Adultos

Lição 4 - O encontro de Rute com Boaz III

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2024

Adultos - O DEUS QUE GOVERNA O MUNDO E CUIDA DA FAMÍLIA: os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração

COMENTARISTA: Silas Queiroz

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 4 – O ENCONTRO DE RUTE COM BOAZ

Texto: Rute 2.1-4; 11,12,14

Introdução: O verdadeiro e puro modelo de bondade é servir uns aos outros de coração, confiando na fidelidade e justiça de Deus.

I – BOAZ, O REMIDOR

1. Um homem próspero

1.1. Boaz era um homem valente e da geração de Elimeleque (Rt 2.1)

a. Era homem de caráter íntegro

b. Era homem de grande influência

c. Era homem com poder econômico (Rt 2.5,6,23)

. Tinha plantações de cevada e trigo, e muitos trabalhadores a seu serviço

1.2. Boaz reunia qualificações e condições para cumprir o papel de remidor

2. “Goel” e “Levir”

2.1. Segundo uma tradição rabínica, Boaz era sobrinho de Elimeleque

a. Como parente próximo, poderia ser o “goel”,

. Era o resgatador da terra que o falecido havia vendido (Rt 4.3)

. Ele poderia cumprir o costume antigo do casamento (Gn 38.6-11)

2.2. Eram duas prescrições distintas contidas na Lei de Moisés.

a. A do resgatador previa que quando um israelita ficasse pobre e precisasse vender suas terras, seu parente mais próximo tinha o dever de comprá-las de volta e restituir-lhe

b. E se o hebreu fosse comprado como escravo por um estrangeiro, um parente tinha o dever de resgatá-lo (Lv 25.25-28; 47-59).

2.3. Na lei do levirato previa que o irmão do cunhado (“levir”) se casasse com a viúva e suscitasse descendência ao falecido (Dt 25.5-10; Mt 22.24-48).

a. Tudo indica que essa prática foi ampliada, seguindo uma ordem de parentesco mais abrangente, semelhante à do resgatador (Lv 25.48,49)

2.4. No caso de Boaz, havia um remidor “mais chegado” que ele (Rt 3.12)

3. Temor e respeito

3.1. Boaz e seus empregados se respeitavam

a. A saudação de Boaz a seus empregados demonstra que ele temia a Deus

b. A invocação a Jeová (“O Senhor seja convosco”), dirigida a todos os segadores, indica, também, seu respeito aos que com ele trabalhavam

c. Os empregados lhe retribuem com uma saudação também amistosa e piedosa: “O Senhor te abençoe” (Rt 2.4).

3.2. Patrões e empregados devem se tratar com mútua consideração

a. Cada um reconhece o seu papel na relação de trabalho (Ef 6.5-9; Cl 3.22 - 4.1)

II – O CARINHO DE BOAZ PARA COM RUTE

1. A pureza não exclui a ternura

1.1. Logo que chegou ao campo, Boaz notou a presença de uma moça diferente entre os que respigavam (Rt 2.5).

a. Informado de que era Rute, dirigiu-se a ela de forma carinhosa.

b. A tratou com respeito (Rt 2.9)

. Boaz se preocupou com a segurança de Rute.

. Assédio moral e sexual são atitudes pecaminosas e perturbadoras no ambiente laboral e em qualquer área da vida.

c. Boaz era um cavalheiro, muito educado com todos.

1.2. Um viver santo não exige que sejamos rudes e descorteses (2Rs 4.8,9).

1.3. Jesus, o mais puro dos homens, convivia com todos (Mc 2.15-17; Jo 4.3-27)

2. Deus estava agindo

2.1. A atitude de Boaz surpreendeu Rute

a. Sendo estrangeira e pobre, certamente ela tinha receio de como seria tratada

b. Agia com educação e muita discrição (Rt 2.7)

c. Era humilde (Rt 2.10)

2.2. Boaz a tratava desse jeito pois já conhecia a história de Rute (Rt 2.11)

a. Um bom testemunho nos abre muitas portas

3. Sensível e espiritual

3.1. Boaz conciliava firmeza moral e sensibilidade; ternura e espiritualidade.

3.2. O versículo-chave do livro é uma declaração feita por ele a Rute (Rt 2.12).

Boaz tinha uma profunda compreensão espiritual.

a. Ele reconhecia que o Deus dos hebreus não estava limitado a fronteiras territoriais ou barreiras étnicas.

b. E como servo de Yahweh, estava sendo usado para abençoar uma piedosa moabita.

3.3. Suas palavras tocaram profundamente o coração de Rute e lhe deram grande conforto (Rt 2.13).

III – A COLHEITA DE RUTE E A SUA SOBREVIVÊNCIA

1. A lei da semeadura

1.1. Uma cosmovisão secular produz a ilusão de que vivemos em um mundo “dos homens”,

a. Apartados de Deus

b. Não afetado por Deus

1.2. Isso é fruto de uma incredulidade crescente (Lc 18.1-8; 1Tm 4.1).

a. Não condiz com as Escrituras

b. Não condiz com a realidade dos que confiam no Senhor da providência

1.3. Rute decidiu servir ao Deus de Israel, em vez de Quemós, o deus dos moabitas

a. Quemós incluía o sacrifício de crianças na sua adoração (Nm 21.29; 1Rs 11.7; 2Rs 3.26,27)

1.4. Rute começava a experimentar a mão invisível de Jeová-Jireh agindo graciosamente em seu favor.

1.5. A lei da semeadura funciona integralmente (2Co 9.6; Gl 6.7).

2. Os “acasos” de Deus

2.1. O primeiro sinal da ação de Deus:

a. foi a escolha aleatória que Rute fez, indo apanhar espigas no campo de Boaz (Rt 2.3).

. Para ela, uma casualidade, mas era uma providência divina

. Deus tem o controle de tudo e age em favor dos que o amam (Rm 8.28).

2.2. Ao voltar para casa, Rute contou onde havia trabalhado, Noemi exultou (Rt 2.20).

a. Uma esperança brotou no coração da pobre viúva (Jó 14.7-9).

3. O resultado da colheita

3.1. Quanto aos frutos

a. Alguns frutos de nossas ações são colhidos de imediato.

b. Outros levam tempo para aparecer.

3.2. Rute colhia cereais em abundância diariamente nos campos de Boaz (Rt 2.17,21)

a. A colheita garantia sua sobrevivência e de sua sogra.

b. O trabalho árduo durou toda a estação:

. Entre março e abril colheu cevada

. Entre de abril a junho, trigo.

c. Concluído o trabalho, ficou com a sogra (Rt 2.23)

3.3. Uma “colheita” ainda maior seria feita por ela em tempo oportuno (Ec 3.1)

3.4. Nosso Deus trabalha por aqueles que nEle esperam (Is 64.4)

Conclusão: A atitude de fé de Rute estava sendo recompensada. Sua prontidão em cuidar da sogra levou-a a encontrar conforto e proteção naquele que seria o resgatador de toda a família e que a incluiria na genealogia do Redentor da humanidade. O Deus de Rute é o nosso Deus. Ele continua agindo por aqueles que decidem se abrigar debaixo de suas asas. Confiar nEle e viver fazendo o que lhe agrada é o meio infalível de alcançar sua misericórdia e favor.

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