Adultos

Lição 11 - A Salvação não é obra humana VII

ASSEMBLEIA DE DEUS EM PARNAMIRIN/RN - IEADERN

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - EM DEFESA DA FÉ CRISTà– Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência

COMENTARISTA: Esequias Soares da Silva

COMENTÁRIO: Pr. Erivandro Galdino

LIÇÃO Nº 11 – A SALVAÇÃO NÃO É OBRA HUMANA

INTRODUÇÃO

Soteriologia é a doutrina da salvação, esse termo teológico vem do grego sotêria, “salvação”, e, logos, “palavra, estudo, tratado”, que no contexto teológico diz respeito ao livramento do poder da maldição do pecado e à restituição do ser humano à comunhão com Deus. A salvação é um ato da graça soberana de Deus pelo mérito de Jesus Cristo, não vem das obras humanas, e a restauração do relacionamento do ser humano com Deus se dá por meio de Jesus Cristo. E esse o sentido da palavra “salvação” quando dizemos a alguém que Jesus salva.

O apóstolo Paulo mostra em efésios 2.1-10, o contraste entre o estado espiritual da miséria humana e a restauração à comunhão com Deus. Além disso, deixa claro a impossibilidade de qualquer pessoa angariar a salvação por meio de seu próprio esforço, e até mesmo, de desejar a salvação ou sentir a necessidade de Deus, senão por intervenção divina direta, por meio do Espírito Santo.

I- A SALVAÇÃO SOB A GRAÇA DE DEUS.

Esse livramento espiritual é um ato da soberana vontade de Deus e não vem de nossa própria justiça, a salvação é pela graça de Deus: “Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9); “ele nos salvou, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia. Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tt 3.5).

1- A INCAPACIDADE HUMANA PARA SALVAR-SE.

Assim como acontece em Romanos que, antes de apresentar uma ex posição da provisão divina para a redenção humana, ou seja, desenvolver o tema da justiça de Deus pela fé em Jesus previamente anunciada (Rm 1.17), o apóstolo apresenta primeiro a corrupção geral do gênero humano (1.18- 32); da mesma maneira, ele procede em Efésios 2.1-10. O apóstolo mostra primeiro 0 estado de miséria em que viviam os efésios, revela a fotografia espiritual de todos os seres humanos (w. 1-3), uma maneira de descrever a situação espiritual de todos os seres humanos. Em seguida, apresenta a graça de Deus como fonte da salvação. A descrição dessa condição pecaminosa da natureza humana confirma a extensão da corrupção do gênero humano, estudado no capítulo anterior. “Ele lhes deu vida, quando vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados” (v. 1). Mesmo apresentando uma expressão contundente que serve para reforçar a dura realidade do pecado: “mortos em suas transgressões e pecados” (v. 1), o apóstolo Paulo mostra o que pretende anunciar mais adiante, a graça de Deus, com as palavras introdutórias, “Ele lhes deu vida, quando vocês...” Isso ele retoma mais adiante no v. 5: “estando nós mortos em nossas transgressões”, mas, dessa vez, nessa passagem, o apóstolo se inclui como o faz no v. 3a, “entre eles também nós todos andamos no passado”. Sendo ele um judeu, nesse caso, se identifica também com esses “mortos”, usando a construção grega kai ontas hêmas; com isso, ele reafirma o que revela em Romanos: “Temos nós alguma vantagem? Não, de forma nenhuma. Pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado” (Rm 3.9). A morte aparece como metáfora para tornar mais vivida e pitoresca a gravidade da pecaminosidade humana. O apóstolo usa mais duas expressões para mostrar a triste realidade de toda a raça humana, que os pecadores andam, “segundo o curso deste mundo [katá ton aiõna tou kosmou], segundo 0 príncipe da potestade do ar” (v.2). O apóstolo emprega fraseologia similar da segunda parte desse versículo mais adiante, em Efésios 6.12, “principados e potestades”. Esses dois termos em “contra os principados, contra as potestades” aparecem juntos, pelo menos, dez vezes no Novo Testamento. Os “principados”, archai, em grego, cuja ideia é primazia e poder; as “potestades”, exousíai, denotam liberdade para agir. Paulo emprega o termo tanto para os anjos (Rm 8.38; Cl 1.16) como para os demônios investidos de poder (1 Co 15.24; Cl 2.15). Desse modo, a expressão se refere a governos ou autoridades tanto na esfera terrestre como na esfera espiritual, mas, na segunda parte do v. 2 é uma referência ao estado espiritual do mundo. A terceira parte que afirma, “do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência” (v. 2c); mostra que os pecadores são guiados pelo espírito das trevas e são identifcados por mais uma expressão, “filhos da desobediência”, que revela o grave estado espiritual dos pecadores. Trata-se do espírito do deus deste sistema de coisas: “nos quais o deus deste mundo [aiõn] cegou o entendimento dos descrentes” (2 Co 4.4); “deste século” (ARC); em outras palavras, o próprio Satanás. No v. 3, depois de esclarecer a influência maligna atuante nos seres humanos, Paulo revela a inclinação da carne que leva aos desejos ilícitos, e conclui afirmando que os pecadores são “por natureza filhos da ira” (v. 3). Essa perícope introdutória de Efésios 2.1-10 resume todo 0 pensamento bíblico soteriológico, no que diz respeito à salvação pela graça de Deus e sobre a impossibilidade de alguém angariar a vida eterna por seus próprios meios e esforços.

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 COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. ERIVANDRO GALDINO

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