Adultos

Lição 3 - A verdadeira adoração IV

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - GUARULHOS

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - E O VERBO SE FEZ CARNE – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor

COMENTARISTA: Elienai Cabral

COMENTÁRIO: PR. ANDERSON SOARES

 

LIÇÃO Nº 3 – A VERDADEIRA ADORAÇÃO

(Obs. O texto em azul é uma reprodução do conteúdo da revista e o texto em preto é o texto comentado)

TEXTO ÁUREO

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.24)

João 4.24 declara: “Deus é espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” Este versículo se encontra no contexto do diálogo entre Jesus e a mulher samaritana, no qual Ele desconstrói a adoração restrita a lugares geográficos (como Jerusalém ou o monte Gerizim), e introduz uma compreensão mais profunda da adoração, vinculada à natureza de Deus e à revelação do Filho.

Biblicamente, ao afirmar que “Deus é espírito”, Jesus está ecoando a concepção veterotestamentária da transcendência e invisibilidade de Deus. Em Deuteronômio 4.12, por exemplo, é dito: “O Senhor vos falou do meio do fogo; voz era o que ouvías, porém aparência nenhuma vistes.” Essa afirmação sustenta a ideia de que Deus não está limitado à matéria ou forma física. A adoração, portanto, não pode estar presa a formas externas, rituais geográficos ou a manifestações sensoriais.

Teologicamente, esta declaração sobre Deus ser espírito aponta para a Sua imaterialidade, simplicidade e infinitude, atributos amplamente discutidos na teologia cristã clássica. Segundo Louis Berkhof, “espírito” aqui implica que Deus é um ser pessoal, autoconsciente, inteligente, e dotado de vontade — não uma força impessoal, mas um ser relacional, que se revela e se comunica com a criatura humana (Teologia Sistemática, Louis Berkhof, capítulo sobre os atributos de Deus).

Além disso, a referência à adoração “em espírito e em verdade” está intimamente ligada ao papel do Espírito Santo na economia da salvação. Paulo reforça essa ideia em Filipenses 3.3, ao dizer que os cristãos são “os que servimos a Deus no Espírito”. A adoração genuína flui do interior regenerado pelo Espírito Santo, que capacita o adorador a se relacionar com Deus de maneira autêntica, sem a mediação de estruturas externas ou meramente cerimoniais.

Do ponto de vista cristocêntrico, João 4.24 também aponta para a centralidade da verdade revelada em Cristo. Jesus é chamado de “a verdade” (João 14.6), e como tal, Ele é o mediador da nova adoração. Com a vinda do Messias, a adoração não se fundamenta mais em sombras (Hebreus 10.1), mas na realidade última da revelação de Deus. A adoração verdadeira, portanto, se dá através de Cristo e no Espírito, conforme também ensinado em Efésios 2.18: “porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.”

Portanto, João 4.24 não é apenas uma definição ontológica sobre Deus, mas uma afirmação profundamente teológica sobre a nova realidade inaugurada pela vinda do Cristo, onde a adoração é espiritualmente discernida, cristocentricamente mediada, e livre de localizações ou rituais fixos — uma resposta viva ao Deus que é espírito, verdade e comunhão.

VERDADE PRÁTICA

Adorar significa viver em total rendição a Deus, entregando-nos plenamente a Ele.

Com base em diversos textos bíblicos que ampliam o conceito de adoração para além de rituais litúrgicos e expressões externas, mostrando-a como um estilo de vida de obediência, devoção e entrega integral. Podemos afirmar que:

Romanos 12.1 é uma das passagens mais fundamentais para sustentar essa afirmação:

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”

Aqui, Paulo redefine a adoração (latreia) não como um ato momentâneo, mas como a oferta contínua da própria vida. Ao usar a linguagem de sacrifício — comum no culto levítico — e aplicá-la ao corpo e à vida do cristão, ele está dizendo que a verdadeira adoração consiste na entrega total do ser a Deus. Não se trata apenas de gestos cerimoniais, mas de um viver diário consagrado.

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COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR ANDERSON SOARES

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