ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2024
Adultos - O DEUS QUE GOVERNA O MUNDO E CUIDA DA FAMÍLIA: os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração
COMENTARISTA: Silas Queiroz
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
LIÇÃO Nº 10 – O PLANO DE LIVRAMENTO E O PAPEL DE ESTER
A Divina Providência não dispensa a ação do ser humano.
INTRODUÇÃO
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Na continuidade do estudo do livro de Ester, hoje analisaremos o trecho de Et.4:1-5:4.
- A Divina Providência não dispensa a ação do ser humano.
I – A CONSTERNAÇÃO E TRISTEZA DOS JUDEUS
- Na continuidade do estudo do livro de Ester, estudaremos os seus capítulos 4 e 5.
- Hamã havia conseguido de Assuero a ordem para destruição de todo o povo judeu. O decreto foi assinado no dia treze do mês de Nisã, ou seja, na véspera da celebração da Páscoa e os judeus que viviam em Susã tiveram esta notícia no mesmo dia (Et.3:15).
- Não era mera coincidência que o decreto tenha sido divulgado nesta data. Notamos aqui um ardil não só de Hamã, que era inimigo dos judeus por ser amalequita, mas do próprio inimigo de nossas almas. Satanás não mede esforços para afrontar o povo de Deus, para tentar debilitar o povo santo, sendo minucioso nas suas tramas, visando sempre fomentar o máximo desânimo entre os servos do Senhor.
- Ele é a antiga serpente (Ap.12:9; 20:2) e, como tal, extremamente astuto e sutil, aproveitando de cada ocasião e situação para abalar a fé dos servos de Deus, mas também é o dragão e isto fala da sua natureza mortífera, pois é homicida desde o princípio (Jo.8:44), de modo que tudo faz para obter a morte espiritual do ser humano. É um ser que não tem a mínima compaixão do homem.
- A divulgação do decreto de destruição do povo judeu na véspera da celebração da Páscoa era uma crueldade sem tamanho, visando gerar, entre os filhos de Israel, um grande desânimo, um abatimento de espírito, uma crise de fé. Como celebrar a Páscoa, que mostrava a mão forte do Senhor na libertação do povo da escravidão no Egito sabendo que, dentro de onze meses, todo Israel seria morto?
- Já não era fácil aos israelitas, desde o início do cativeiro da Babilônia, celebrar a Páscoa, que fala de libertação, vivendo como servos mesmo em sua própria terra (Ne.9:36,37), e agora, celebrar o poder do Senhor, estando prontos a ser destruídos por ordem de um rei gentio, era, sem dúvida, um grande teste de fé.
- Mardoqueu, ao saber do decreto real, sabendo ser ele o pivô de tudo aquilo, pois, experiente como era nas intrigas palacianas, certamente já tinha sabido que Hamã descobrira que ele não se prostrava diante dele, tomou uma deliberação extrema.
- Mardoqueu, embora abatido e consternado como todos os demais judeus, e, provavelmente, mais do que todos os outros israelitas, já que sabia que ele era o próprio motivo de tudo aquilo, o que lhe trouxe um sentimento de culpa, pois, como um judeu observante da lei, não só amava a Deus, mas também ao próximo (Lv.19:18; Mt.22:36-39), o que o levava a amar a todos os homens, principalmente aos seus compatriotas, sabia que havia alguém maior que Assuero que lhe poderia ajudar.
- Mardoqueu, que tanto primava em observar a lei, também sabia que, antes de entregar o início da lei ao povo no monte Sinai, o Senhor havia Se identificado como o Senhor de toda a terra: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes o Meu concerto, então, sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é Minha” (Ex.19:5).
- Mardoqueu tinha plena convicção de que os filhos de Israel eram propriedade peculiar de Deus dentre os povos e que toda a terra pertencia ao Senhor e que, portanto, poderia, sim, o Senhor impedir que aquele decreto se concretizasse, ainda que fosse irrevogável segundo o costume da lei dos medos e persas.
- Mardoqueu, então, rasgou as suas vestes, vestiu-se de um pano de saco com cinza e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e amargo clamor (Et.4:1).
- Precisamos aqui bem observar que, no dia em que se publicou o decreto, Mardoqueu rasgou as suas vestes, mas só se vestiu de pano de saco com cinza dois dias depois, no dia quinze de Nisã. Por quê? Porque não poderia jejuar no dia quatorze, que era o dia da celebração da Páscoa, em que é obrigatória a participação em uma refeição, estatuto perpétuo para os judeus (Ex.12:14) e Mardoqueu era um cumpridor da lei.
- Diante da situação desesperadora, Mardoqueu resolveu clamar ao Senhor, humilhar-se diante do Senhor, pois este era o significado do rasgar as vestes e vestir-se de pano de saco com cinza.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO