SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2024
Adultos - O CORPO DE CRISTO - origem, natureza e vocação da Igreja no mundo
COMENTARISTA: José Gonçalves
COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO
LIÇÃO Nº 2 – IMAGENS BÍBLICAS DA IGREJA
INTRODUÇÃO
Nesta lição aprenderemos sobre a Igreja; veremos a definição do termo “imagem”; pontuaremos algumas figuras da Igreja; e por fim; estudaremos sobre o relacionamento com a Igreja com seu Senhor.
I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA IMAGEM
1.1 Definição. De acordo com Houaiss (2001, p. 1573), o termo imagem significa: “representação, reprodução ou imitação da forma de uma pessoa ou de um objeto, aspecto particular pelo qual um ser ou um objeto é percebido, parecença, semelhança”.
II - FIGURAS DA IGREJA
A Bíblia utiliza diversas figuras ou imagens a fim de nos fazer compreender melhor a natureza da igreja. Todas as figuras aqui listadas possuem alguma relação com à natureza da igreja, expressando suas características sejam de conduta moral, social e religiosa. Vejamos
2.1 A igreja é o povo de Deus (1Co 1.2; 10.32; 1Pd 2.4-10). O agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de Cristo (1Pd 1.18,19). É um povo peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14), cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com Deus (1Pd 2.5; Hb 11.6). As Sagradas Escrituras testificam dizendo que a igreja é o povo de Deus: “o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remirnos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obra” (Tt 2.14). O Apóstolo também se refere a Igreja como povo de Deus: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1Pd 2.9-10).
2.2 A igreja é o templo de Deus (1Co 3.16; 2Co 6.14-7.1; Ef 2.11-22; 1Pd 2.4-10). Este fato, no tocante à igreja, requer dela separação da iniquidade e da imoralidade. Em figura a igreja é uma santuário da habitação do Eterno, não se trata do templo físico o lugar onde as pessoas se reúnem e sim as pessoas comprometidas com o Criador, essas que constituem a igreja invisível tornam-se santuários de Deus: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (1Co 3.16-17).
2.3 A igreja é o corpo de Cristo (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27). Isto indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus membros com Cristo. A igreja física de forma figurada é descrita nas escrituras como corpo de Cristo: “E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (Ef.1.22-23). Podemos também citar: “assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros” (Rm 12.5). O apóstolo Paulo escreve dizendo que a Igreja é o Corpo de Cristo (Ef 1.22-23). Isso significa que Cristo está unido organicamente a Igreja, pois Ele próprio é o Cabeça da Igreja (Ef 4.15; 5.23; Cl 1.18; 2.19). Essa verdade bíblica é extraordinária, pois aponta para o fato de que, em certo sentido, a Igreja é o complemento de Cristo.
2.4 A igreja é a noiva de Cristo (2Co 11.2; Ef 5.23-27; Ap 19.7-9). Este conceito nupcial enfatiza tanto a lealdade, devoção e fidelidade da igreja a Cristo, quanto o amor de Cristo à sua igreja e sua comunhão com ela. A figura da noiva expressa o relacionamento e grau de comprometimento que os cristãos dever ter para com o Senhor e noivo da igreja: “Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro” (Ap 21.9), “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” (Ap 22.17).
2.5 A igreja é a coluna e o fundamento da verdade (1Tm 3.15). Funcionando, assim, como o alicerce que sustenta uma construção. A igreja deve sustentar a verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores e os falsos mestres (Fp 1.17; Jd 3). A igreja que presa pela pureza e que é identificada como igreja verdadeira no reino espiritual é identificada nas Escrituras como sustentadora e guarda da verdade: “para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15). 2.6 A igreja é o rebanho de Deus. Em figura a igreja é descrita também como rebanho de Deus: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino” (Lc 12.32). Jesus afirma essa figura para Igreja. “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor” (Jo 10.16).
2.7 A igreja é o candeeiro e a luz de Deus. Jesus se dirigiu as igrejas como candeiro: “Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas” (Ap 1.20) Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte” (Mt 5.14). Na figura da luz Jesus se dirigiu a individuos distintos, cada cristão que constitui ou integra a igreja, como candeeiros se dirigiu as igrejas na totalidade, no grupo.
2.8 A igreja é a lavoura de Deus. A figura de lavoura denota o processo de crescimento e desenvolvimento dos integrantes da igreja, nesse processo há os que contribuem para tal desenvolvimento: “Porque de Deus somos cooperadores” (1Co 3.9) e no aspecto geral todos são lavoura de Deus que aguarda o grande dia da colheita: “ Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós” (1Co 3.9).
2.9 A igreja é edifício ou casa de Deus. Cristo é quem dá o crescimento da igreja (1Co 3.7) sendo a mesma sendo identificada na figura de edifício: “Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós” (1Co 3.9). Há passagens no NT em que o termo “casa” parece se referir à igreja: “para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo” (1Tm 3.15); “vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo” (1Pd 2.5);“já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus” (1Pd 4.17).
2.10 A igreja é a família de Deus. Ilustrando a família de Deus, a igreja deve expressar comunhão promovendo a unidade: “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.10). Paulo ainda chega a dizer: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus” (Ef 2.19). A Igreja é citada como a família de Deus (Ef 2.19) e o templo espiritual de Deus (1Co 3.16; Ef 2.22). É por isso que chamamos de irmãos aqueles que se convertem ao Senhor Jesus.
III - O RELACIONAMENTO DA IGREJA COM SEU SENHOR
3.1 Santificação e pureza. Paulo ensina que Cristo morreu pela Igreja: “para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra” (Ef 5.26). O texto mostra que, na regeneração, Cristo nos purifica do pecado (1Co 6.11; Tt 3.5) e que, no propósito do calvário, estava inclusa a nossa santificação (1Ts 4.16; Hb 13.12). A expressão “a lavagem da água” é usada de forma figurada, simboliza a Palavra de Deus que opera uma limpeza espiritual (Jo 15.3). Nesse sentido, Cristo orou: “santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Ora, sabemos que a Santificação é o ato de separar-se do pecado e preparar-se para a volta do Senhor (1Pd 1.15; Hb 12.14). Esse processo é contínuo até a glorificação final no dia de Cristo (Rm 6.22; 8.30; Fp 3.21) (BAPTISTA, 2023, Lição 12: Sendo a Igreja do Deus vivo).
3.2 Gloriosa e irrepreensível. A santificação tem como alvo preparar uma “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27). A Escritura compara a relação de Cristo com a Igreja, com a do marido com a esposa (2Co 11.2). Assim, a Igreja é a noiva de Cristo, que se prepara para a festa nupcial (Ap 21.2,9). Durante essa espera, por meio do Espírito Santo, Cristo a santifica para apresentá-la a si mesmo totalmente pura (2Ts 2.13). A ausência de “mácula” e de “ruga” significa sem mancha alguma de ordem moral ou espiritual. Vestida nesse grau de pureza, somente a igreja “santa e imaculada” terá acesso à ceia das Bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9). Acerca disso, Cristo advertiu não ser possível entrar nas bodas sem a devida veste nupcial (Mt 22.11-13) (BAPTISTA, 2023, Lição 12: Sendo a Igreja do Deus vivo).
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos através de imagens bíblicas o que a Igreja é e que importância ela tem. São figuras que nos ajudam a compreender a Igreja tanto em seu aspecto institucional como funcional. Assim, essas imagens ajudam o crente a descobrir qual o seu lugar na Igreja, o Corpo de Cristo. Dessa forma, ele pode melhor cooperar para o perfeito funcionamento da igreja local.
REFERÊNCIAS
• BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. CPAD.
• SOARES, Ezequias (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD.
• COSTA, Paulo R. F. da. Manual de Doutrina das Assembleias de Deus no Brasil. CPAD.
• BAPTISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o Império do Mal. CPAD.
• STAMPS, Donald Carrel. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Fonte: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/ Acesso em 12 de Jan de 2024