ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025
Juvenis: PERSONAGENS MARCANTES DA BÍBLIA
COMENTARISTA: EDILBERTO SILVA
COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA
LIÇÃO Nº 9 - ESTER: DE EXILADA À RIANHA, HONRANDO A DEUS E À SUA IDENTIDADE
Ester era uma jovem judia, órfã oriunda da tribo do Benjamim que fora criada pelo seu tio Mordecai. O seu nome orginal, de origem hebraica, era Hadassa e significava “murta”, uma planta que os judeus cultivavam na área do mediterrâneo e a ela atribuíam muitas funções. Logo que foi admitida ao palácio do rei, foi nomeada como Ester, que significa estrela, pode estar relacionado à divindade babilônica "Ishtar”, no grego "Aster", como afirmam alguns "targumim", ou seja, comentários das Escrituras escritos pelos doutores da lei.
Sua família já vivia naquela região desde o período do cativeiro babilônico. Morava com seu tio Mordecai, filho de Jair, filho de Semei, filho de Cis, homem benjamita. Ou seja, viviam na fortaleza de Susã, onde ficavam uma das capitais do Reino e residência de inverno do imperador Artaxerxes, também conhecido como Xerxes (485 e 464 a. C,) . No texto bíblico, é nomeado como “Assuero”, o qual é um título dado aos reis da Pérsia.
O nome Mordecai, por sua vez, é originado de “Marduque”, uma divindade babilônica. Seu nome também está associado com a sua trajetória, tendo em vista a sua ascensão no Império Persa. Era um homem proativo que sabia aproveitar muito bem as oportunidades que surgiam diante de si.
De acordo com Champlim (2001, p.402), Ishtar é conhecida como uma deusa assíria e babilônica. Certamente, estas culturas exerceram influências sobre o povo persa que, também, a conhecia como Astarte. Tradicionalmente ela exercia as funções de deusa das fontes, da vegetação, dos rebanhos de gado e de ovelhas, foi bem conhecida como deusa do amor sexual e do casamento. As lendas astrológicas a associavam ao planeta Vênus. Seu nome não aparece nas páginas do Antigo Testamento, mas sabe-se que ela é bem popular entre o povo assírio e babilônico. Também sabemos que o povo israelita se envolveu com o seu culto porque é mencionada, pelo profeta Jeremias, nas Escrituras, como a rainha do Céu: “Os filhos ajuntam a lenha, os pais acendem o fogo e as mulheres preparam a massa para fazerem tortas à rainha dos Céus.” (Jr 7.18) “Por outro lado, quando oferecemos incenso à rainha do Céu e quando lhe fazemos libações é, por acaso, sem que saibam nossos maridos que lhe fizemos bolos que a representam e lhe fazemos libações?” (Jr 44.19).
Marduque era venerado como o Rei dos deuses. Sua imagem era envolta em mantos reais que representam os seus poderes de justiça, cura, agricultura e magia. Os famosos zigurates da Babilônia eram construções dedicadas à Marduque (os quais também apontavam para o modelo bíblico da Torre de Babel). No início, na Antiga Mesopotâmia, o povo sumério deu origem à mitologia mesopotâmica, na qual havia duas divindades supremas, Enlil e Enki. Enlil era venerado como o “Rei de todas as terras”, “Pai dos cabelos negros” e, até “Pai dos deuses”; Enki, por sua vez, era nomeado como o “deus da criação”. Um século depois, a partir da liderança de Hamurabi, a Babilônia tornou-se a cidade mais influente e o seu deus patrono Marduque (cujo significado próximo é bezerro; etimologicamente o nome é derivado de amar-UTU ou “filho mortal de Utu” ou “bezerro do deus do sol Utu”) tornou-se a poderosa figura mítica associada ao governo e à sua soberania. Marduque foi visto como filho de Enki (quando o pai transmite o poder para o filho que digno dele) Enlil foi relegado a uma posição secundária nos confins da Babilônia. A ascensão de Marduque esteve associada, também, com a ascensão política, econômica e geográfica da Babilônia, pois era considerado o governante e verdadeiro padroeiro da Babilônia, tendo uma adoração que beirava o monoteísmo. Com a queda do Império Neobabilônico, no século 6 a.C, Ciro, o primeiro governante persa aquemênida, garantiu-se como o "eleito de Marduque" pois manteve o posicionamento de que estava destinado a governar a cidade de Babilônia com a anuência de seu protetor. Em anos posteriores, quando houve uma revolta do povo babilônico, o imperador aquemênida Xerxes, em resposta a esta rebelião (por volta de 485 a.C), ordenou que a estátua de ouro de Marduque fosse destruída para encher o tesouro real. (MITOS E LENDAS. Marduque: Deus Patrono da Babilônia. Disponível em: https://www.mitoselendas.com.br/2021/07/marduque-deus-patrono-da-babilonia.html. Acesso em 02mar2025.).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA