ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2024
Juvenis: FALSO OU VERDADEIRO – como combater as ideologias do nosso tempo
COMENTARISTA: Verônica Araújo
COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA
LIÇÃO Nº 5 - RELATIVISMO ÉTICO
A Ética, cujo significado está relacionado ao grego antigo: ethos "caráter", "costume", refere-se ao conjunto de valores e padrões morais ideais de um indivíduo. Em suma, diz respeito à conduta ideal deste indivíduo. Qual é o padrão de conduta do cristão? O seu ideal de conduta? O salmista nos responde:
Bem-aventurados os retos em seus caminhos, que andam na lei do Senhor.
Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos, e que o buscam com todo o coração. E não praticam iniquidade, mas andam nos seus caminhos.
Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos.
Quem dera que os meus caminhos fossem dirigidos a observar os teus mandamentos. (Sl 119. 1-5)
Os cristãos são o padrão ético para este mundo, haja vista que a sua conduta é a ideal e está de acordo com a Palavra de Deus. Orientando as suas atitudes segundo os princípios estatuídos na Lei do Senhor, o cristão não apenas será uma pessoa feliz, como também, dará bom testemunho, exaltando a majestade do Senhor a quem Ele serve. No entanto, o príncipe deste mundo, com a finalidade de desfazer os ensinos que foram deixados para os filhos do Criador, propôs o Relativismo Ético. Trata-se de um vocábulo que vem do latim “relatus”e indica que nada subsiste isolado nem pode ser considerado um absoluto por si mesmo. Existe uma interdependência entre as coisas, as quais se modificam umas às outras. Para Abbagnano (2000, p.845), o Relativismo “é uma doutrina que afirma a relatividade do conhecimento, no sentido dado a esta expressão no séc. XIX.”
O Relativismo ético está baseado no pressuposto da dúvida cartesiana, do ceticismo e, por isto, a verdade se torna uma hipótese (o que é provável, nem sempre é demonstrável, o que é suposto). Não há firmeza nesta verdade, que está em constante fluxo, tal como as águas do rio, tornando-se sujeita à modificação de sociedade para sociedade e de época para época. Isto explica porque são propagadas, em nossos dias, que não há verdades absolutas, que a verdade de cada um é específica e todas as nossas verdades mudam. Daí o descaso com a Santa Lei do Senhor que é dotada de princípios imutáveis: “Para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu.” (Sl 119.89) “Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40.8)
Protágoras de Abdera (490 - 415 a.C), filósofo pré-socrático, propôs a máxima: “O homem é a medida de todas as coisas”, o que o torna um dos influenciadores do Relativismo, pois tal pensar predispõe a humanidade a repelir as reinvindicações absolutistas da Palavra de Deus e de obedecê-la. Ele se torna livre para agir segundo as s uas intenções, sem preocupar-se com a vontade divina, como o salmista: “Assim observarei de contínuo a tua lei para sempre e eternamente.” (Sl 119.44)
Com o passar dos anos, os homens têm debatido sobre o que é certo e o que é errado. Diferentes sociedades, nos diversos segmentos culturais e históricos, também elaboraram, em conjunto, suas práticas éticas resultantes de suas cosmopercepções para serem aceitas. Vemos, assim, que a humanidade concebe os princípios eticos como o resultado das descobertas das sociedades constituídas, as quais se alicerçam no que é patente naquele grupo para ser estabelecido como princípio. Sendo assim, quem deve determinar o que é certo e o que é errado? Neste caso, o relativismo aponta que é a própria sociedade constituída. Veja este caso:
Senadora Damares questiona a ausência do Estado nas áreas indígenas
A senadora Damares Alves diz que questiona o isolamento dos povos indígenas e relembra quando foi perseguida pela Funai.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) em entrevista para o Podcast do Diário do Poder, nesta terça-feira (23), falou sobre a causa índigena, mas principalmente sobre os povos Yanomami.
Damares diz que questiona o isolamento dos povos indígenas e relembra quando foi perseguida pela Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) por acusações de sequestro e de interferência e colocar fim na cultura. A senadora trabalha com a causa indígena há 35 anos e foi a responsável por denunciar que os povos indígenas enterram crianças vivas portadoras de doenças e com deficiências por causa da cultura.
“Eu não queria ter feito essa denúncia. Eu queria ter resolvido mas quando a Funai, ainda no governo PT do Lula, disse que tinha que me prender porque eu sequestro crianças e eu tinha que dizer o porque eu estava com as crianças. Eu não sequestrei! ela seria enterrada viva então eu tive que me defender falando o que ocorria nas etnias”, contou Damares.
A senadora questiona o motivo do isolamento dos povos originários e o motivo pelo qual o Governo Federal não modifica a situação. “Porque o nosso indígena tem que ficar pelado no mato com uma pena na cabeça? porque nós temos que ter um grande zoológico humano no país? isso não cabe mais”. Damares ainda diz que os próprios antropólogos, principalmente os financiados por instituições estrangeiras, dizem para não tocar na cultura e deixá-los afastados.
(Disponível em: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/e03-brasil/senadora-damares-questiona-a-ausencia-do-estado-nas-areas-indigenas. Acesso em 27out2024)
A senadora cristã valeu-se de princípios da Lei do Senhor para salvar uma vida e dar, a uma indígena, a oportunidade de reviver e ter uma família, sem considerar sua deficiência. Esta é a nossa conduta ideal. Não levamos em conta as condições sociais e culturais do próximo para ajudá-lo e dar-lhe condições de apreender novas posturas, novas formas de atuar no seu ambiente, mas o relativismo prevê que não podemos e não há critérios para se estabelecer juízos morais absolutos. Diante de situações práticas, sabemos exatamente o que fazer, tal como a ministra o fez, mas numa situação de caráter mais teórico, sempre nos defrontamos com dilemas, porque a cobrança da sociedade é constante, implacável.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA