ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ – Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência
COMENTARISTA: Esequias Soares da Silva
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
LIÇÃO Nº 12 – A IGREJA TEM UMA NATUREZA ORGANIZACIONAL
A igreja é o povo que resultou da obra salvadora de Jesus Cristo na cruz do Calvário.
INTRODUÇÃO
- Na sequência sobre o estudo da Apologética Cristã, estudaremos sobre a Igreja, este povo edificado por Jesus Cristo.
- A Igreja é o novo povo de Deus, o povo formado por judeus e gentios que, pelo sangue de Cristo, passam a ter comunhão com Deus, perdoados que estão dos seus pecados, um povo espiritual, assim como o seu Senhor, um povo destinado a se reunir aos santos do passado para povoar a Nova Jerusalém, a Jerusalém celeste, onde se reeditará a comunhão eterna e perfeita que havia entre Deus e a humanidade antes que o pecado entrasse no mundo (Ap.21:3).
I – A ORIGEM E OS CONCEITOS DE IGREJA
- Após termos estudado a respeito da salvação, passaremos a ver o que a Bíblia nos ensina sobre a realidade da humanidade após a consumação da obra da salvação.
- As Escrituras revelam-nos que, com a vitória de Cristo sobre a morte e o inferno, forma-se um povo diferente, especial, zeloso e de boas obras, a saber, a Igreja.
- A palavra “igreja” surge, pela vez primeira, nas Escrituras, no evangelho segundo Mateus (Mt.16:18), quando é declarada pelo próprio Jesus que, assim, revela o “mistério de Cristo”, como o apóstolo Paulo chamou a “igreja” na epístola aos efésios. É a palavra grega “ekklesia” (εκκλησια), cujo significado é “reunidos para fora”, “chamados para fora”. A palavra “ekklesia”, porém, já havia sido utilizada na Versão Grega do Antigo Testamento (a chamada Septuaginta) para traduzir a palavra hebraica “qahal” (קָהָל), que as nossas versões em língua portuguesa costumam registrar como “congregação”, nome pelo qual era conhecida a reunião do povo de Israel, principalmente no tempo da peregrinação no deserto, quando Moisés costumava chamar todo o povo para algumas reuniões solenes à frente do tabernáculo que, por isso mesmo, era denominada de “tenda da congregação” (Nm.10:1-3).
- Notamos, pois, de início, que a palavra “igreja” fala de uma “reunião”, ou seja, um grupo de pessoas. Igreja não é um indivíduo, não é uma pessoa solitária, mas, sim, um grupo de pessoas, um conjunto de pessoas.
- Desta forma, ficamos sabendo, já pela etimologia da palavra, que a salvação proporcionada por Jesus Cristo cria um novo grupo de pessoas, um novo povo. Não se pode, pois, biblicamente falando, ser salvo e permanecer isolado, solitário na vida sobre a face da Terra.
- Este novo povo, esta “igreja”, vem, portanto, realizar, concretizar aquilo que Israel, a “propriedade peculiar de Deus dentre todos os povos” (Ex.19:5,6) era apenas uma figura, um símbolo, uma sombra (Hb.10:1).
- Temos aqui, de imediato, a falsidade da “doutrina do desigrejamento”, que está tendo a adesão de muitas pessoas na atualidade, que defende que, para servir a Jesus, não se necessita estar vinculado a nenhum grupo, pode-se servir a Deus individualmente, como um “desigrejado”, situação que se potencializou após a pandemia do COVID-19.
- Mas “igreja” não é apenas uma “reunião”, mas é o conjunto dos “reunidos para fora”, ou seja, daqueles que foram chamados, convocados, para sair do lugar onde estavam, da sua habitação, como, aliás, acontecia toda vez que Moisés tocava as duas trombetas de prata no deserto, sinal de que todo o povo deveria sair das suas habitações e comparecer até a frente do tabernáculo.
- A “igreja”, pois, não é um povo que se formou por vontade própria, mas que foi resultado de um chamado, de uma ação divina. Por isso, Jesus diz que edificaria a Sua igreja e o apóstolo Paulo a denomina de “lavoura de Deus” e “edifício de Deus” (I Co.3:9).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO