ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2024
Adultos - O DEUS QUE GOVERNA O MUNDO E CUIDA DA FAMÍLIA: os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração
COMENTARISTA: Silas Queiroz
COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS
LIÇÃO Nº 9 – A CONSPIRAÇÃO DE HAMÃ CONTRA OS JUDEUS
Texto: Ester 3.7-11; 4.1-4
Introdução: Quando nos tornamos agradáveis ao mundo é sinal de que nossa fidelidade a Deus está em crise.
I – O PLANO ODIOSO DE HAMÃ
1. Intrigas e patologias do poder
1.1. A conduta de Mardoqueu incomodou aos demais servos do rei.
a. Eles o questionavam todos os dias: “Porque traspassas o mandado do rei?” (Et 3.3)
. Eles denunciaram Mardoqueu para Hamã
b. Mardoqueu disse apenas que era judeu
c. Invejas e intrigas costumam reinar em todo o tipo de grupo social.
1.2. Hamã ficou furioso e reagiu de maneira absolutamente desproporcional
a. Hamã revelou uma mentalidade doentia
b. Planejou o extermínio de todos os judeus (Et 3.4-6)
1.3. Autoridade deve ser exercida com serenidade
a. Sabendo que todos temos um Senhor nos céus (Ef 6.9; 1Pe 5.2,3).
b. Abuso de poder leva à queda (Pv 16.18)
2. A extensão do plano
2.1. O vasto Império Persa
a. O Império Persa abrangia todo o Antigo Oriente Próximo, desde o rio Indo, na Índia (hoje no Paquistão) até o Mediterrâneo Oriental.
b. Incluía parte do Norte da África, até a Etiópia, e se estendia para além do mar Egeu (até a Trácia, na Europa; parte da atual Turquia, Grécia e Bulgária).
c. Em linha reta, de um extremo a outro, eram mais de 4 mil quilômetros.
d. Em todo esse território havia inúmeras comunidades judaicas.
2.2. Hamã planejou a destruição dos judeus de todo o reino de Assuero (Et 3.6)
e. Isso incluía até os que haviam retornado para Jerusalém.
3. Astúcia e oportunismo
3.1. Hamã convenceu Assuero escondendo sua verdadeira motivação, que era pessoal
a. Disse que havia um povo no reino que tinha leis diferentes e não cumpria as leis do rei
b. Por isso, convinha que fosse exterminado (Et 3.8)
3.2. Se Assuero decretasse a morte desse povo:
a. Hamã entregaria 10 mil talentos de pratas (cerca 350 toneladas) para o tesouro real
. Era o equivalente a dois terços da renda anual do Império Persa (Et 3.9)
3.3. Assuero concordou com Hamã sem questionar de que povo tratava
a. Assuero tirou seu anel e o deu a Hamã
. Assuero mostrou-se facilmente manipulável
. Hamã soube apelar para o seu ego
b. Hamã definiu os termos da carta a ser enviada a todas as províncias (Et 3.10-12)
3.4. Liderar requer prudência e sabedoria
a. Deve-se identificar desavenças pessoais disfarçadas de motivações, aparentemente, nobres
II – A TRISTEZA DE MARDOQUEU, DOS JUDEUS E DE ESTER
1. O pavor da violência
1.1. No dia definido para a morte dos judeus, ninguém deveria ser poupado. (Et 3.3)
a. Hamã destilou todo o seu ódio no texto que preparou
1.2. Não há registro de levante algum dos judeus durante o Império Persa
a. Mesmo assim, todos corriam o risco de serem vítimas da perversidade de Hamã.
1.3. A violência apavora a humanidade em todos os tempos (Gn 6.11-13; 2Tm 3.1-4).
2. Bebida, confusão e tristeza.
2.1. O Império Persa tinha um sistema de correios muito eficiente:
a. Principalmente em função da estrada real
. Ia de Susã a Sardes, na província da Lídia (hoje território turco)
2.2. Depois das cartas enviadas a cada província, Assuero e Hamã puseram-se a beber.
2.3. A reação dos judeus
a. Os moradores de Susã não entenderam a repentina e esdrúxula ordem do rei.
. Ficaram muito confusos
a. Mardoqueu entrou em profunda tristeza (Et 4.1)
b. Ester ficou muito aflita
c. Havia um clima de luto, com jejum, choro e lamentação (Et 4.3,4)
. À medida que as cartas chegavam às províncias, a reação era a mesma.
