ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições
COMENTARISTA: José Gonçalves
COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS
LIÇÃO Nº 13 – A ASSEMBLEIA DE JERUSALÉM
Texto: Atos 15.22-32.
Introdução: Em sua essência, a Igreja é tanto um organismo quanto uma organização e, como tal, precisa seguir princípios e regras para funcionar plenamente.
I. A QUESTÃO DOUTRINÁRIA
1. O relatório missionário, seu início e doutrina
1.1. A questão doutrinária no Concílio de Jerusalém teve início na igreja de Antioquia (At 15) a. Foi sobre o relatório de Paulo e Barnabé sobre a primeira viagem missionária
b. Relataram o que Deus havia feito entre os gentios (At 14.27)
c. Os gentios foram salvos sem a necessidade das exigências da lei
d. Os gentios foram salvos pela graça de Deus
. Houve muitos milagres entre eles
1.2. Em outras palavras, a salvação é um dom de Deus, concedido inteiramente por sua graça
2. O legalismo judaizante, um forte apelo contraditório
2.1. Um grupo de judaizantes se sentiu incomodado com o relatório dos missionários (At 15.1)
a. Eram judeus convertidos à fé
b. Esses judeus tinham vindo de Jerusalém para Antioquia
c. Diziam que os gentios deviam cumprir a Lei (At 15.1)
2.2. Houve um confronto entre esse grupo judaizante e os missionários Paulo e Barnabé. (At 15.2)
2.3. A questão tomou grandes proporções:
a. Houve o risco de dividir a igreja em Antioquia
b. Os líderes tinham que responder rapidamente
2.4. Como o tema era complexo, o assunto foi remetido para igreja em Jerusalém (At 15.2)
a. A igreja em Jerusalém era a igreja-mãe
b. O assunto iria ser discutido pelos apóstolos e presbíteros (At 15.4)
II. O DEBATE DOUTRINÁRIO
1. Uma questão crucial discutida na igreja em Jerusalém
1.1. A questão gentílica chegou a Jerusalém para ser tratada (At 15.6)
a. Os judaizantes deixaram claro a posição da lei na igreja (At 15.5)
b. Segundo eles sem a observância da Lei, ninguém podia se salvar
1.2. Pedro vê que a questão não pode ser tratada de forma subjetiva.
a. Pedro revela o que passou na casa de Cornélio (At 10.1-46)
b. Pedro revelou que houve uma situação pentecostal na casa de Cornélio (At 15.8-9)
2. A experiência do Pentecostes na fé dos gentios argumentado por Pedro e Paulo
2.1. Na casa de Cornélio foi uma experiência objetiva, física e observável por todos os presentes ali (At 10.44-46; At 2.4).
2.2. Pedro esperava que seu argumento convencesse os judaizantes (At 15.7-11)
a. Os judaizantes questionaram sobre a salvação dos gentios em Cesaréia
2.3. Paulo, também, usou esse argumento por ocasião de seu debate com os crentes da Galácia. (Gl 3.5)
a. Os que receberam consciência de que o haviam recebido o Espírito Santo
2.4 Deus havia feito sinais e maravilhas entre os gentios (At 15.12)
3. A fundamentação profética da fé gentílica segundo as profecias
3.1. Pedro recorreu à experiência do Pentecostes como sinal de validação da fé gentílica. (At 15.8)
3.2. Tiago, o irmão do Senhor Jesus, recorre às profecias para fundamentar sua defesa da aceitação dos gentios na Igreja. (At 15.13,15)
a. A aceitação dos gentios na Igreja não era uma inovação sem respaldo nas Escrituras. (At 15.15-18)
b. Deus já havia mostrado aos antigos profetas que os gentios também fariam parte de seu povo. (At 15.17)
c. Esse era um favor divino, fruto de sua graça, e que nada mais precisava ser acrescentado (At 15.11)
III. A DECISÃO DA ASSEMBLEIA DE JERUSALÉM
1. O Espírito Santo na Assembleia
1.1. É digno de nota o papel atribuído ao Espírito Santo na tomada de decisões da Igreja (At 15.28; 5.32)
1.2. O Espírito Santo era visto como uma pessoa com participação ativa na igreja
2. A orientação do Espírito Santo na Assembleia
2.1. Em Atos 15.28 não nos diz como era feira a orientação pelo Espírito
a. Lucas diz que Judas e Silas “eram profetas” (At 15.32)
b. Isso indica que havia manifestação do Espírito através dos dons (At 13.1-4)
2.2. Esse era o padrão da Igreja Primitiva e deve ser também o padrão na Igreja de hoje.
3. O parecer final da Assembleia em Jerusalém
3.1. Depois dos intensos debates, veio o parecer da Assembleia para os gentios (At 15.29)
a. Deviam se abster das coisas sacrificadas aos ídolos (Paulo exorta sobre isso Rm 2.22;1Co 8.4; 10.28)
b. Deviam se abster do sangue
c. Deviam se abster da carne sufocada (Paulo exorta sobre isso 1Co 8.10)
d. Deviam se abster da fornicação. (veio a ser um problema na igreja (1Co 5.1))
3.2. A igreja procurou se mante na doutrina da salvação pela graça (Ef 2.5)
3.3. A igreja não usou o legalismo judaico
3.4. A igreja usou os extremos de rejeitar os judaizantes que também compartilhavam da fé
a. O legalismo deveria ser rejeitado, os crentes judeus, não (1Tm 2.4)
3.5. Os gentios eram salvos pela graça, mas:
a. Deveriam impor alguns limites à sua liberdade cristã (Gl 5.13; Tg 2.12)
b. Agindo dessa forma manteriam o convívio com seus irmãos judeus não fosse conflituoso
Conclusão: A Igreja sempre será desafiada a enfrentar os problemas que surgem em seu meio. No capítulo 6 de Atos, vimos como ela resolveu um conflito de natureza social, provocado por reclamações de crentes helenistas (hebreus de fala grega). Aqui, o problema foi de natureza doutrinária: uma questão melindrosa que requeria muita habilidade por parte da liderança para ser resolvida. Graças ao parecer de uma liderança sábia e orientada pelo Espírito Santo, a Igreja tomou a decisão certa. A unidade da Igreja foi preservada e Deus foi glorificado.
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