ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ – Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência
COMENTARISTA: Esequias Soares da Silva
COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO Nº 6 – O FILHO É IGUAL COM O PAI
Há uma verdade bíblica que tem sido alvo de muitos embates teológicos. Jesus Cristo, sendo o Filho de Deus é igual a Deus? Ele mesmo afirmou esse fato no Evangelho de João (Jo 10.30). Contudo, muitos insistem em negar sua divindade ao afirmar que Ele é menos divino do que o Pai. Nesta lição, veremos a base doutrinária que aponta a relação existente entre o Pai e o Filho, bem como de que forma essa relação não inibe a divindade de Jesus e o seu papel na Trindade.
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
A DOUTRINA BÍBLICA DA RELAÇÃO DO FILHO COM O PAI
O grande dilema que se discute é a expressão bíblica denotar Jesus como o Filho de Deus. Há grupos que defendem que esse título coloca Jesus em uma posição de completa subordinação ao Pai não sendo igual em essência. Entretanto, é imprescindível considerar que esse título é atribuído a Jesus por causa da sua relação direta como Filho Unigênito, o Verbo pré-existente na eternidade juntamente com o Pai (Jo 1.1-3). Nesse sentido, a relação de nosso Senhor com o Pai é única e não se assemelha a nossa condição de filhos de Deus por adoção (cf. Rm 8.14-16).
Quando olhamos para o termo “Filho de Deus”, apresentado nas Sagradas Escrituras, deve-se compreendê-lo sob a ótica da natureza de Cristo, isto é, a afirmação de que Jesus era possuidor da mesma essência que o Pai, ou seja, mesma natureza, mesma substância. Essa afirmação causou um grande alvoroço nos judeus da época, principalmente em toda casta sacerdotal.
A ideia de filho na Bíblia é muito ampla e uma delas diz respeito à identidade de natureza. A expressão “filho do homem” é usada para designar o próprio homem como ser humano (SI 8.4). Implica igualdade com o Pai (Mt 23.29-31). Esse conceito é aplicado largamente no Novo Testamento em relação a Jesus como “Filho de Deus”, ou seja, diz respeito à natureza divina, e, muitas vezes, é mal interpretado por religiões não cristãs, como o islamismo.
Não podemos esquecer que o Filho é Deus, destacando também, e mais uma vez nesse trimestre, a realidade inegável da divindade de Cristo. A expressão Filho destaca um tema mais relacional do que qualquer outra coisa, sem falar que em momento algum ela deve ser associada a uma posição de subordinação.
Destaque
À vista disso, a declaração de que Jesus é o Filho Unigênito de Deus evidencia não que Ele tivesse se tornado o Filho de Deus e passado a existir após ser gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, e sim que Ele possuía a essência e todas as prerrogativas divinas. Ele foi enviado porque já existia e veio a este mundo para ser a causa da nossa salvação, a razão da nossa fé (Hb 5.9). Este é aquEle que humilhou-se à forma humana e entregou-se à morte na cruz e, no final, foi exaltado soberanamente e recebeu um nome que é sobre todo nome, a fim de que todo joelho se dobre e toda língua confesse que Ele é o Senhor para a glória do Pai (Fp 2.6-11).
A HERESIA DO SUBORDINACIONISMO
O subordinacionismo se apresenta como uma doutrina que afirma que a relação entre o Filho e o Pai é de subordinação, ou seja, sua tese apresenta um Jesus sem a mesma essência e natureza que o Pai, mas sim o destaca como um “deus” de menor potencial, isto é, um deus menos divino.
Subordinacionismo é a cristologia dos unitaristas de ontem e hoje. É o nome que se dá à tendência teológica muito em voga no período pré-niceno que considerava Cristo, enquanto Filho de Deus, inferior ao Pai. Seus principais representantes são os ebionitas, os monarquia- nistas dinâmicos e os arianistas. Eles baseavam sua tese na interpretação peculiar de algumas passagens bíblicas mencionadas no capítulo anterior. Orígenes, o mais controvertido dos teó- logos da antiguidade, manifestou em seus escritos essa tendência. O tema da presente lição acompanha e complementa o tratado na lição anterior. Os pensadores e defensores do subordinacionismo declararam que não existe semelhança plena do Filho com o Pai, mas que Jesus sempre foi inferior, tratando-o como uma pessoa à parte da Trindade.
Esse pensamento é fruto de uma exegese falida e corrompida por uma ilusão teológica, que visa manipular textos, para que a compreensão deles seja prejudicada pelo desejo e pela habilidade oratória de muitos hereges da época e dos tempos atuais.
COMO O SUBORDINACIONISMO SE APRESENTA HOJE
O principal movimento religioso que expressa em nossos dias o pensamento arianista e assume publicamente suas idéias subordinacionistas dos antigos unitaristas são as testemu- nhas de Jeová, que era trinitário na sua origem; Caries T. Russell, o fundador do movimento, só começou argumentar contra a personalidade do Espírito Santo e atacar o trinitarianismo, adotando a crença de Ário, em 1882.
As testemunhas de Jeová se amparam em uma tradução adaptada das Sagradas Escri- turas, que se apresenta como base para o seu pensamento no tempo presente. Para eles, não existe nenhuma associação do Filho com o Pai, ou seja, Cristo não tem a essência do Deus Todo-Poderoso Jeová.
Outro grupo que se destaca por um pensamento contrário ao verdadeiro das Sagradas Escrituras é o islamismo, que prega que Jesus é mais um profeta como foi o próprio Maomé. Para eles, afirmar que Jesus é o Filho de Deus não passa de uma blasfêmia, e que em hipótese alguma ele tem essência divina.
Destaque
Fica claro e com sólidos fundamentos bíblicos de que a falácia da teologia unitarista de Ário, defendida ainda hoje pelos subordinacionistas, de que Jesus não é Deus, mas o “Filho de Deus”, não tem sustentação alguma. O conceito de Pai-Filho, na divindade, não deve ser confundido com o processo de reprodução humana e nem no relacionamento pai-filho numa família entre os humanos. Então, quando o termo “filho” se refere a Jesus como Filho de Deus significa sua igualdade ao Pai, ou seja, que ambos são da mesma substância e essência.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. ANTONIO VITOR LIMA BORBA