2.4. Somente Deus pode frear a maldade humana (Sl 22.28; Rm 1.18-20; Ap 19.11-16).
3. Crise e clamor
3.1. O decreto de Assuero levou os judeus a buscar o socorro divino (Et 4.3)
3.2. Analisando a situação
a. De um lado, havia a fé e a bravura dos 50 mil judeus que foram a Jerusalém para reedificá-la, liderados por Zorobabel (Ed 2.1,2,64-70)
b. Do outro lado havia a aparente tranquilidade dos que decidiram ficar em suas próprias habitações, por todo o Império Persa.
c. Mesmo dentre os que foram a Jerusalém (Ag 1.9; Zc 8.9-13).
. Muitos se dedicaram a construir casas luxuosas
. Muitos deram pouco valor à reconstrução do Templo
d. Agora, todos corriam o risco de ser exterminados.
3.3. Por que, muitas vezes, precisamos experimentar crises para buscar a Deus (Is 55.6)?
a. O correto é fazer como Daniel, que orava em todo tempo (Dn 6.10).
b. Somente com uma vida de oração constante podemos vencer o mal (Ef 6.18; 1Ts 5.17)
III – O PERIGO E A CRUELDADE DO ANTISSEMITISMO MODERNO
1. Faces do antissemitismo
1.1. Antissemitismo é hostilidade sistemática contra os judeus.
1.2. É possível verificar, ao longo da história, três faces de expressão desse ódio obstinado
a. antissemitismo religioso
b. antissemitismo nacionalista
c. antissemitismo racial
1.3. No aspecto religioso, destacam-se as perseguições, como a do século XIV
a. Quando os judeus foram acusados de serem os responsáveis pela peste negra, que assolou a Europa em 1348.
1.4. Durante a Idade Média, sofreram intensa perseguição
a. Pela Inquisição, principalmente a partir de 1478, na Espanha, por ordem do papa Sisto IV (1414-1484),
b. A partir de 1536, em Portugal, pela instituição oficial do Tribunal do Santo Ofício pelo papa Paulo III (1468-1549).
1.5. O objetivo principal era combater o que chamavam de “heresia judaica”
1.6. Milhões de judeus foram espoliados, torturados, execrados e mortos por não aderirem ao catolicismo e por questões econômicas e políticas.
1.7. A primeira ordem de confinamento de judeus em guetos não foi de Adolf Hitler, no século XX.
a. Foi do papa Paulo IV, em 1555, e atingiu todos os Estados papais por mais de 300 anos.
1.8. O que os inimigos de Israel querem:
a. Não é um acordo que lhes garanta um lugar para viver
b. Sua verdadeira causa é o extermínio do Estado de Israel.”
2. Antissemitismo nacionalista e racial
2.1. O aspecto nacionalista pode ser visto no século XIX e no início do século XX
a. Isso foi na Ucrânia e na Rússia, através dos chamados pogroms, violentos ataques físicos indiscriminados aos judeus.
b. A prosperidade dos judeus causava ódio, alimentado por teorias de conspiração.
c. O povo judeu era apontado como culpado pelas crises econômicas de países do Leste
Europeu, levando-os a reagir violentamente contra as comunidades judaicas.
2.2. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Adolf Hitler protagonizou o antissemitismo racial.
a. Ele proclamou a superioridade da raça ariana.
b. O Holocausto exterminou 6 milhões de judeus em toda a Europa.
3. Antissemitismo hoje
3.1. A criação do Estado de Israel, em 1948, não garantiu paz aos judeus
3.2. O país vive em estado de alerta em função de ataques terroristas internos e externos, feitos em nome de uma causa palestina.
3.3. O mais brutal da história recente ocorreu em outubro de 2023
a. Cinco grupos palestinos armados uniram-se ao Hamas, e, partir da Faixa de Gaza,
atacaram Israel por ar, terra e mar, cometendo barbáries inimagináveis contra civis
b. Cerca de mil e duzentos mortos, além de levar cerca de mais de 200 pessoas reféns.
c. Depois disso, os casos de antissemitismo aumentaram em várias partes do mundo
3.4. Só Jesus, o Messias, salvará Israel, quando de sua conversão nacional (Is 11.10-16; Ez 37.12-14; Zc 12; 13; 14.4-9; Rm 11.26; Ap 1.7).
Conclusão: O antissemitismo não se revela apenas através de atos hostis, mas também de apoio aberto ou posturas complacentes aos inimigos de Israel, como os grupos terroristas, ou, ainda, por meio de críticas sistemáticas aos atos de defesa israelenses, pintando o país como o vilão da história. A despeito dos pecados dos judeus, Deus tem um plano com Israel e vai restaurá-lo quando, arrependido, aceitar o Messias (Rm 11.25-32). “[Oremos] pela paz de Jerusalém!” (Sl 122.6).
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