ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2024
Juvenis: CONHECENDO OS LIVROS DOS PROFETAS
COMENTARISTA: THIAGO SANTOS
COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA
LIÇÃO Nº 9 - JONAS E MIQUEIAS
O nome deste profeta vem do hebraico “Yonah” e significa pombo. Filho de Amitai e oriundo de Gate-Hefer, uma cidade pertencente à tribo de Zebulom, nas proximidades de Nazaré, em torno de 3 Km (agora conhecida como Mashhad). Ela também é citada em Js 19.13: “E dali passa pelo oriente, para o nascente, a Gate-Hefer, em Ete-Cazim, chegando a Rimom-Metoar, que vai até Neá;” Jonas foi um profeta do Reino do Norte de Israel. Fazendo jus ao seu nome, podemos dizer que o “mensageiro de paz” agiu como um “gavião”, pregando na velocidade de três dias, com uma fúria contida, causando temor nos seus ouvintes. Jonas acusa a nação que, de fato, era pecadora e cruel, sua atitude de quem não dispõe de misericórdia deixa-nos diversas lições relativas ao amor divino e à importância da humilhação. Como se pode observar, os pagãos ninivitas foram alvo da misericórdia de Deus, apesar de Jonas.
Há que se compreender algumas atitudes deste servo do Senhor, pois os assírios oprimiam os israelitas e os matavam. Ellisen (1993, p. 300) afirma que “a tradição judaica diz ser ele o filho da viúva de Sarepta que foi ressuscitado por Elias, mas isso nunca obteve uma sólida confirmação.” Identificamos em II Rs 14.25: “Também este restituiu os termos de Israel, desde a entrada de Hamate, até ao mar da planície; conforme a palavra do Senhor Deus de Israel, a qual falara pelo ministério de seu servo Jonas, filho do profeta Amitai, o qual era de Gate-Hefer.”Este período aponta para o início do reinado de Jeroboão II, quando o Senhor declara a Sua misericórdia para Israel e, também, concede bênçãos materiais, permitindo que o povo prospere financeiramente, apesar de toda a iniquidade. Era uma forma específica de demonstrar Amor àquela nação, dando oportunidades para que se arrependessem e conhecessem a verdade.
Jonas foi escrito por volta de 765 a.C. e a profecia comunicada no reinado de Jeroboão II, 793-753. Jonas é conhecido por causa de sua visita a Nínive. Provavelmente, ela tenha ocorrido no final de seu longo ministério em Israel. O motivo da escrita do livro foi esta visita, por meio da qual ele ministrou ensinos ao povo israelita. No entanto, o ministério do profeta não se constituiu apenas da visita aos assírios. Os milagres, expostos no livro de Jonas, são um desafio para a fé de muitos e apontam para os cuidados amorosos do Pai Celestial com os seus filhos e todos os povos que se arrependerem de seus pecados.
O livro de Jonas, que tem 4 capítulos, pode ser dividido em três partes:
a) 1ª parte - chamada e desobediência de Jonas - Jn.1
b) 2ª parte - arrependimento de Jonas - Jn.2
c) 3ª parte - pregação de Jonas e seus efeitos - Jn.3-4.
Alguns alegam que a história de Jonas é alegórica, não foi literal ou histórica. Partir do princípio que Jonas foi um mito e que sua narrativa tem o fim de ensinar verdades espirituais, é um equívoco, pois não se trata de uma parábola. Deve ser reconhecida como uma história autêntica pelos vários motivos elencados a seguir:
a. Jonas pertence a um povo, sua origem é mencionada de forma específica. Sabemos de qual cidade ele vem: Gate-Hefer;
b. Sua paternidade é confirmada: “o filho de Amitai” em 2 Rs 14:25 e Jonas 1:1.
c. A historicidade literal de Jonas e sua experiência é confirmada pela tradição judaica.
d. Jonas é apontado como um personagem histórico até pelo próprio Cristo, porque um dos milagres que ele vivencia, também farão parte da biografia do Mestre, o que dá autenticidade ao milagre (Mt 12:40-42; 16:4; Lc 11:29-32). Cristo também associa a historicidade de Jonas com a historicidade de Salomão.
e. O livro destaca a providência do Senhor ao enviar um grande peixe para poupar a vida de Jonas no vasto mar. Que tenha sido ou não uma baleia, a Bíblia não depende destas confirmações para apontar a grandeza do cuidado divino.
f. Deixar de aceitar a veracidade das Escrituras quando nos relata tais fatos miraculosos é questionar a sobrenaturalidade bíblica nos seus diversos relatos.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA