ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2023
Juvenis: Espírito Santo, Deus presente em nós
COMENTARISTA: Carlos Alexandre Dorte
COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA
LIÇÃO Nº 14 - O ESPÍRITO SANTO E A OBRA MISSIONÁRIA
Chegamos ao final de mais um trimestre que acrescentou conhecimentos poderosos na vida de nossos jovens, apontando, a eles, os verdadeiros caminhos para conhecerem o Espírito Santo e desfrutarem, assim, da verdadeira comunhão. Pois o ato de conhecer, na acepção judaica, envolve intimidade. Como teremos intimidade com um Ser, desconhecendo como ele atua? Daí a importância desta revista. Falar sobre o Espírito é despertar, em nossos alunos, o anseio pelas bênçãos espirituais e, nesta busca, os adolescentes estarão mais preparados para enfrentar as dificuldades que surgem no seu cotidiano. Precisamos, como seus professores, prepará-los espiritualmente com o fim de fortalecê-los para as batalhas espirituais que estão por vir. Mostrar-lhes que o verdadeiro poder vem do alto, do Pai das Luzes, em quem não há sombra, nem variação: “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” (Tg 1.17)
O poder do Espírito Santo concede legitimidade às realizações do crente, ou seja, às suas pregações, bem como orações por cura e libertação de oprimidos. Na obra missionária, Ele é a essência de todo o trabalho. Sem a presença do Espírito Santo, a obra missionária, perde a razão de ser. Cristo deixou claro para os seus discípulos que eles seriam missionários, divulgariam as boas-novas de salvação quando sobre eles viesse a virtude do Espírito Santo:
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. (At 1.8)
E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. (Lc 24:49)
A promessa foi cumprida. E uma grande colheita de almas se deu no dia do derramamento do Espírito Santo, na vinda do Consolador, daquele que auxiliaria os servos do Senhor na pregação, convencendo os homens de seus pecados e conduzindo-os a Cristo:
E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?
E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.
E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas. (At 2. 37-41)
Os discípulos de Jesus só puderam iniciar a pregação do evangelho mediante a concessão deste poder que restaura e transforma completamente o homem, pois somente assim ele poderá realizar a obra do Senhor. Muitos obreiros pregam acerca do profeta Isaías que inicia o seu livro apontando os pecados dos outros. É o que realmente constatamos quando lemos o texto. No entanto, a partir do sexto capítulo, este profeta tem uma visão da glória de Deus. E, ao contemplar a beleza da santidade do Senhor, ele se autoanalisa, verifica a sua reles condição pecaminosa, de pecador que está perecendo numa sociedade perversa e distanciada de Deus. Não há solução para o seu caso. Então ele contempla o seu destino que, para um homem no seu estado, são as trevas exteriores. O que fazer numa situação como esta? Nada mais resta senão clamar....É o que ele faz. Clama dizendo: “Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos.” (Is 6.5) Nosso Deus não age de forma alheia àquele que a Ele clama e implora por misericórdia. O Senhor responde à oração de Isaías:
Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e expiado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.
Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado.
Então disse eu: Até quando Senhor? E respondeu: Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem habitantes, e as casas sem moradores, e a terra seja de todo assolada. E o Senhor afaste dela os homens, e no meio da terra seja grande o desamparo. (Is. 6. 6-12)
O profeta só começou, de fato, o seu ministério quando foi tocado pelo Senhor, pela tenaz retirada das brasas do altar. Precisou, necessitou da purificação do fogo santo para que você enviado à nação israelita. O fogo purificador agiu sobre a língua, um órgão extremamente rebelde. Vejamos o que Tiago tem a nos dizer sobre ele: “A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.” (Tg 3.6) Sendo assim, era necessário que este instrumento, que todo o corpo contamina, fosse domado, recebesse o poder restaurador, o fogo santo do Senhor, simbolizado pelo Espírito Santo. Por isto, os discípulos e todos os crentes falam em línguas como evidência de que receberam o poder do Espírito Santo. Este órgão tem um efeito destruidor na vida das pessoas e precisa ser controlado. Quando o Consolador atua sobre o nosso ser, a nossa língua também está sob controle. Ela é usada para louvar e engrandecer o nome do nosso Deus, para divulgar as boas novas de salvação, para beneficiar verbalmente quem está conosco.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA