ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2024
Adultos - O CORPO DE CRISTO - origem, natureza e vocação da Igreja no mundo
COMENTARISTA: José Gonçalves
COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS
LIÇÃO Nº 8 – A DISCIPLINA NA IGREJA
Texto: Hebreus 12.5-13
Introdução: A disciplina cristã é uma doutrina bíblica necessária, pois permite ao crente refletir o caráter de Cristo.
I - A NECESSIDADE DA DISCIPLINA BÍBLICA
1. Deus é santo
1.1. Santidade é um dos atributos de Deus (Lv 11.45)
a. Deus é santo e como tal deve ser reconhecido (Mt 6.9)
b. Essa é uma das causas que justificam a necessidade da disciplina na igreja
1.2. Quando Deus se faz presente, a nossa pecaminosidade se evidencia (Lc 5.8)
a. Quando o comportamento pecaminoso na vida do crente não é corrigido, a santidade de Deus deixa de ser reconhecida.
2. A Igreja é santa
2.1. Deus é santo e a igreja também deve ser (1Pe 1.16).
a. Deus quis isso na Antiga Aliança
b. Deus quer isso na Nova Aliança
2.2. Santo (Gr: hagios): possui o sentido de “separado” ou “consagrado”
3. Quando a igreja não disciplina
3.1. Sendo a Igreja santa, o cristão, como membro desse corpo, o deve ser, também (1Co 3.16; 6.19)
a. A santidade faz parte da identidade do cristão (Ef 1.1)
3.2. A falta de disciplina acaba embotando essa identidade.
a. Surge, então, a imagem do crente “mundano” ou “carnal” (Rm 8.5)
. Esses adjetivos revelam de fato um crente indisciplinado
. Revela aquele que vive no hábito pecaminoso
3.3. A falta de disciplina acaba destruindo o limite entre o sagrado e o profano.
a. Uma igreja que não disciplina seus membros torna-se mundana (Ap 3.19)
II - O PROPÓSITO DA DISCIPLINA BÍBLICA
1. Manter a honra de Cristo
1.1. Quando o pecado não é tratado na vida do crente, Cristo é desonrado (Rm 2.24)
a. Se não corrigido, o comportamento pecaminoso compromete o testemunho cristão
1.2. Um membro na igreja de Corinto foi censurado por Paulo pela prática pecaminosa (1Co 5.2)
1.3. Ao adotar um comportamento pecaminoso, incorre-se ao julgamento divino (1Co 11.27-34; Ap 2.14,15).
2. Frear o comportamento pecaminoso
2.1. A disciplina cristã põe um freio no comportamento pecaminoso.
2.2. O pecado é algo extraordinariamente contagioso (1Co 5.6)
3. Não tolerar a prática do pecado
3.1. Paulo censura os coríntios porque não estavam adotando medida alguma contra a prática do pecado por parte de um de seus membros (1Co 5.1,2).
3.2. A consequência disso é que esse pecado acabaria enfraquecendo a igreja,
a. Uma igreja que não pratica a disciplina bíblica fatalmente fracassará
b. Não se pode tolerar a prática pecaminosa na igreja (Ap 2.10)
III - AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA
1. A disciplina como modo de correção
1.1. As Escrituras mostram a necessidade de sermos corrigidos.
1.2. A correção contribui para o crescimento e formação do caráter cristão (Hb 12.7)
a. Todos os crentes tiveram a necessidade de ser corrigidos em algum momento.
b. Se alguém não é corrigido quando erra, trata-se de um bastardo e não de filho (Hb 12.8).
c. Pedro, por exemplo, teve que ser corrigido por Paulo (Gl 2.11-14).
d. Quando o crente não é corrigido, isso acaba se tornando um comportamento.
. O comportamento errado é reforçado.
1.3. O alvo da disciplina é levar aquele que pecou à restauração e reconciliação (Gl 6.1).
2. A disciplina como forma de restauração
2.1. Karatizo (Gr) = Restaurar
a. É usada em Mateus 4.21 para se referir aos “reparos” (remendos) das redes de pescas
b. O sentido é:
. Restauração da pessoa no seu anterior estado com Deus
. Assim como uma rede de pesca volta à sua utilidade após ser consertada, a pessoa atingida pelo pecado seja restaurada ao seu anterior estado de bem-estar com Deus.
2.2. A disciplina cumpre o importante papel de restaurar o ferido, conforme a instrução do apóstolo Paulo à igreja de Corinto para que restaurasse o faltoso à comunhão (2Co 2.5-8).
3. A disciplina como modo de exclusão
3.1. Esse tipo de disciplina é também conhecido como “cirúrgica”.
a. O membro é cortado do Corpo de Cristo (1Co 5.13)
b. Nesse caso, há um desligamento e não apenas um afastamento da comunhão (Mt 18.18)
. o Senhor disse que ele passa a ser considerado “gentio” e “publicano” (Mt 18.17).
c. Esse desligamento corta o vínculo da comunhão entre o membro e a igreja.
3.2. Não há, portanto, mais vínculo entre o crente excluído por esse processo disciplinar e a igreja da qual fazia parte.
Conclusão: Nesta lição, vimos o valor da disciplina cristã sob diferentes aspectos. A disciplina se mostra necessária quando sabemos que Deus é santo e exige que seu povo seja santo. Por outro lado, a disciplina também cumpre os propósitos de Deus quando ela conduz o cristão a se conformar com o caráter de Cristo. Uma igreja indisciplinada, portanto, perdeu o bom cheiro de Cristo.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS