ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025
Juvenis: Uma viagem pelo Antigo Testamento
COMENTARISTA: THIAGO PANZARIELLO
COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA
LIÇÃO Nº 7 – A MONARQUIA EM ISRAEL
Caros professores, vamos percorrer um período histórico ímpar da jornada israelita nesta lição. Trata-se da transição para o período monárquico e do governo teocrático, época na qual foram concedidos os reis para o povo de Israel. No ciclo anterior da história israelita, ficou evidente que havia a necessidade de liderança política para o comando da nação. Deus já havia prometido que levantaria reis da descendência abraâmica (Gn 17.6) e diversos povos, ao redor, já estavam organizados politicamente, tendo suas lideranças, ou seja, os outros povos tinham seus reis e comunidades bem-organizadas nos aspectos geográficos, políticos, sociais, comerciais, éticos, religiosos etc. Tais nações eram vistas como paradigmas para Israel.
No entanto, ainda não havia a devida organização entre o povo de Deus, um território delimitado, fronteiras estabelecidas, surgindo daí a carência de alguém que guiasse a nação com mais vigor, tal como Moisés e Josué o fizeram no seu tempo. Era preciso alguém que desse prosseguimento à história e conduzisse o povo a um patamar superior. Se o povo prosseguisse apenas como nômades e ocupantes da terra, não evoluiria como nação. Precisava se estabelecer para sempre em sua terra e designar defesas para seu território, mas “Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos. (Jz 17.6); “Para isto, necessitava de direcionamento e entrega dos propósitos pessoais pelo bem da coletividade:” Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos.”
Por causa disto, muitos aderiram à idolatria e a imoralidade dos povos vizinhos, mesmo havendo tabernáculo em Siló, em boa parte de Israel muitos se desviaram das Leis dos Senhor e deixaram de honrá-lo. Mas o Senhor prosseguiu falando com o Seu povo, pois era a Sua vontade que o Seu nome fosse exaltado por meio da nação israelita: “Então falou Samuel a toda a casa de Israel, dizendo: Se com todo o vosso coração vos converterdes ao Senhor, tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o vosso coração ao Senhor, e servi a ele só, e vos livrará da mão dos filisteus.” (I Sm 7.3)
Temos o exemplo bem concreto dos filhos de Eli que desonraram a casa do Senhor e o nome de Seu pai, trazendo prejuízos à sua geração sacerdotal, que não mais ocupou o Altar. A Cobiça dos filhos de Eli (o qual foi um sacerdote fiel, que não disciplinou os seus filhos, viu Israel em ruínas e o seu sacerdócio também) que deu um péssimo exemplo da falta de liderança na sua casa. Por isto, o Senhor disciplinou a família de Eli e a todo o Israel permitindo que os filisteus, adoradores de Dagom, o deus-peixe, viessem e trouxessem prejuízo para o povo de Deus.
Vemos, portanto, a importância da liderança na Casa do Senhor, no seio da família e na nação propriamente dita. O povo precisava de alguém que assumisse, com responsabilidade, o seu papel, assumisse a autoridade que o Senhor lhe deu. Quem está no comando é a cabeça, aquele que coordena, que verifica o que está acontecendo e corrige o que é necessário. Quando a cabeça deixa de exercer o seu papel, o corpo fica enfermo, é contaminado pelos inimigos externos e sofre a invasão de vírus e bactérias. Isto ocorreu em Israel, quando Eli deixou de ser o pai que corrige os filhos e, automaticamente, não tem autoridade moral, para corrigir o povo.
E era Eli da idade de noventa e oito anos; e estavam os seus olhos tão escurecidos, que já não podia ver. E disse aquele homem a Eli: Eu sou o que venho da batalha; porque eu fugi hoje da batalha. E disse ele: Que coisa sucedeu, filho meu? Então respondeu o que trazia as notícias, e disse: Israel fugiu de diante dos filisteus, e houve também grande matança entre o povo; e, além disso, também teus dois filhos, Hofni e Finéias, morreram, e a arca de Deus foi tomada. E sucedeu que, fazendo ele menção da arca de Deus, Eli caiu da cadeira para trás, ao lado da porta, e quebrou-se-lhe o pescoço e morreu; porquanto o homem era velho e pesado; e tinha ele julgado Israel quarenta anos. (I Sm 4. 15-18)
O povo perdeu o sacerdote, a cabeça, que estava tentando exercer um comando há quarenta anos. “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus [...]” (I Pe 4.17) E foi assim que começou para que aprendamos a lição. O Senhor não deixaria o Seu povo desamparado, sem uma diretriz. Levantou Samuel, que era de descendência sacerdotal, resultado das orações de sua mãe, um menino preparado por Eli no próprio tabernáculo que ficou observando tudo o que se passava ao seu redor e decidiu agir de modo diferente. É interessante observarmos a conduta de Samuel que optou por ser diferenciado de Hofni e Fineias: “ E crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra”. (I Sm 3.19)
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA