CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2020
Juvenis: Conselhos sociais e espirituais dos profetas menores
COMENTARISTA: DÉBORA MACHADO
COMENTÁRIO: PROF. MARCELO OLIVEIRA DE OLIVEIRA
LIÇÃO Nº 7 – MIQUEIAS - A MISERICÓRDIA DE DEUS
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE MIQUEIAS
OBJETIVOS
Associar o julgamento como exercício de amor;
Especificar que Deus quer obediência antes de sacrifício;
Valorizar o perdão e a compaixão.
O livro do profeta Miqueias contrasta o ritual religioso esvaziado por uma mente cauterizada com uma espécie de conforto psicológico. Ao se corromper com a idolatria, a nação ainda assim cumpria as suas obrigações ritualísticas e religiosas em nome da Religião. Entretanto, de acordo com o que Samuel disse ao rei Saul, Deus requer do ser humano obediência a sua vontade, em vez de sacrifícios tolos.
Nessa perspectiva, após expor o terceiro e último tópico, reproduza e distribua o texto abaixo acerca da forma do culto e da liberdade cristã do grande teólogo e pensador evangélico John Stott. Em seguida, debata com os alunos as principais ideias demonstradas no texto, feche o assunto mostrando a importância de o nosso culto ao Senhor refletir a verdade de nossa vida, e a sinceridade do nosso coração:
As estruturas seculares estão desmoronando em todos os lugares. Há uma rebelião mundial contra formas institucionais rígidas e um sentimento universal à procura de liberdade e flexibilidade. A igreja cristã, considerada em muitas partes do mundo como uma das principais estruturas do tradicionalismo, não pode escapar a este desafio de nossos tempos. Além disso, o desafio vem tanto de dentro como de fora. Muitos jovens crentes estão requerendo um novo e não estruturado tipo de cristianismo, despojado dos obstáculos eclesiásticos que têm sido herdados do passado.
Permiti-me classificar as três expressões principais desta onda. Referem-se à igreja e seu ministério, à direção de cultos públicos, e ao relacionamento com os outros crentes. É perigoso generalizar. Todavia, alguém pode dizer, em primeiro lugar, que muitos estão procurando igrejas que não tenham cerimônia fixa. Grupos de crentes estão, agora, reunindo-se em muitas partes do mundo, libertando-se da tradição e fazendo as coisas à sua maneira. Em segundo lugar, há um desejo por cultos informais, nos quais o ministro não mais domina, mas onde a participação da congregação é incentivada, onde o órgão é substituído pelo violão e uma liturgia antiga, pela linguagem de hoje, onde há mais liberdade e menos formalidade, mais espontaneidade e menos rigidez. Em terceiro lugar, há uma rejeição de denominacionalismo e uma nova ênfase em independência. A geração jovem está bastante contente em cortar laços que os prendem ao passado e mesmo a outras igrejas do presente. Eles querem chamar-se “crentes”, mas sem qualquer rótulo denominacional.
Sem dúvida, estas três exigências têm alguma lógica. Elas são fortemente sentidas e poderosamente manifestadas. Não podemos simplesmente considerá-las como irresponsabilidades loucas do jovem. Há uma ampla busca para o livre, o flexível, o espontâneo, o não-estruturado. A geração dos crentes mais velhos e tradicionais precisa entender isso, ser solidária e acompanhar, na medida do possível, o que está acontecendo. Todos nós concordamos em que o Espírito Santo pode ser (e às vezes tem sido) aprisionado em nossas estruturas e sufocado por nossas formalidades. Contudo, há algo a ser dito em relação ao outro extremo. Liberdade não é sinônimo de anarquia. Que argumento pode ser apresentado, então, em favor de alguns tipos de cerimônias e estruturas?
Primeiro: uma igreja estruturada. Os crentes pertencem a diferentes origens denominacionais e apreciam tradições diferentes. Contudo, a maioria (talvez todos nós) concorda em que o Fundador da Igreja tencionou que ela tivesse uma estrutura visível. [...] Ele mesmo insistiu no batismo como a cerimônia de iniciação na sua Igreja, e batismo é um ato visível e público. Ele também instituiu sua ceia como a refeição da comunhão cristã, pela qual a Igreja identifica a si mesma e exercita disciplina sobre os membros.
Segundo: adoração formal. Em particular, sou completamente a favor da adoração espontânea, exuberante, alegre e barulhenta do jovem, ainda que, algumas vezes, possa ser doloroso, como experimentei uma vez, em Beirute, quando o meu ouvido direito estava a apenas algumas polegadas do trombone. Alguns de nossos cultos são por demais formais, sérios e maçantes. Ao mesmo tempo, em algumas reuniões modernas, a quase total noção de reverência perturba-me. Parece que alguns acham que a principal evidência da presença do Espírito Santo é o barulho [...].
Terceiro: um princípio de conexão. A maioria de nós desejaria insistir em, pelo menos, um certo grau de independência para a igreja local que, em conformidade com o Novo Testamento, é uma manifestação local e visível da Igreja universal. [...] A unidade da Igreja é derivada da unidade de Deus. E porque há um só Pai, há uma só família; e um só Senhor, há uma só fé, uma só esperança e um só batismo; e porque há um só Espírito, há somente um corpo: Ef 4.4-6. Portanto, toda questão do relacionamento com outros crentes é controversa e complicada, e certamente as Escrituras não nos dão autoridade para procurar ou assegurar unidade sem verdade. Mas não nos dá, tampouco, autoridade para buscar a verdade sem unidade. Independência é conveniente. Mas também o é a comunhão na fé comum que professamos.
Mais uma vez meu argumento é que não polarizemos nesta questão. Há um lugar necessário na Igreja de Cristo, tanto para o estruturado como para o não-estruturado, tanto para o formal como para o informal, tanto para o sério como para o informal, tanto para o sério como para o espontâneo, tanto para a independência como para a comunhão.
[...] Os mais antigos membros tradicionais da igreja, que amam a liturgia, precisam experimentar a liberdade do culto no lar, ao passo que os mais novos, que amam o barulho e a espontaneidade, precisam experimentar a seriedade e reverência dos cultos formais da igreja. A combinação é muito saudável! (Texto extraído da obra “Cristianismo Equilibrado”, editada pela CPAD).
Fonte: http://www.escoladominical.com.br/home/licoes-biblicas/subsidios/juvenis/346-licao-7-miqueias-a-misericordia-de-deus.html Acesso em 29 jan. 2020