Adultos

Lição 5 - Jesus é Deus VI

ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - EM DEFESA DA FÉ CRISTà– Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência

COMENTARISTA: Esequias Soares da Silva

COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 5 – JESUS É DEUS

Uma das doutrinas mais interessantes deparadas nas Escrituras Sagradas é aquela que diz respeito à divindade de Jesus. Estudar este assunto não é importante apenas para conhecermos a pessoa de Jesus à luz das Escrituras, mas também para sabermos de que forma a nossa salvação é convalidada. Cristo afirmou: "Ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6). Desde os primeiros anos da Igreja, há uma tentativa astuciosa de restringir a natureza do Senhor Jesus somente à esfera humana. Esse tipo de negação tem como finalidade distorcer a doutrina da salvação e provar que a fé em Cristo não é suficiente para salvar.

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

A DOUTRINA BÍBLICA DA DIVINDADE DE JESUS

Diante do cenário teológico dos primeiros séculos da era cristã, muitos ataques foram proferidos contra muitas doutrinas basilares das Sagradas Escrituras. A Cristologia, matéria a ser estudada nesta aula, foi afrontada por muitos heréticos na época da igreja primitiva, homens que conquistavam pessoas com pensamentos e falácias acerca da pessoa de Cristo.

Quando lemos a Bíblia Sagrada, encontramos suficientes textos que provam a divindade de Cristo. O próprio apóstolo João destaca isso em seu evangelho ao afirmar que “o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Os pais da Igreja primitiva sabiam que essa doutrina enfrentaria duros ataques, por isso registraram verdades singulares sobre a Cristologia.

Seguindo, portanto, os santos pais, confessamos o único e mesmíssimo Filho, que é nosso Senhor Jesus Cristo, e todos concordamos em ensinar que esse mesmíssimo Filho é completo na sua divindade e completo — o mesmíssimo — na sua humanidade, verdadeiramente Deus e verdadeiro ser humano, sendo que este mesmíssimo é composto de uma alma racional e um corpo, coessencial com o Pai quando à sua divindade, e coessencial conosco — o mesmíssimo — quanto à sua humanidade, sendo semelhante a nós em todos os aspectos menos o pecado... reconhecendo-se que Ele existe inconfundível, inalterável, indivisível e inseparavelmente em duas naturezas, posto que a diferença entre as naturezas não é destruída por causa da união, mas pelo contrário, o caráter de cada natureza é preservado e vem junto em uma só pessoa e uma só hipótese, não dividida nem rasgada em duas pessoas, mas um só e o mesmo Filho.

Destaque

A pessoa divina de Cristo se mostra a partir dos aspectos que constituem Sua divindade, a saber, seus atributos. Os atributos são as qualidades pelas quais Deus se fez conhecer à humanidade. Esses atributos podem ser comunicáveis, ou seja, aquelas qualidades que Deus compartilha com o ser humano; ou atributos incomunicáveis, aqueles pelos quais Deus não compartilha porque pertencem somente a Ele. E o caso da onipotência, da onipresença e da onisciência, que estão bem explicados na lição. O grande dilema que precisa ser elucidado a seus alunos de modo que não tenham dúvida diz respeito ao papel distinto de Cristo na Trindade, bem como o fato de que Ele pode ser reconhecido como Deus e adorado como tal.

A HERESIA QUE NEGA A DIVINDADE DE JESUS

Ario foi presbítero de Alexandria, nascido por volta de 280, na África do Norte, onde está atualmente a Líbia - não muitos detalhes de sua vida na História. Os seus seguidores diziam que Cristo é o primeiro dos seres criados, através de quem todas as outras coisas são feitas. Por antecipação, devido à glória que haveria de ter no final, Ele é chamado de Logos, o Filho, o Unigênito.

