ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2024
Adultos - O CORPO DE CRISTO - origem, natureza e vocação da Igreja no mundo
COMENTARISTA: José Gonçalves
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
LIÇÃO Nº 9 – O BATISMO — A PRIMEIRA ORDENANÇA DA IGREJA
O batismo nas águas é uma ordenança de Cristo para a Igreja.
INTRODUÇÃO
- Em prosseguimento ao estudo da Eclesiologia, analisaremos uma das duas ordenanças deixadas por Jesus para a Igreja, a saber, o batismo nas águas.
- O batismo nas águas é um ato que deve ser praticado por ser ordem de Cristo Jesus, a cabeça da Igreja, cuja função é a de consumar o processo de integração do crente na igreja local.
I – AS ORDENANÇAS DA IGREJA
- Ao instituir a Igreja, Jesus não só constituiu o governo da Igreja, como as suas funções, como também determinou que a Igreja realizasse dois ritos, duas cerimônias: o batismo nas águas e a ceia do Senhor. Por isso, estas duas atividades da Igreja são denominadas de “ordenanças”, porque são ordens dados pelo Senhor para a Igreja.
- De imediato, devemos distinguir entre “ordenança” e “sacramento”, porque não poucos estudiosos das Escrituras, sob a influência da história e da tradição, confundem ambos os conceitos, identificando “ordenança” com “sacramento”, com o que, entretanto, não podemos concordar.
- A ideia de “sacramento”, nascida no interior da Igreja Romana, é totalmente diversa da de “ordenança”. “Sacramento” é, no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, considerado como sendo “rito sagrado instituído por Jesus Cristo para dar, confirmar ou aumentar a graça [São sete: batismo, confirmação, comunhão, penitência, extrema-unção, ordem e matrimônio.]. Para completarmos este significado, ao lermos o Catecismo da Igreja Católica, lá encontramos que “…“Os sacramentos destinam-se à santificação dos homens, à edificação do Corpo de Cristo e ainda ao culto a ser prestado a Deus. Sendo sinais, destinam-se também à instrução. Não só supõem a fé, mas por palavras e coisas também a alimentam, a fortalecem e a exprimem. Por esta razão são chamados sacramentos da fé.” (§ 1123) como também “Celebrados dignamente na fé, os sacramentos conferem a graça que significam…” (§ 1127) e, por fim, “…Os sacramentos são ‘da Igreja’ no duplo sentido de que existem ‘por meio dela’ e ‘para ela’. São ‘por meio da Igreja’, pois esta é o sacramento da ação de Cristo operando em seu seio graças à missão do Espírito Santo E são ‘para a Igreja’, pois são esses ‘sacramentos que fazem a Igreja…’(§ 1118). Nada mais diferente do que as ordenanças de Cristo. Senão vejamos:
a) a ordenança é de Jesus; o sacramento, da Igreja Romana.
b) a ordenança é uma demonstração de obediência a Cristo; o sacramento, uma demonstração do “poder da Igreja Romana”.
c) a ordenança não aumenta nem diminui a graça de Deus, que se manifestou completamente em Cristo, onde é plenamente eficaz; o sacramento, supostamente traz a graça de Deus aos homens pela mediação da Igreja Romana, que, assim, complementaria a obra de Cristo.
d) as ordenanças de Cristo são duas; os sacramentos, sete.
- Não podemos, pois, jamais aceitar que o batismo nas águas e a ceia do Senhor sejam “sacramentos”, mas, sim, “ordenanças” de Cristo para a Sua Igreja. Como ordens dadas por Jesus, devem ser cumpridas nos exatos termos determinados por Cristo, pois se somos verdadeiramente salvos, guardamos os Seus mandamentos (Jo.15:14).
- A primeira ordenança de Cristo é o batismo nas águas, que é uma ordem a ser cumprida por quem se arrependeu dos seus pecados (At.2:38) e recebeu de bom grado a Palavra de Deus (At.2:41).
- Deste modo, não podem ser batizadas crianças recém-nascidas. vez que não têm o discernimento do que é, ou não, pecado e, portanto, não podem se arrepender dos seus pecados, como também não podem ser batizadas pessoas que não tenham demonstrado que, efetivamente, creram no Evangelho e nasceram de novo. Só é lícito o batismo daquele que realmente creu de todo o seu coração (At.8:37).
- Como afirma a Declaração de Fé das Assembleias de Deus: “…Não aceitamos nem praticamos o batismo infantil por não haver exemplo de batismo de crianças nas Escrituras e por não ser o batismo um meio da graça salvadora, ou sinal e selo da aliança, que substitui a circuncisão dos israelitas. Também por não ser possível à criança ter consciência de pecado, condição necessária para que ocorra arrependimento. As crianças, em estado pueril, não preenchem esses requisitos. Sobre a circuncisão, o pensamento cristão bíblico é: ’em Cristo nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura’ (Gl.6:15). Cremos e ensinamentos que o batismo é apenas para os que primeiramente se arrependem dos seus pecados e creem em Jesus [At.2:38), sendo também necessário pedir para ser batizado: ‘Eis aqui água, que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou’ (At.8:36-38).…” (DFAD XII.4, pp.119-20).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO