Adultos

Lição 12 - Do julgamento à ressurreição V

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - GUARULHOS

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - E O VERBO SE FEZ CARNE – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor

COMENTARISTA: Elienai Cabral

COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

 

LIÇÃO Nº 12 – DO JULGAMENTO À RESSURREIÇÃO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos alguns fatos importantes que aconteceram nos últimos dias de vida do Senhor Jesus, bem como a sua morte e ressurreição. Veremos como se deu a sua prisão de Jesus; explicaremos sobre o Seu julgamento diante do tribunal religioso perante o sinédrio e o sumo sacerdote, bem como o seu julgamento civil, diante de Pilatos e Herodes, e a Sua condenação; elencaremos a sua crucificação e morte na cruz do calvário; e, finalmente, abordaremos como se deu a sua ressurreição na manhã do domingo.

I - A PRISÃO DE JESUS

1.1 O contexto histórico da prisão de Jesus. Depois de proferir o seu último discurso de despedida dos discípulos (Jo 14-16) e de interceder por eles (Jo 17.1-26) Jesus foi preso no jardim do Getsêmani (Mt 26.36-56; Mc 14.32-50: Lc 22.39-53; Jo 18.111). Depois da oração, Jesus levou seus discípulos para o outro lado do ribeiro de Cedrom (Jo 18.1). O destino era um jardim que ficava no lado oriental. Mateus e Marcos dão o nome de Getsêmani. João deixa bem claro que Judas conhecia aquele lugar, pois, muitas vezes Jesus se ajuntava ali com seus discípulos (Jo 18.2). Judas, então, foi até aquele lugar com um grupo de soldados armados, para prender a Jesus (Jo 18.3) Jesus, então, sabendo tudo que estava por vir, adiantou-se e lhes perguntou: “A quem buscais?” E, quando eles responderam: “A Jesus, o Nazareno” Jesus lhes respondeu: “Sou eu” eles recuaram e caíram por terra (Jo 18.4-6), o que significa dizer que Jesus poderia ter escapado e fugido. Mas, havia chegado a sua hora (Jo 18.11). “Notemos os acontecimentos deste texto: Jesus apresenta-se aos inimigos (Jo 18.5); revela a sua majestade (Jo 18.6); cuida dos seus (Jo 18.6); repara o erro de Pedro (Jo 18.11); submete-se à vontade do Pai e entrega-se aos homens malvados”. (McNair, 2006, p. 1202). Ele estava disposto a ir à cruz, para morrer de forma cruel, como ele já havia predito (Mt 16.21; 17.22,23; Mc 8.31; 9.31; Lc 9.22; 18.31-33: Jo 10.17,18; 12.23,24, 32,33).

II - O JULGAMENTO E A CONDENAÇÃO DE JESUS

Após a sua prisão, Jesus foi submetido a quatro julgamentos, como veremos a seguir:

2.1 O Julgamento religioso de Jesus perante Anás e Caifás, o sumo sacerdote (Jo 18.12-14,19-24). “No texto de João 18.13, Jesus foi levado primeiramente perante o sumo-sacerdote Anás, muito respeitado pelos sacerdotes, mesmo sendo o comandante do serviço sacerdotal um homem chamado Caifás. Na realidade, houve dois julgamentos iniciais. Perante Anás, Jesus foi interrogado sem poder de decisão (Jo 18.12-14,19-23), e depois o julgamento com os membros do Sinédrio (Mt 26.57-68). O Sinédrio entendeu que Jesus deveria ser enviado a Pilatos, o governador da província romana da Judeia. A avaliação de Caifás não foi registrada por João, mas está registrada em Mateus 26.57-68. Decidiram os sacerdotes sob a liderança de Caifás e Anás levar Jesus para ser julgado por Pôncio Pilatos, na casa sede, ou seja, no pretório do comando da cidade de Jerusalém” (Cabral, 2025, p.140). Perante o sinédrio (que era uma espécie de tribunal religioso composto por 70 membros que tinham autoridade religiosa para julgar questões entre os judeus) Jesus foi humilhado, cuspido e esbofeteado (Mt 26.66,67).