A proposta apresentada por Ário visava apresentar um Cristo à parte da divindade, ou seja, ele negou que Jesus fosse Deus e eterno com o Pai, associando-O à criação, quando afirmava que Ele foi criado como a primeira criatura. Essa heresia conquistou o coração de muitos nos primeiros séculos da era cristã.

Arianismo é o nome da doutrina formulada por Ário e do movimento que ele fundou em Alexandria, Egito, na primeira metade do quarto século. Ele dizia que o Senhor Jesus não era da mesma natureza do Pai, era criatura, criado do nada, uma classe divina de natureza inferior, nem divina e nem humana, uma terceira classe entre a deidade e a humanidade. A controvérsia girava em torno da eternidade. Sua doutrina contrariava a crença ortodoxa se- guida pelas igrejas, 0 que chamou a atenção do povo e, também, ganhou conotação política, considerada, hoje, como a maior controvérsia da história da Igreja Cristã.

Segundo os arianos, Jesus pode ser chamado de Deus, apesar de não possuir a deidade no sentido pleno. Ele estaria limitado ao tempo da criação, ao contrário do que diz a Palavra de Deus: “... ele [Jesus] é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.17).3
Seu pensamento fez com que seus adeptos militassem duramente contra a verdade bí- blica sobre a divindade de Cristo. Seus ensinamentos surgiram como uma novidade escondida em uma grande heresia, que causou um grande alvoroço no meio da Igreja primitiva.

Destaque

Ário negava a eternidade do Logos, defendia sua existência antes da encarnação, como as atuais testemunhas de Jeová, mas não aceitava que fosse Ele eterno com o Pai, insistia na tese de que o Verbo foi criado como primeira criatura de Deus. A palavra de ordem arianista era: “houve tempo que o Verbo não existia”.

As heresias de Ário foram rejeitadas pelos cristãos de seu tempo. E um bispo de Ale- xandria chamado Alexandre convocou um sínodo, em 321, depondo-o do presbitério e o ex- cluindo da comunhão da igreja. Em 325, no Concilio de Nicéia, o arianismo foi condenado, e o ex-presbítero Ario, juntamente com dois de seus amigos, banidos para a Ilíria.

IMPLICAÇÕES DO ARIANISMO NA ATUALIDADE

Assim como muitos pensamentos heréticos nos primeiros séculos, o arianismo foi adaptado em muitas seitas do tempo presente. Estes pregam e afirmam que não existe divin- dade na pessoa de Jesus Cristo, e que é impossível que por Ele todas as coisas tivessem sido feitas.

As Escrituras revelam Jesus como o verdadeiro homem e, ao mesmo tempo, como o verdadeiro Deus, conforme estudados nos capítulos anteriores. Os arianistas de hoje, repre- sentados pelas testemunhas de Jeová, mostram somente os elementos característicos do ser humano e omitem, da mesma maneira, os atributos exclusivos da divindade.

A tese das testemunhas de jeová baseia-se em textos bíblicos isolados e destacados, que quando interpretados erroneamente, causam alvoroço na mente dos que não possuem um bom conhecimento das Sagradas Escrituras. Por isso que a busca pelo crescimento no conhe- cimento bíblico se faz relevante.

Esse grupo seleciona apenas as passagens bíblicas que tratam da natureza humana para contrabalançar a verdadeira identidade de Cristo e, desse modo, persuadir o povo de que Jesus não é Deus e que é inferior ao Pai.

E não somente as testemunhas de jeová pensam em um Cristo sem divindade. O Jesus mencionado no Alcorão é um mero mensageiro. Na teologia islâmica, o Senhor Jesus não é reconhecido como Deus, nem como o Filho de Deus, nem como Salvador, nem morreu pelos nossos pecados e nem ressuscitou. A cristologia deles provém de fundamentos equivocados apresentados no Alcorão, eles consideram Maomé como o último mensageiro, “0 selo dos profetas”, e superior a Jesus.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. ANTONIO VITOR LIMA BORBA

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