Adultos

Lição 9 - Resistindo à tentação no Caminho II

ASSEMBLEIA DE DEUS CELEBRANDO AO REI - AMERICANA/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2024

Adultos - A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA - o caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu

COMENTARISTA: Osiel Gomes da Silva

COMPLEMENTOS, ILUSTRAÇÕES E VÍDEOS: PR. LUIZ HENRIQUE DE ALMEIDA SILVA

LIÇÃO Nº 9 – RESISTINDO À TENTAÇÃO NO CAMINHO

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

TENTAÇÃO DE CRISTO - Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea (1)

Essa expressão é frequentemente usada para se referir unicamente à tentação sofrida pelo nosso Senhor logo após seu batismo (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13;

Lc 4.1-13), mas na verdade ela se estendeu por toda sua vida. O Diabo apenas "ausentou-se dele por algum tempo" (Lc 4.13), e, assim sendo, Cristo disse na última ceia: "Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações" (Lc 22.28). A tentação que Cristo suportou logo após seu batismo é, contudo, de tal importância, que merece uma atenção especial. A partir da sua experiência fica claro que a tentação em si não é pecado, já que Cristo foi levado à sua tentação pelo Espírito Santo. "Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito [Santo] ao deserto, para ser tentado pelo diabo" (Mt 4.1). O pecado não consiste no fato de ser tentado (cf. Adão e Eva, Génesis 3.1ss.), mas em ceder à tentação. Apesar de Deus poder nos levar a uma situação de teste (Mt 6.13; cf. Tg 1.2-12), Ele próprio não nos tenta. Nós somos tentados pelo Diabo, por nossa natureza decaída e pelas nossas próprias concupiscências (1 Pe 5.8; Tg 1.14,15). Foram levantadas algumas perguntas. O diabo realmente elevou o Senhor Jesus Cristo até o pináculo do Templo? E ele realmente levou o Senhor a uma alta montanha e lhe mostrou os reinos desse mundo? Essas experiências devem ser interpretadas de forma figurada, como exemplos imaginários comuns no Oriente, ou literalmente? Aparentemente temos aqui uma combinação do figurativo com o literal. O Diabo desafiou o Senhor Jesus Cristo a subir ao pináculo do Templo e também a subir à montanha e olhar rejeitou tanto a tentação de dar um salto fantástico quanto a de adorar ao Diabo através da citação da Palavra de Deus (Mt 4.4, 7,10). Mesmo que a tentação seja tratada como visão ou alegoria, como por Calvino, ainda assim o adversário era o Diabo e a tentação era real. Mas não há razão para tratá-la de uma outra forma que não seja a literal. Devemos de fato considerá-la assim como foi registrada na Palavra de Deus. A natureza da tentação tríplice de Cristo. A ordem das tentações específicas varia em Mateus e Lucas, mas isso não é de real importância. A duração do jejum do Senhor Jesus Cristo, literalmente 40 dias, apesar de enfatizada por infiéis antigamente, não é mais considerada um problema. A questão mais importante reside na natureza das três tentações.

Se o Senhor Jesus Cristo tivesse transformado pedras em pão, Ele teria usado seu poder miraculoso para escapar do sofrimento e suprir sua própria necessidade. Assim Ele não teria mais agido como o homem perfeito enfrentando as provas e a tentação como o último Adão. Ele não teria sido alguém que "como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (Hb 4.15). Seu poder miraculoso deveria ser utilizado para ajudar a outros, e não a si mesmo (veja Humilhação de Cristo; Kenosis). A tentação de exibir sua divindade saltando do Templo foi uma armadilha para abusar de Deus com uma confiança descabida, em contraste com a primeira tentação, que foi a de desconfiar de sua habilidade de resistir à fome. Ela o teria levado a se afastar do caminho do dever. Nela o diabo citou a Escritura, mas apenas de forma fragmentada: "Aos seus anjos dará ordens a teu respeito" (Mt 4.6; cf. Lc 4.10). O tentador omitiu as palavras "para te guardarem em todos os teus caminhos" (SI 91.11). Aí está a mentira do Diabo, pois ele é um mentiroso desde o princípio (Jo 8.44; cf. Gn 3.4,5). A tentação de se garantir domínio e poder imediatos curvando-se ao Diabo é o argumento do interesse próprio: faça o mal e o bem virá - nesse caso, mais rápido. Cristo foi divinamente decretado o Rei de todos os confins da terra (SI 2), e esta era uma tentação para tomar um atalho para sua soberania de direito.

