ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2024
Juvenis: FALSO OU VERDADEIRO – como combater as ideologias do nosso tempo
COMENTARISTA: Verônica Araújo
COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA
LIÇÃO Nº 3 - HUMANISMO: A CRIATURA COLOCADA ACIMA DO CRIADOR
Nossa primeira lição falava dos sofismas, dos raciocínios enganosos que aparentavam verdades e conduziam as pessoas a caminhos tortuosos. Nosso comentário, hoje, começará com um dos sofismas de um pré-socrático, Protágoras de Abdera, que viveu em 481 - 415 a.C., está perdurando em nossos dias e exercendo um efeito avassalador: “O homem é a medida de todas as coisas.” Tal pensamento expressa o relativismo ético vigente, exalta a percepção humana de todas as coisas, enfatizando a subjetividade como determinante para a proposição de novos valores que caracterizem a conduta humana, desprezando, assim, os princípios norteadores da Palavra de Deus. Sendo assim, vemos a criatura colocada acima do Criador, pois é ela quem determina as leis, as regras, a cultura. Não considera um poder transcendente acima dela, o que sabemos, de antemão, que é um perigo para a sua existência.
Tal filosofia inspirou o Humanismo. Abbagnano (2000, p.518) declara que “esse termo é usado para indicar duas coisas diferentes. I) O movimento itinerário e filosófico que nasceu na Itália na segunda metade do século XIV, difundindo-se para os demais países da Europa e constituindo a origem da cultura moderna. II) Qualquer movimento que tome como fundamento a natureza humana ou os limites e interesses do homem.”
É perceptível que o homem renascentista, recém-saído da Idade Média, passa a questionar os dogmas da Igreja Católica, rejeitar os princípios cristãos e zombar da fé. Um dos exemplos mais contundentes está presente na Literatura quando Gil Vicente escreve “Auto da Barca do Inferno”, peça de teatro na qual os personagens fingem que são pessoas piedosas, mas ao desembarcarem para o purgatório (crença da Igreja Católica ops...), sua verdadeira face é revelada para Satanás e elas vão direto para o inferno. Ou seja, disfarçavam que eram católicas piedosas, no entanto eram hipócritas e não viviam a sua fé. O escritor humanista aponta os discursos das personagens que eram destituídos de prática, da fé fingida, seguida de falas irônicas e críticas à religião. Tais fatos não são diferenciados em relação aos nossos dias. Há mudanças no vocabulário, nos costumes, nos valores e, até mesmo, os valores morais são bem piores, pois a iniquidade se multiplicou, mas o descaso com a Palavra de Deus é o mesmo. A centralidade no homem prossegue. Desde o Éden foi assim:
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. (Gn 3.6,7)
O interesse humano era ser como Deus, idêntico a Ele, conhecendo o Bem e o Mal, sair da Dispensação da Inocência. Para isto, teria que burlar a regra estabelecida e fazer o que lhe aprazia: comer o fruto que lhe agradava aos olhos. Aquele que estabelece as regras, às vezes, sentencia algo que não garante prazer à carne e o homem sempre quer agradar a si mesmo, não a Deus. Eis o perigo. Precisamos agradar primeiramente ao Senhor e seremos satisfeitos: “Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.” (Sl 37.3-5)
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA