ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ – Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência
COMENTARISTA: Esequias Soares da Silva
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
LIÇÃO Nº 6 – O FILHO É IGUAL COM O PAI
Ao chamar Jesus de “Filho de Deus”, a Bíblia demonstra Sua divindade e o apresenta como uma das Pessoas da Trindade.
INTRODUÇÃO
- Na lição anterior, vimos que a Bíblia nos mostra claramente que Jesus é Deus, o que bem verificamos na Sua qualificação como Verbo de Deus. Nesta lição, veremos que a expressão “Filho de Deus” também expressa esta mesma realidade: a de que Jesus é Deus, uma das Pessoas da Trindade.
- A expressão “Filho de Deus” nem de longe indica que Jesus tenha sido criado por Deus, como defendem alguns. Muito pelo contrário, a expressão se apresenta nas Escrituras como mais uma declaração de que Jesus é Deus, portador da mesma natureza do Pai.
I – O QUE É “FILHO”
- A expressão “filhos de Deus”, no plural, surge, pela vez primeira, nas Escrituras, em Gn.6:2-4, na expressão hebraica “ben Elohim” (אלהים וכּ) expressão esta que tem sido alvo de muita discussão, mas que se entende serem os descendentes da linhagem de Sete.
- Assim, “filhos de Deus” são considerados aqueles que “invocam o nome do Senhor” (Gn.4:26), ou seja, aqueles que fizeram menção de servir a Deus, de ter a Deus como o seu Senhor.
- Em Jó 1:6, 2:1 e 38:7 (que muitos consideram ser o livro mais antigo das Escrituras), a mesma expressão “filhos de Deus” é utilizada, mas se referindo aos anjos, mais precisamente aos “anjos fiéis”, já que Satanás é mencionado à parte, nos dois primeiros textos, como um intruso, como alguém que se insere no meio dos “filhos de Deus” sem o ser.
- Em ambos estes textos, verificamos que a expressão “filhos de Deus” pretende demonstrar não uma relação de criação, ou seja, os “filhos de Deus” não são assim chamados porque foram criados por Deus, pois, se assim fosse, não seriam apenas “filhos de Deus” os descendentes de Sete, mas também os descendentes de Caim, como também Satanás não teria sido excluído da expressão, mas, sim, uma relação de comunhão, de compartilhamento da natureza, de semelhança de caráter, de sintonia espiritual.
- Esta mesma circunstância é repetida em o Novo Testamento, quando a expressão “filhos de Deus” (νιοι θεου) é utilizada pelo Senhor Jesus, no sermão do monte, para caracterizar os Seus discípulos (Mt.5:9), tendo o apóstolo João sido claríssimo ao afirmar que “filhos de Deus” são os que creram em Jesus (Jo.1:12), aqueles que são guiados por Deus, como bem esclarece Paulo na epístola aos romanos (Rm.8:14).
- Assim, a expressão “filhos de Deus” apresenta-se como uma relação de comunhão com Deus, de convívio com Deus, de integração na Sua natureza (cfe. II Pe.1:4), algo muito diferente de “criatura”, expressão que, na Bíblia, se refere a tudo quanto recebe vida da parte de Deus, seja no Antigo Testamento (Ez.1:20; 47:9), onde a palavra empregada é “chay” (תי), seja em o Novo Testamento, onde a palavra empregada é “ktisis” (κτίσις) (Mc.16:15; Rm.1:25; 8:19,21,39; II Co.5:17; Gl.6:15; Cl.1:23; Hb.4:13) ou sua derivada “ktisma” (κτισμα) (I Tm.4:4; Ap.5:13).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO