ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições
COMENTARISTA: José Gonçalves
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
LIÇÃO Nº 11 – UMA IGREJA HEBREIA NA CASA DE UM ESTRANGEIRO
Pedro abriu a porta do Evangelho aos gentios em Cesareia.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo sobre a igreja em Jerusalém, estudaremos a ação missionária de Pedro em Cesareia, na casa de Cornélio.
- Pedro abriu a porta do Evangelho aos gentios em Cesareia.
I – PEDRO E O CRESCIMENTO DA IGREJA NA JUDEIA
- Conforme já vimos em lição anterior, o capítulo 9 é destinado ao relato da conversão de Saulo e do início de seu ministério, como pregador tanto em Damasco como em Jerusalém, fato que levou a uma momentânea desaceleração da perseguição da Igreja.
- No entanto, a dispersão levara o Evangelho a Judeia, Samaria e Galileia, com a multiplicação de igrejas locais, que andavam no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo (At.9:31).
- Até então, porém, o Evangelho não havia chegado ainda “até aos confins da Terra”. Filipe evangelizara os samaritanos que, apesar de ser um povo misturado que havia adotado parcialmente princípios judaicos (II Rs.17:24-41), eram, de certo modo, vinculados ao “mundo israelita”.
- Até mesmo a conversão do mordomo-mor da rainha dos etíopes não deixava de ser a conversão de um prosélito do judaísmo, prosélitos que haviam sido alcançados desde o dia de Pentecostes (At.2:10).
- O Evangelho ainda não havia se mostrado como “o poder de Deus para salvação tanto do judeu quanto do gentio” (Rm.1:16), pois os gentios propriamente ditos, ou seja, aqueles que não tinham qualquer ligação ou relação com o judaísmo, não haviam sido alcançados pelo anúncio da Palavra (Cf. At.11:19).
- Apesar das palavras de Jesus anunciando que o Evangelho deveria ser pregado por todo o mundo a toda a criatura (Mc.16:15), a todas as nações se pregasse o arrependimento e remissão dos pecados, apenas se começando por Jerusalém (Lc.24:47), que os discípulos deveriam ser testemunhas em Jerusalém, Judeia e Samaria e até aos confins da Terra (At.1:8), que o Senhor Jesus tinha de agregar ovelhas de outro aprisco, além dos filhos de Israel (Jo.10:16), a mente da igreja em Jerusalém não conseguia ainda entender que viviam um novo tempo no plano da salvação, que Israel havia rejeitado o Cristo e que, com isso, era hora de pregar as boas novas de salvação aos gentios (Jo.1:12).
- A mentalidade vigente continuava a ser de que o povo de Deus era Israel e que, para desfrutar da salvação em Jesus, necessário se fazia primeiramente pertencer ao povo judeu, fazendo-se um prosélito, o que implicava em se circuncidar e passar a observar a lei de Moisés, para, então, obter a vida eterna (Cf. At.15:5).
- No entanto, não era esta a realidade, porquanto Jesus havia morrido por toda a humanidade e, com Seu sacrifício vicário, restabelecido a amizade entre Deus e os homens, independentemente da nação a que pertenciam (I Jo.2:2; Ap.5:9).
- Na ascensão, o Senhor já dissera aos discípulos que não deveriam mais se preocupar com os planos divinos para com Israel, devendo dedicar-se à pregação do Evangelho para todos os homens (At.1:6-8).
- No dia de Pentecostes, embora o auditório fosse de judeus e prosélitos, a escolha do Senhor por este auditório, com judeus de várias nações e a manifestação das línguas estranhas e o povo a ouvir as grandezas de Deus em seus próprios idiomas, num movimento contrário ao que ocorreu em Babel, onde surgiram as nações, já era um indicativo de que se estava a inaugurar um novo tempo, que atingiria a todos, mas os discípulos não tiveram tal discernimento.
- Pedro, mesmo, no sermão que proferiu após a cura do coxo da porta Formosa do templo, dissera que o intuito da pregação do Evangelho era a vinda dos tempos do refrigério pela presença do Senhor e que haveria um tempo até a vinda de Jesus desde os céus para a restauração de tudo conforme as profecias messiânicas ainda não cumpridas (At.3:19-21).
- Mesmo assim, porém, mesmo diante desta mensagem inspirada pelo Espírito Santo, era um dos que ainda entendia ser necessário primeiro pertencer a Israel para só depois vir a ser “nazareno” ou “do Caminho”.
- Como prova de que o Espírito Santo está na Terra para glorificar o Filho e para nos fazer lembrar as palavras ditas pelo Senhor Jesus (Jo.16:14; 14:26), no instante em que Paulo volta a Tarso, para ser devidamente preparado para o trabalho que faria perante os gentios, não é com Filipe que se abrirá a porta do Evangelho aos gentios, mas, sim, com Pedro.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO