CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS
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SEGUNDO TRIMESTRE DE 2020
Juvenis: Jesus e o reino de Deus
COMENTARISTA: MARCOS TEDESCO
COMENTÁRIO: PROF. MARCELO OLIVEIRA DE OLIVEIRA
LIÇÃO Nº 2 – CONHECENDO JESUS DE NAZARÉ
ESBOÇO DA LIÇÃO
E O VERBO SE FEZ CARNE...
2. ... E HABITOU ENTRE NÓS
3. JESUS, O FILHO DE DEUS
4. E VOCÊ? TAMBÉM É FILHO DE DEUS?
OBJETIVOS
Explicar o porquê de Cristo ser o Verbo;
Apresentar a vida pré-ministerial de Jesus;
Definir as expressões “Filho do Homem” e “Filho de Deus.
A questão norteadora da lição desta semana é a expressão “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Uma verdade doutrinária que nos remete à epístola paulina, quando esta revela o teor desse mistério em forma de canção:
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. (Fp 2.5-11)
Jesus entrou na história humana para prover salvação ao ser humano caído em pecado. Por isso, a expressão “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” é fundamentalmente importante de ser compreendida. Nesse sentido, e para fins de auxílio em sua preparação de aula, disponibilizamos um trecho do Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, onde o teólogo pentecostal, Benny C. Aker, aborda com propriedade conceito teológico dessa frase proferida pelo apóstolo João.
João 1.1 começa de modo muito semelhante a Gênesis 1.1: ‘No princípio’. É intencional e em harmonia com o plano do Evangelho. João pretende provar que, com Jesus, Deus criou algo novo – a Igreja. O conflito entre o cristianismo e o judaísmo aparente neste Evangelho dizia respeito a qual era o verdadeiro herdeiro do Antigo Testamento. Visto que o judaísmo apelava para lugares santos, personalidades e outras tradições do Antigo Testamento, João teria sido menos eficaz em suas argumentações caso ele tivesse apelado para os mesmos materiais. João na verdade apelou para as tradições e textos do Antigo Testamento, até de modo semelhante ao judaísmo, mas sua crença e experiência com Jesus como Senhor fez a diferença. Textos do Antigo Testamento não ocorrem com frequência em João de maneira notória. Todavia o Antigo Testamento aquiesce o Evangelho a cada ponto.
Esta seção focaliza a Palavra (o Verbo), o Logos. Muitas são as tentativas em traçar a fonte do termo Logos. É mais que provável que o termo e seu conceito provenham da literatura e pensamento judaicos, embora estivesse ambientado dentro do mais extenso mundo greco-romano. Os dois temas de sabedoria e a lei (Torá, palavra hebraica para designar lei e associada com os cinco livros de Moisés) estão associados e tornam-se um. Especialmente Provérbios 8 não só personalizou a sabedoria, mas a colocou ao lado de Deus antes da criação e a envolveu nela. [...]
No Evangelho de João, o Logos é a plena revelação de Deus, da mesma maneira que a lei, proveniente da escrita das Escrituras hebraicas até a sua época, era uma revelação de Deus. O tema de que a Palavra (o Verbo), o Filho de Deus, revelou Deus completamente conclui estação seção do versículo18.
Estas ideias de sabedoria, agência e revelação apresentam para o crente uma visão da criação e redenção centradas em Cristo. Não se pode saber o propósito último da criação ou redenção, nem entender a existência diária de Deus ou qualquer revelação espiritual, sem passar pelo Logos, o Filho de Deus.
Os versículos 1 a 4 narram o estado preexistente de Jesus e como Ele agia no plano eterno de Deus. ‘No princípio’ (v.1a) fala da existência eterna da Palavra (o Verbo). As duas frases seguintes expressam a divindade de Jesus e sua relação com Deus Pai. Esta relação é uma dinâmica na qual constantemente são trocadas comunicação e comunhão dentro da deidade.
O versículo 2 resume o versículo 1 e prepara para a atividade divina fora da relação da deidade no versículo 3. No versículo 4 Ele é o Criador mediado. O uso da preposição ‘por’ informa o leitor com precisão que o Criador original era Deus Pai que criou todas as coisas pela Palavra (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.495-96).
Fonte: http://www.escoladominical.com.br/home/licoes-biblicas/subsidios/juvenis/326-licao-2-conhecendo-jesus-de-nazare.html Acesso em 31 mar. 2020