ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2024
Juvenis: FALSO OU VERDADEIRO – como combater as ideologias do nosso tempo
COMENTARISTA: Verônica Araújo
COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA
LIÇÃO Nº 12 - PLURALISMO RELIGIOSO: TODOS OS CAMINHOS LEVAM A DEUS?
Vivemos num país caracterizado pelo sincretismo religioso, pela assimilação de diversos elementos das religiões que compõem a sociedade brasileira. Estudiosos das religiões destacam que elas se caracterizam por serem manifestações culturais e, por isto, as diferentes expressões de religiosidade precisam ser consideradas no âmbito da liberdade de crenças. Daí a necessidade, segundo alguns, de se manter a harmonia entre os segmentos religiosos. Ou seja, pretende-se unir tais segmentos religiosos e as manifestações culturais, propagando-se as ideias de que cultura e religião se confundem, o que contradiz os propósitos da verdadeira religião segundo Tiago: “A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” (Tg 1.27) Sendo assim, tais proposições não se relacionam com a cultura, mas aos atos que revelam uma vida transformada pelo poder do Evangelho. As pessoas são livres para decidir a respeito da religião que optam por seguir, todos são dotados de livre-arbítrio e decidem depender de Jesus e ser os Seus discípulos. Tal decisão implica em viver uma nova dimensão de vida e de práticas em relação ao próximo.
É diferente no que diz respeito à cultura, porque ela se manifesta nas ações e nas práticas dos indivíduos em seu cotidiano, mas não está restrita ao amor cristão, refere-se à aplicação dos saberes adquiridos no seu meio social, nos materiais construídos juntamente com seus pares:
O termo “cultura” no sentido figurado começa a ser utilizado, com mais frequência, no século XVIII [...] como se fosse necessário que a coisa cultivada estivesse explicitada; em seguida, para designar a “formação”, a “educação” do espírito; e posteriormente, num movimento inverso, deixa de ter o significado de “cultura” como ação (ação de instruir) e passa a “cultura” como estado (estado do espírito cultivado pela instrução, estado do indivíduo que tem cultura). (Godoy; Santos, 2014, p.17-18)
Sendo assim, o cultivo de práticas culturais, se assemelha à cultura agrícola quando o ato de cuidar da plantação é uma arte específica que requer paciência, disciplina, observação constante e disposição para ir assimilando novas técnicas que contribuam para o bom crescimento da vegetação. A cultura, portanto, se caracteriza por ser uma espécie de processo no qual se desenvolvem e se enobrecem as faculdades humanas. Enquanto isto, o homem vai alcançando um maior patamar em suas faculdades intelectuais e emocionais, desenvolvendo, de forma prática, a disciplina.
A disciplina está relacionada com o homem interior? Apenas com o homem religioso? NÃO! Porque está se processando apenas na dimensão da alma, do homem como ser vivente, do homem como criatura. A cultura não se conecta com a religião porque se relaciona ao homem na dimensão material: seu corpo, seus sentimentos (emoções), seu intelecto (memória, inteligência, criatividade etc) e sua vontade (livre-arbítrio). A religião atua numa esfera muito mais profunda do ser humano que é o seu espírito, a dimensão do homem que se comunica com Deus, que expressa a sua fé nEle, no Criador e tem a consciência do pecado. A origem do nome religião, que todos nós conhecemos, é “religare”, vocábulo que trata da comunhão, da religação do homem com o seu Criador e isto vem nos conscientizar da necessidade do Salvador. A cultura não proporciona isto, ela só desperta o prazer por aquilo que vemos, sentimos e ouvimos. A cultura também manifesta estilos particulares expressos de certos povos, de certas pessoas, de certas épocas, de certos grupos étnicos etc., destacando a língua, as crenças, costumes, a arte que influencia o modo de ser e viver dos indivíduos. No entanto, a verdadeira religião, sem distinguir épocas, povos/etnias, pessoas proporciona as mesmas sensações, prega a mesma mensagem, fala do mesmo Deus e todo aquele que a professa revela o mesmo:
Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e coerdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. (Rm 8.14-17)
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA