Adultos

Lição 6 - O livro de Ester III

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2024

Adultos - O DEUS QUE GOVERNA O MUNDO E CUIDA DA FAMÍLIA: os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração

COMENTARISTA: Silas Queiroz

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 6 – O LIVRO DE ESTER

Texto: Ester 1.1-9

Introdução: A perfeita vontade de Deus é nos guiar por caminhos que levem ao cumprimento de seus eternos propósitos.

I – A ORGANIZAÇÃO DO LIVRO

1. A categorização de Ester

1.1. Ester pertence aos ‘Escritos’

a. ‘Escritos’ são os onze livros que compõem a terceira seção da Bíblia Hebraica.

1.2. Ester integra os ‘Megillot’

a. ‘Megillot’ são os cinco livros curtos lidos anualmente nas festas judaicas.

1.3. Ester na bíblia cristã

a. Integra os livros históricos

b. É um livro de inspiração divina, completa e perfeita (2Tm 3.16,17)

2. Características literárias.

2.1. O livro de Ester:

a. Tem dez capítulos

b. Tem uma objetiva historicidade (Assuero Et 1.1)

c. Seu caráter de fonte primária é a ‘Festa de Purim’

. Esta festa é anualmente comemorada pelos judeus (Et 9.20-32)

d. É de um estilo narrativo e menos dialógico que o de Rute

e. O texto é mais do narrador que dos personagens

3. Autoria e data

3.1. O autor é desconhecio

3.2. Alguns teólogos consideram que o livro foi escrito

a. Por um judeu que viveu na Pérsia e demonstrava amplo conhecimento:

. Da cidade de Susã

. Da estrutura da cidade de Susã

. De importantes documentos do Império Persa

3.3. A data deve ser do século V a.C. (por volta de 460 a.C.)

a. Provavelmente logo após a morte de Assuero, ocorrida em 465 a.C.

3.4. A datação é de ordem linguística:

a. O autor empregou algumas palavras persas em meio ao hebraico,

b. O autor não fez uso algum de expressões originárias do grego

. Revela um estilo anterior à ascensão da Grécia sobre a Pérsia

. A ascensão da Grécia se deu em 330 a. C. com Alexandre, o grande

II – O CONTEXTO HISTÓRICO

1. O povo hebreu no exílio

1.1. Comecemos pelo final da monarquia do povo hebreu

a. Em 722 a.C. houve a queda do Reino do Norte sob os assírios (2Rs 17.6).

b. Pouco mais de 100 anos depois, Judá, o Reino do Sul, foi levado para o Cativeiro Babilônico em três levas: 605, 597 e 586 a.C.

. Esse exílio na Babilônia duraria 70 anos (Jr 25.11; 29.10-14)

. Deus tratou com Judá para extirpar a idolatria da nação (Ez 36.16-25)

. Deus abomina a idolatria (Rm 1.18-25)

. Nada em nossa vida pode ocupar o lugar que pertence a Ele (1Jo 2.15-17)

1.2. “A soberania de Deus não encontra limites. Ele age em qualquer época ou lugar para cumprir seus propósitos.”

2. O fim do exílio

2.1. Deus julgou a Assíria. Não a teve por inocente (Na 1.2,3)

2.2. Enquanto Deus julgava Judá, Ele também julgou Babilônia (Jr 25.12)

a. Babilônia foi derrotada por Ciro em 539 a.C.

. Ciro anexou o território babilônico ao Império Persa

2.3. Deus começou a operar a favor dos judeus logo no primeiro ano de Ciro (Ed 1.1-3)

a. Daniel já havia orado pela nação (Dn 9.1-19)

2.4. Dependemos de Deus para enfrentar o poder terreno (2Cr 7.14)

a. Desta forma teremos uma vida quieta e sossegada (1Tm 2.1-4)

3. O pós-exílio

3.1. No livro de Ester ocorreu o primeiro e o segundo retorno dos judeus para Jerusalém

a. Estima-se que mais de 1 milhão de judeus viviam na região da Babilônia.

b. Somente cerca de 50 mil voltaram para Jerusalém no primeiro grupo.

. Eles foram liderados por Zorobabel (Ed 1.5; 2.64,65),

. Isso ocorreu no segundo ano do reinado de Ciro (538 a.C.)

c. Esse período da história é narrado do capítulo 1 ao capítulo 6 do livro de Esdras.

d. Entre o capítulo 6 e o capítulo 7 há um intervalo de aproximadamente 60 anos.

e. É na segunda metade desse período que se passam os fatos do livro de Ester (483-473 a.C.).

III – PROPÓSITO E MENSAGEM

1. A providência divina

1.1. O principal propósito do livro de Ester é:

a. Registrar o cuidado providencial de Deus com o seu povo

1.2. Deus tinha um propósito embora a maior parte dos judeus preferiu ficar em Babilônia sob o domínio Persa. (Pv 14.12)

a. Muitos deles tinham uma estabilidade em Babilônia

. No aspecto econômico

. No aspecto cultural

. No aspecto religioso

1.3. O retorno a Jerusalém exigia renúncia e disposição

a. Era uma viagem penosa

b. Eles estavam indo para a dura reconstrução de uma cidade totalmente destruída

2. Uma falsa estabilidade

2.1. As falsas estabilidades

a. São estruturas que o mundo nos oferece

b. Elas costumam parecer mais vantajosas

2.2. No livro de Ester vemos:

a. Estava indo muito bem em Susã, até surgir a ordem de extermínio total dos judeus (Et 3.7-13).

b. A falsa segurança foi embora.

2.3. O povo de Judá dependia novamente da intervenção divina para sua sobrevivência.

a. Ester nos mostra Deus agindo mais uma vez,

b. Ester nos mostra Deus movendo as estruturas humanas na Pérsia

2.4. Seja qual for a circunstância, é melhor confiar no Senhor do que no homem (Sl 118.8,9)

3. A Festa de Purim

3.1. O propósito do livro de Ester:

a. Registrar a instituição da Festa de Purim

. Comemora a frustração do plano de Hamã

. Comemora a ação divina para a libertação do seu povo

b. Foi ordenada por Mardoqueu depois do grande livramento (Et 9.20-28)

3.2. Purim é o plural da palavra pur (“lançar sorte”)

a. Conforme Ester 3.7, Hamã lançou sorte para fixar o dia da morte dos judeus

3.3. A soberania de Deus não encontra limites

a. Ele age em qualquer época ou lugar para cumprir seus propósitos.

Conclusão: O Livro de Ester nos lembra de que vivemos neste mundo, mas não devemos confiar em suas estruturas. Todos os reinos deste mundo passarão. Por isso, a Palavra de Deus diz que “a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”.

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