2.2 O Julgamento civil perante Pilatos (Jo 18.28-38). Pilatos não encontrou motivo para acusar Jesus, porque, de fato, Ele não era culpado de nenhum pecado ou crime. Pilatos queria que os judeus soubessem que aquele julgamento era uma severa injustiça (Jo 19.4,6). Para não se prejudicar com os judeus, Pilatos mandou açoitá-lo (Jo 19.1). A seguir, o entregou nas mãos dos soldados romanos para humilhar Jesus ainda mais. Os soldados, para zombarem dEle como Rei dos judeus, teceram uma coroa de espinhos pontiagudos e longos feita com algum galho seco cheio de espinhos [...] Os romanos fincaram a coroa em Jesus e isso provocou lesões terríveis que encheram a sua cabeça de sangue (Jo 19.2). Essa foi uma forma de zombar a realeza de Jesus” (Cabral, 2025, pp.140,141).

2.3 O Julgamento civil perante Herodes (Lc 23.27-30) que o devolveu a Pilatos (Jo 19.1,4-16). Somente Lucas registrou que Jesus foi enviado por Pilatos a Herodes, que estava em Jerusalém. Herodes, ao ver a Jesus alegrou-se e desejava ver algum sinal (Lc 23.8). Ele interrogou a Jesus, mas Ele nada lhe respondeu (Lc 23.9). Herodes, então, escarneceu de Jesus e o enviou a Pilatos, mais uma vez (Lc 23.11). Pilatos procurava soltar a Jesus, mas, os judeus o ameaçavam dizendo: “Se soltas este, não és amigo de César! Qualquer que se faz rei é contra César” (Jo 19.12). Então, Pilatos o entregou para que Jesus fosse flagelado e crucificado (Jo 19.16).

III - A CRUCIFICAÇÃO E MORTE DE JESUS

“A morte de Jesus tem sido o tema principal de eternidade a eternidade. Desde a eternidade, antes da fundação do mundo, a morte de Jesus já era o tema central do céu. Deus, que na sua onisciência previu a queda do homem e as tristes consequências da mesma, determinou, no seu grande amor, dar seu filho unigênito como sacrifício pelo pecado do povo (Ap 13.8; Ef 1.4; 3.11; 1Pd 1.19,20)” (Bergstén, 2006, p. 64).

3.1 O local da crucificação. “O local da crucificação era a colina chamada Gólgota (calvário), nome que significa ‘lugar de crânio’ por ser redonda e lisa. Situava-se fora dos limites da cidade (Hb 13.11-13)” (Pearlman, 2003, p. 204). “Ao chegar ao cume do Gólgota, deitaram Jesus de costas no chão, esticaram seus braços sobre o travessão e pregaram os pregos agudos e grandes naquele travessão (Lc 23.33). Quando levantaram a cruz para firmá-la no chão, os pregos (ou cravos) sobre as mãos e os pés de Jesus entranhados entre os tendões pareciam rasgar a carne (Jo 20.25). Nos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), alguns detalhes foram registrados. No texto de João 19.18, o Gólgota era público e as pessoas podiam assistir ao drama de horror a que os soldados romanos submetiam as suas vítimas.” (Cabral, 2025, p. 142).

3.2 A morte de Jesus. “O nascimento, a morte e a ressurreição de Jesus foram os acontecimentos mais importantes da história da humanidade: ‘que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras’ (1Co 15.3,4). Tudo isso já estava previsto nas Escrituras pelos profetas. A morte de Jesus foi expiatória e Deus propôs seu sangue para expiação dos nossos pecados: ‘Sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus apresentou como propiciação, no seu sangue, mediante a fé’ (Rm 3.21,22). Isso significa que a morte de Jesus foi diferente, pois Ele morreu em nosso lugar, pagando a nossa dívida para com Deus” (Soares, 2019, p. 86).

3.3 O sepultamento de Jesus. “Um discípulo discreto chamado José de Arimateia, que procurava não aparecer, mas reconhecia que Jesus era o Salvador de todos os homens (Jo 19.38), foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus para ser sepultado. Geralmente, as vítimas de crucificação eram lançadas numa vala comum para criminosos e não havia permissão para prantear em público pelos mortos. José de Arimateia era um membro do Sinédrio (Mc 15.43) e era um homem rico (Mt 27.57). Por ter medo dos judeus, ele evitava aparecer entre os discípulos, mas foi capaz de superar seu medo quando tomou coragem para ir a Pilatos pedir o corpo de Jesus para ser sepultado. O texto indica que o túmulo onde Jesus foi sepultado não era distante do monte do Calvário, por pertencer a um homem proeminente na cidade” (Cabral, 2025, pp. 144,145).