O propósito das provas e tentações. Deus sempre testou todas as ordens de seres racionais que Ele criou. Esse teste consiste em uma prova de confiança e obediência totais. Um teste em si não é causa de pecado. Apenas a ação do testado pode transformar o teste em uma ocasião para pecar. Os anjos eram a primeira ordem. Aqueles que criam em Deus e o obedeciam foram confirmados em justiça e se tornaram os anjos santos; aqueles que desobedeceram e se rebelaram junto com Satanás caíram. Adão e Eva se depararam com um teste de obediência; desobedeceram e caíram. Cristo, para poder redimir os homens, enfrentou testes e saiu vitorioso (Hb 5.7-9). Assim como pela desobediência do primeiro Adão todos caíram, também pela obediência do último Adão a salvação foi oferecida a todos que crerem nele como Salvador pessoal (Rm 5.19).

A natureza da santidade de Cristo - Ele nunca pecou. Tem havido muitos debates teológicos sobre a capacidade de Cristo de pecar, posse peccare, e a respeito de três possibilidades:

(1) Cristo poderia ter pecado, mas não o fez;

(2) Cristo tinha a capacidade de não pecar;

(3) Cristo era incapaz de pecar. O ponto essencial e o coração do debate centra-se no que constitui uma tentação real. Se Cristo não poderia ter pecado, então Ele de fato alguma vez enfrentou uma tentação genuína? Se, por outro lado, para tornar a tentação verdadeira, Ele poderia ter pecado, isto não seria blasfémia? Como Cristo poderia ter pecado se Ele é Deus? Mesmo que escolhamos a segunda alternativa e digamos que Cristo tinha a capacidade de não pecar, será que não subentendemos ainda assim que Ele era também capaz de pecar, e desse modo também impugnamos sua santidade inerente? O dilema pode ser resolvido se primeiro reconhecermos que, embora devido à natureza humana nenhum homem tenha o poder de não pecar, a natureza humana de Cristo junto com sua divina pertence à pessoa divina e é governada por essa pessoa. E a pessoa divina de Cristo que odiava o pecado e não podia aprová-lo em sua natureza divina, que por anos sofreu tentações em todos os pontos como nós sem sucumbir ao pecado (Hb 4.15). Em sua natureza humana, Cristo poderia ter pecado, mas devido à sua pessoa divina Ele não poderia fazê-lo. Assim sendo, não dizemos nem que Cristo era capaz de pecar, nem que Ele tinha o poder de não pecar, mas que Cristo não poderia pecar. Abraham Kuyper escreveu: "Mas como Jesus não assumiu uma pessoa humana, um 'homo', mas sim a natureza humana, e como não havia nele um ego humano (para realizar essa possibilitas), mas, pelo contrário, a natureza humana permaneceu eternamente unida à segunda pessoa da Trindade, de modo que o controle dessa pessoa divina faz com que seja absolutamente impossível que essa possibilitas se torne realidade" (Loci III, Cap., III, par. 6. p. 11, citado por G.C. Berkouwer, The Person of Christ, Grand Rapids. Eedermans, 1955, p. 259). Berkouwer coloca a questão em termos mais existenciais quando escreve: "A incapacidade de pecar é da sua pessoa, de seu total e inviolável desejo de fazer a vontade do Pai. É a incapacidade de desistir de seu amor que Ele leva até o final, até sua realização e consumação" (op. cit., 262). Pode-se concluir que Cristo experimentou provas e tentações reais, equiparáveis àquelas que são requeridas de seres racionais, mas que Ele foi vitorioso em todas as áreas de tentação. Foi o fato de Ele ser uma pessoa divina que o fez incapaz de pecar, apesar do fato de que Ele assumiu uma natureza humana, que poderia de outra forma ter pecado. R. A. K.

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COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. LUIZ HENRIQUE DE ALMEIDA SILVA

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