Adultos

Lição 9 - O Batismo — A primeira Ordenança da Igreja III

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2024

Adultos - O CORPO DE CRISTO - origem, natureza e vocação da Igreja no mundo

COMENTARISTA: José Gonçalves

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº  9 – O BATISMO — A PRIMEIRA ORDENANÇA DA IGREJA

Texto: Romanos 6.1-11

Introdução: O batismo é uma ordenança de Jesus Cristo e, por isso, deve ser uma prática obedecida pela igreja.

I – PRESSUPOSTOS BÍBLICO-DOUTRINÁRIOS DO BATISMO

1. O Batismo visto como sacramento: a origem de um erro

1.1. O batismo na tradição católica

A tradição católica e alguns segmentos do protestantismo histórico veem a prática do batismo como um sacramento.

A palavra “sacramento” vem do latim sacramenntum, significando um sinal sagrado capaz de conferir graça àquele que dele participa.

Nesse sentido, Agostinho (354-430 d.C), bispo de Hipona, que introduziu esse desvio na igreja, entendia que o batismo, como sacramento, é um rito que transmite graça espiritual independentemente da fé de quem o pratica.

Esse entendimento teológico-doutrinário define um sacramento como sendo um sinal visível de uma graça invisível. Dessa forma, na visão de algumas tradições cristãs, o batismo torna-se necessário para a salvação.

2. O Batismo não é sacramento, mas ordenança de Cristo

2.1. A Bíblia ensina que o Batismo é uma ordenança e não um sacramento: (Mt 28.19).

2.2. Não há, portanto, no Batismo, um poder mágico capaz de transmitir graça para a salvação

2.3. O Batismo é uma ordenança dada por Cristo a quem já foi alcançado pela graça, e não a quem quer obter alguma graça através dele.

3. O Batismo deve ser administrado aos adultos

3.1. Agostinho defendeu também que os bebês, por haverem nascidos com o pecado original, precisavam ser batizados para serem salvos.

a. O Batismo deveria ser administrado a eles para anular o pecado original.

3.2. Esse entendimento do bispo de Hipona está contra o ensino de Cristo, que afirmou que as crianças fazem parte do Reino de Deus (Mt 19.14)

3.3. Não há vestígios no Novo Testamento de crianças sendo batizadas

a. Jesus disse que o Batismo deveria ser administrado a quem cresse (Mc 16.16).

b. Uma criança, que ainda não chegou à idade da razão não tem maturidade para crer e fazer escolhas.

II - O SÍMBOLO E O PROPÓSITO DO BATISMO

1. Símbolo do Batismo: Identificação com Cristo.

1.1. O Batismo por imersão simboliza a união do crente com Cristo, por meio de sua a morte, sepultamento e ressurreição (Rm 6.3-5)

a. O apóstolo mostra que o ato de emergir da água, onde havia sido submerso, retrata com precisão a identificação do cristão com a ressurreição de Cristo (Cl 2.12)

b. Isso simboliza que o cristão morreu para a velha vida e agora entrou na nova vida em Cristo.

2. O Propósito do Batismo: Testemunho público da fé cristã

2.1. O Batismo é uma pública profissão de fé.

a. O crente, quando desce às águas batismais, está testemunhando de forma pública perante o mundo da sua nova vida em Cristo (At 2.41)

2.2. Quem se candidata ao Batismo deve estar convicto e consciente da fé que abraçou.

a. Aqui, não há território neutro (Cl 2.6).

2.3. O batismo é para salvos e convertidos que estão dispostos a seguir Jesus (At 8.12; 16.14,15).

3. Não há espaço para indecisão

3.1. Somente cristãos indecisos rejeitam ser batizados.

a. Às vezes isso acontece por ignorância ao sentido do ato.

. Ás vezes o crente entende que após ser batizado não pode mais cometer qualquer tipo de falha.

. Embora a Bíblia mostre que o crente deve evitar o pecado (1Jo 2.1), contudo, o Batismo não pode ser visto como uma vacina que imuniza o cristão contra o pecado.

. Este é vencido quando se anda no Espírito (Gl 5.16).

b. Outras vezes é por falta de convicção de fé.

. Há muitos que rejeitam o Batismo justamente por falta de conversão.

. Não estão dispostos a cortar o cordão umbilical com o mundo.

III - A FÓRMULA E O MÉTODO DO BATISMO

1. Fórmula trinitária do Batismo

1.1. Durante a Grande Comissão, Jesus orientou seus discípulos: (Mt 28.19).

a. Essa é a fórmula trinitária do batismo cristão.

b. Isso porque esse texto cita as três pessoas da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.

c. Um só Deus, três pessoas distintas, com uma só essência.

1.2. No rito do Batismo, portanto, a orientação de Jesus precisa ser seguida pela invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

2. Fórmula herética do Batismo

2.1. Nem todos os grupos dentro da tradição cristã seguem a fórmula trinitariana.

2.2. Há grupos que seguem um tipo de doutrina modalista.

2.3. Um exemplo é o unicismo.

a. Esse grupo batiza seus membros somente em nome de Jesus.

b. O suporte bíblico dele é buscado em alguns textos do livro de Atos, onde supostamente se negaria a prática trinitariana (At 2.38; 19.5).

. Convém dizer que esses textos não negam a fórmula trinitária nem tampouco negam a Trindade.

. Na verdade, o que é dito é que o Batismo era feito na autoridade de Jesus, isto é, naquilo que Ele fez e ensinou.

3. Imersão: o método bíblico do Batismo

3.1. Convém dizer que não há vestígios da prática do Batismo por aspersão no Novo Testamento.

a. Esse tipo de Batismo se caracteriza por aspersão de água sobre o candidato.

3.2. O contexto do Novo Testamento mostra claramente que o Batismo nos dias bíblicos era por imersão.

3.3. A palavra grega baptizo possui o sentido de “mergulhar” e “submergir” tanto na Bíblia como fora dela.

3.4. Vários textos bíblicos mostram a prática bíblica do Batismo por imersão:

a. O povo saía para ser batizado por João no (dentro de) rio Jordão (Mc 1.5);

b. Da mesma forma, quando foi batizado, Jesus “saiu da água” (Mc 1.10);

c. João batizava onde havia muita água (Jo 3.23).

Conclusão: Mostramos que, embora não tenha a atribuição de salvação a quem dele participa, o Batismo é, sim, uma prática que deve ser levada a sério por todo crente que quer seguir as Palavras de Jesus. Por meio do Batismo nos identificamos com Cristo Jesus e tornamos pública a nossa profissão de fé.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

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