ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2023
Juvenis: CONHECENDO OS FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ NAS EPÍSTOLAS GERAIS
COMENTARISTA: SAMUEL DE OLIVEIRA MARTINS
COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA
LIÇÃO Nº 13 - LUTE POR SUA FÉ
Que maravilha! Chegamos à nossa última lição! Estudando as Epístolas Gerais, aprendemos bastante com os discípulos do Senhor. Neste comentário, discorreremos sobre a epístola de Judas, o meio-irmão de nosso Senhor Jesus Cristo, como consta em Mc 6.3: “ Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.” O próprio Judas, em sua humildade, não se declarou irmão de Jesus Cristo, mas irmão de Tiago: “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, [...].” Em Mt 13.55, também vemos esta evidência, pois os nomes dos irmãos aparecem juntos também: “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?” Sendo assim, podemos inferir, de acordo com os textos, que Judas é meio-irmão do nosso Mestre. Paulo confirma que Tiago é irmão do Senhor (Gl 1.19).
Apesar desta posição, Judas não tinha reputação especial ou autoridade dentro da Igreja Primitiva. Quando estudamos o Primeiro Concílio da Igreja, observamos que o nome de Judas não é citado, embora creiamos que tenha participado, considerando que sua presença não teve influência nas decisões finais, pois parece-nos que não tinha reputação especial ou autoridade. Quanto à data de escrita da carta, o Comentário Bíblico Moody faz as seguintes considerações:
Embora a data da composição não possa ser fixada com certeza, não seria inexato se a colocássemos na última parte do primeiro século. Está no Cânon Muratoriano (segundo século) e foi mencionada por Tertuliano, Clemente e Orígenes (terceiro século). Embora sofresse de um status diminuído por causa de suas citações dos livros não canônicos, Enoque e Assunção de Moisés, seus direitos e inclusão no cânon foram universalmente reconhecidos em 350 A.D.
Em sua carta, Judas adverte os cristãos acerca da novata heresia do Gnosticismo. Quando se trata de novidade, as pessoas querem saber e não é diferente em nossos dias. Esta filosofia tratava a matéria como algo mau, o corpo como algo pecaminoso e ruim, que só trazia infortúnios, fracassos para o homem; enquanto o espírito era algo bom, que nos aproximava do celestial, nos proporcionava bênçãos e nos mantinha na dimensão do sagrado, da santidade. Como podemos observar, até parece que não é tão herético assim. Ouvimos muitos discursos parecidos: “A carne para nada presta. O que deve ser considerado é o espírito.” São discursos com um “pezinho” no Gnosticismo. Quando nos desfazemos do corpo material, estamos nos insurgindo contra a criação divina, pois a Bíblia diz que tudo o que Deus fez é bom: “E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi. E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.” (Gn 1. 31)
Além disto, os gnósticos pregavam que o corpo de Cristo, após a ressurreição, era apenas um corpo aparente, não era um corpo real, haja vista que viam o corpo humano como algo mau, daí a crença neste corpo aparente. No entanto, sabemos que estavam equivocados, porque Cristo apresentou-se aos discípulos e chamou Tomé para constatar a verdade sobre o seu corpo:
Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram. (Jo 20.24-29)
Tratava-se de um corpo transformado, porque foi ressuscitado, mas mantinha as características do corpo que Ele teve quando esteve aqui na Terra, porque se assim não fosse, Tomé não poderia detectar as marcas dos cravos em Suas mãos. Quando formos arrebatados, também teremos o nosso corpo transformado, como foi o corpo de nosso Senhor: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.” (I Jo 3.2)
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA