ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - E O VERBO SE FEZ CARNE – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor
COMENTARISTA: Elienai Cabral
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
LIÇÃO Nº 6 – O BOM PASTOR E SUAS OVELHAS
Jesus é o Bom Pastor.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do Evangelho segundo João, analisaremos o capítulo 10, onde foi registrado o discurso do Bom Pastor.
- Jesus é o Bom Pastor.
I – A ILUSTRAÇÃO DO BOM PASTOR
- Na sequência do estudo do Evangelho segundo João, estudaremos o capítulo 10, onde está registrado o chamado “discurso do Bom Pastor”.
- Este discurso foi proferido em Jerusalém, onde Jesus estava por ocasião da “festa da dedicação” (Jo.10:22), uma festividade instituída durante o período intertestamentário, mais precisamente durante o reinado da dinastia dos hasmoneus ou macabeus (a dinastia durou de 166 a 63 a.C.), que comemorava a purificação do templo, ocorrida em 164 a.C., que havia sido profanado pelo rei sírio Antíoco IV Epifânio em 167 a.C.
- Esta festa, cujo nome hebraico é “Chanukah”, também conhecida como “Festa das Luzes”, é celebrada durante oito dias, a partir do dia 24 do mês de Kislev, o nono mês (que corresponde ao nosso mês de novembro/dezembro), portanto, durante o inverno em Israel.
- A instituição da festividade foi feita por Judas Macabeu (?-160 a.C.), que liderou a vitória militar sobre a Síria, para celebrar a purificação do templo e o reinício de suas atividades, após a profanação feita por Antíoco IV Epifânio, como também o milagre da permanência da luz do candelabro sem reposição de azeite durante oito dias, tempo em que se fez a produziu de novo azeite para as lâmpadas.
- A instituição desta festa é registrada no Primeiro Livro dos Macabeus 4:59, livro apócrifo e que faz parte da Bíblia Católica, “in verbis”: “E Judas, com seus irmãos e toda a assembleia de Israel, estabeleceu que os dias da dedicação do altar seriam celebrados a seu tempo, cada ano, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu, com júbilo e alegria” (Bíblia de Jerusalém).
- Jesus havia acabado de curar um cego de nascença e isto havia causado um tumulto que redundou na expulsão do curado da sinagoga (Jo.9:34), prova de que aumentava ainda mais a oposição contra o Senhor, pois já se aplicava a orientação de que os discípulos de Jesus deveriam ser expulsos das sinagogas (Jo.9:22).
- Como afirma Myer Pearlman (1898-1943): “…A cura do cego, descrita no capítulo anterior, serve como pano de fundo ao discurso de Jesus registrado aqui. Os líderes religiosos já haviam determinado que qualquer pessoa que confessasse ser Jesus o Messias fosse excomungada, expulsa da sinagoga (Jo 9.22). Quando o cego curado persistiu na sua lealdade a Jesus, “expulsaram-no’' (9.34).…” (João. Série Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.119).
- Após esta expulsão, Jesus disse que havia vindo ao mundo para que os que não vissem passassem a ver e os que vissem passassem a ser cegos, tendo, então, alguns fariseus que O estavam ouvindo Lhe dito se eles estavam sendo chamados de cegos por Ele, ao que Jesus respondeu, dizendo que como eles negavam ser cegos espirituais, por isso permaneciam em seu pecado (Jo.9:38-40).
- Em seguida, Jesus volta a falar sobre a Sua missão salvífica, enfatizando ser Ele o único Senhor e Salvador. Ao cego de nascença que curara, o Senhor havia dito se cria Ele no Filho de Deus, identificando-Se como tal (Jo.9:35-37), mostrando ser o Deus feito homem, tanto que aceitou a adoração do cego de nascença (Jo.9:38).
- Não há como alcançar a salvação sem que se reconheça que Jesus é o Filho de Deus, o Deus feito homem, o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt.16:16), como o Pai revelou a Pedro em Cesareia de Filipe. Isto é tão fundamental que há estudiosos da Bíblia que entendem que a pedra mencionada por Jesus naquela ocasião seria a própria declaração de Pedro.
- A base da vida cristã é este reconhecimento, pois só assim teremos como realmente alcançar a vida eterna, pois não se pode ser salvo sem se considerar um pecador e saber que Jesus, fazendo-Se homem, pagou o preço dos nossos pecados na cruz do Calvário e, graças a isso, podemos ter n’Ele o perdão e o restabelecimento da comunhão com Deus.
- Por isso mesmo, o discurso do Bom Pastor começa com Jesus dizendo que, quem não entra pela porta das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador (Jo.10:1).
- Jesus irá agora usar da ilustração do pastor e das ovelhas para explicar a Sua obra salvífica. Era uma imagem bem conhecida dos judeus, um povo que, desde os seus primórdios, havia feito da pecuária a sua principal atividade econômica, em especial a criação de ovelhas (Gn.13:2; 31:9; 46:6,32).
- O próprio Deus comparara Israel como sendo o Seu rebanho, “as ovelhas de Seu pasto” (Sl.79:13; 95:7; 100:3) e o Senhor Jesus torna a usar esta figura para mostrar a diferença entre os Seus discípulos e os incrédulos.
- Jesus apresenta-Se como o Cristo, pois Ele era o pastor das ovelhas, Aquele que havia entrado pela porta. Ele era o Cristo, o único que podia fazer a ligação entre Deus e os homens, que podia abrir a porta e trazer as ovelhas para fora (Jo.10:3).
- Somente pode salvar a humanidade quem “entra pela porta” e, ao dizê-lo, o evangelista mostra que Jesus havia Se humanizado. Para que a salvação do homem fosse possível, era necessário que “a semente da mulher” ferisse a cabeça da serpente e tivesse seu calcanhar ferido (Gn.3:15). João desmentia, assim, os gnósticos que, no tempo da redação do Evangelho, queriam negar que o Verbo Se tivesse feito carne. Jesus “entrou pela porta” e por isso podia ser o Salvador do mundo.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO