

- Em nossos dias, é possível ver o quanto o pecado tem destruído o pensamento sobre a vida humana, pois há pessoas que lutam pelos direitos de preservação dos animais — o que é lícito — e ao mesmo tempo, colocam seus nomes em listas de apoio ao aborto. Essas pessoas defendem o direto de uma mãe ser assassina do seu próprio filho! En­tendemos que somente a graça de Deus pode socorrer uma mulher que se vale do aborto para ocultar uma relação sexual que não deveria ter tido, ou que julga ser o aborto uma forma de protelar a maternidade para se dedicar a uma outra atividade. Em Deus há perdão para esse tipo de pecado, como há perdão também para outros tipos de pecados contra o corpo. A vida para Deus é importante desde o seu nascedouro.

VII - A GLORIFICAÇÃO

- A glorificação é, sem dúvida, a parte final destinada ao corpo daqueles que receberam a Jesus e viveram pela fé na sua mensagem. Ela implica a transformação total da nossa estrutura “de humilhação” em uma estrutura da mesma natureza que o Senhor Jesus Cristo tem. Um corpo não sujeito às doenças, ao envelhecimento, às dores e à morte. Isso, portanto, vai alterar a nossa estrutura e, igualmente, a nossa sexualidade, pois não necessitaremos, na eternidade, dessas distinções que vemos hoje.

- Em certa ocasião, Jesus foi interpelado pelos saduceus, um grupo de israelitas que não acreditava na ressureição. Eles trouxeram uma história cujo objetivo era desacreditar a ressureição dos mortos e o próprio Jesus. Em sua investida, eles disseram que um homem tinha seis irmãos e se casou com uma mulher. Como ela não lhe deu filhos e ele veio a falecer, ela teve de ser esposa do segundo filho na ordem de nascimentos daquela família. Morreu o segundo filho, novamente sem que tivesse filhos com a mulher. A cena se repete, sendo a mulher dada como esposa para cada um dos filhos daquela família sem que pudessem gerar filhos, até que morreu o último homem da família e a própria mulher. Os saduceus, de forma irônica, perguntaram a Jesus de quem a mulher seria esposa na eternidade, já que ela havia sido esposa de todos aqueles irmãos.

- Por mais que essa história servisse para tentar deixar Jesus em uma situação desconcertante, o Senhor respondeu que eles erravam não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus, pois na eternidade seríamos como anjos, que não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.23-29). Deus determinou que o corpo glorificado não tenha traços distintivos da sexualidade humana, pois na eternidade isso não será necessário. Seremos um dia glorificados, e isso está reservado somente aos que nesta vida temeram e amaram a Deus, e que andaram em seus caminhos seguindo a Jesus.

2. O destino eterno dos que rejeitaram a Cristo

- Da mesma forma que haverá um destino para os salvos em Cristo, cujos corpos serão transformados e glorificados, os que não receberam a Jesus nem foram salvos serão ressuscitados, mas para a vergonha eterna. Na ordem das duas ressurreições, a primeira será a ressurreição dos salvos em Cristo e dos santos do Antigo Testamento que pela fé esperaram a salvação de Deus. Mas para os ímpios ressuscitados não haverá um corpo glorificado, mas um corpo destinado a ficar no lago de fogo por todo o sempre (Ap 20.15).

A verdade é que o nosso destino eterno dependerá do que fazemos nesta vida. O homem não pode mudar uma lei espiritual, por mais que seu pensamento não concorde com ela. Nascemos, crescemos e um dia morreremos, ou seremos arrebatados e transformados sem passar pela experiência da morte, caso estejamos vivos na ocasião da volta do Senhor Jesus.

CONCLUSÃO

- Portanto, a Palavra de Deus nos traz orientações bem claras acerca da nossa sexualidade e o trato com o nosso corpo. Por isso, se desejamos passar a eternidade com Deus tendo um corpo glorificado, é preciso que nos enquadremos com essas orientações pela fé e rejeitemos o que o mundo tenta impor no tocante à natureza da nossa sexualidade. Que o uso da nossa natureza física reflita a glória de Deus e o desejo dEle para o corpo físico que nos concedeu.

- Bibliografia

- Bíblia de Estudo Gesiel Gomes

- Bíblia Cronológica

- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa

- Apontamentos Teológicos do autor

- Disciplina grade ctec vida cristã - Atos dos Apóstolos

- Disciplina Antropologia Bíblica - CTEC VIDA CRISTÃ - Josaphat Batista

- https://www.escoladominical.com.br/2024/05/10/licao-6-a-realidade-biblica-do-cuidado-com-o-corpo/

- Para conhecer mais a respeito dos temas das lições, adquira o livro do trimestre: COELHO, Alexandre. O Padrão Bíblico Para a Vida Cristã: Caminhando Segundo os Ensinos das Sagradas Escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

- https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2020/2020-01-07.htm

- LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 1º Trimestre de 2020 - Título: A Raça Humana: Origem, Doutrina e Redenção - Comentarista: Claudionor de Andrade - Lição 7: A queda do ser humano - Data: 16 de Fevereiro de 2020

- https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2020/2020-01-03.htm

- LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 1º Trimestre de 2020 - Título: A Raça Humana: Origem, Doutrina e Redenção - Comentarista: Claudionor de Andrade - Lição 3: A natureza do ser humano - Data: 19 de Janeiro de 2020

- Comentário: Pastor Josaphat Batista – Pr. Presidente da Assembleia de Deus em Mundo Novo-Ba. Pós-graduado em Docência do Ensino Superior - Bacharel em Teologia convalidado pelo MEC – Pós-Graduando em História, Membro da academia Pré-Militar (ACPMB) – Pós-Graduando Ciências da Religião (Famart) – Juiz de Paz (CONAJ), Graduando História (Facuminas), Formação da Alfabetização da Língua Grega (Koiné), DIRETOR do CTEC VIDA CRISTÃ (Centro Teológico de Educação e Cultura), Autor do livro 1000 Esboços Bíblico para Sermões – Autor da Revista de Estudo Bíblico acerca de João Batista – Autor da Revista acerca de Absalão, Autor do Livro Evidências Reais do Apocalípse - Autor do Livro Escatologia Bíblica Panorâmica, Conferencista, Seminaristas, Escritor e fundador dos Congressos EBD no Campo de Camaçari-Ba. - Aproveite e estude cursos gratuitos no CTECVIDACRISTA.COM e comentários anteriores das Lições Bíblicas EBD. Ver outros comentários (anteriores) do trimestre em vigor no Site: www.portalebd.org

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COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. JOSAPHAT BATISTA

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