IV - A RESSURREIÇÃO DE JESUS

A ressurreição física e corporal do Senhor Jesus Cristo é o fundamento inabalável do Evangelho e da nossa fé (1Co 15.13-23). De fato, o Cristianismo não seria mais do que uma religião, se Cristo não tivesse ressuscitado. Sua morte e ressurreição O faz diferente de todos os fundadores de religiões; e faz do cristianismo o elo de ligação entre Deus e o homem. A nossa crença na ressurreição de Cristo não está baseada apenas na fé, o que já é suficiente, mas também nas inúmeras evidências. Seria impossível descrever todas, por isso, citaremos apenas algumas:

4.1 O Túmulo vazio. Todos os túmulos famosos no mundo são conhecidos pelos corpos que contêm. Mas isto não acontece com o túmulo de Jesus, pois, ele é o único no mundo famoso pelo que não contém. Ele estava vazio na primeira manhã da Páscoa e continuou assim. O túmulo vazio é um lembrete constante da mensagem do anjo às mulheres: “Ele não está aqui: ressuscitou, como havia dito” (Mt 28.6; Mc 16.6). A grande transformação que a ressurreição de Jesus causava na vida dos apóstolos provam que eles verdadeiramente estavam convictos de que Jesus estava vivo. O desespero e o desânimo que dominava os seguidores de Cristo após a crucificação, deu agora lugar a uma alegria e ousadia que ninguém podia dominar, pois, por toda parte, davam testemunho da ressurreição dEle (At 2.24-27; 32,33; 3.15; 4.10,33; 5.30,31).

4.2 A Pedra removida. Poucos críticos negam que uma grande pedra foi colocada na entrada do túmulo de Jesus, que o túmulo foi selado, e que uma guarda romana vigiava o local para impedir que seus discípulos roubassem o corpo (Mt 27.64-66). Nenhum deles parece negar que a pedra foi removida, abrindo o túmulo, naquela manhã de Páscoa. A grande pergunta é: quem removeu a pedra? A Bíblia tem a resposta: “E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela” (Mt 28.2). Tanto o túmulo vazio como a pedra removida são evidências que provam a Sua ressurreição.

4.3 As testemunhas oculares do Cristo ressurreto. Por mais importantes que a pedra removida e o túmulo vazio sejam para provar a ressurreição, temos evidência ainda maior: as testemunhas oculares: Maria Madalena (Jo 20.11-18); as mulheres que voltaram do sepulcro (Mt 28.9,10); Pedro (Lc 24.34;1I Co 15.5); dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-35; Mc 16.12,13); os discípulos (Mt 26.32; 28.10; Jo 20.19-24, 26-29; 21. 1-23); mais de quinhentos irmãos (1Co 15.6); o apóstolo Paulo (At 9.3-6; 1Co 9.1) e tantos outros. CONCLUSÃO

Durante o Seu ministério terreno, Jesus realizou muitas obras e ficou conhecido pelos seus ensinos e, principalmente, pelos milagres que operou. Porém a obra suprema que ele consumou foi a de morrer pelos pecados do mundo (Jo 1.29). Porém, de nada adiantaria se morresse e não ressuscitasse (1Co 15.12-20). Mas, Ele ressusucitou. Ele está vivo e intercede por cada um de nós! (Rm 4.25; 5.10; 8.34).

REFERÊNCIAS

• BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD.

• CABRAL, Elienai. E o Verbo se Fez Carne: Jesus Sob o Olhar do Apóstolo do Amor. CPAD.

• MCNAIR, S.E. Bíblia de Estudo Explicada. CPAD.

• PEARLMAN, MYER. João: O Evangelho do Filho de Deus. CPAD.

• SOARES, Esequias & Daniele. Teologia Sistemática em Diálogos. BEREIA.

• STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

• TELLES, Marcelo. A Ressurreição de Cristo: Fato ou Fake. BEREIA.

Fonte: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/ Acesso em 15 de Jun de 2025

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