Jovens

Lição 13 - Uma palavra profética às nações I

ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL NO AMAZONAS

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2025

Jovens: EXORTAÇÃO, ARREPENDIMENTO E ESPERANÇA: o ministério profético de Jeremias

COMENTARISTA: Elias Rangel Torralbo

COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 13 - UMA PALAVRA PROFÉTICA ÀS NAÇÕES

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

UM DEUS PARA AS NAÇÕES

A criação do ser humano (Gn 3.26-31) precede à escolha da semente de Abraão para levantar a Israel como o seu povo (Gn 12.1-3). Observe que não há dissociação entre o ideal de Deus para o povo que estava levantando em Abraão do interesse de Deus em abençoar a todas as famílias da terra (Gn 12.3), e isso se confirma ao longo de toda a narrativa bíblica (Am 9.7).

Deus sempre buscou um grande relacionamento junto às nações, para que estas se voltem para Sua vontade, a fim de que todas sejam abençoadas e vivam em plena paz. Por isso muitos profetas foram levantados para que a voz de Deus fosse ouvida, e para que as nações compreendam a vontade do Deus Todo-Poderoso para as suas vidas.

Deus usou nações como instrumento nas suas mãos a fim de cumprir o seu propósito, inclusive de corrigir e disciplinar o seu povo (Is 10.5). No próprio contexto do ministério do profeta Jeremias, é possível notar esse método usado por Deus em apropriar-se de outras nações fora Israel como instrumentos nas suas mãos (Jr 20.4).

Deus sempre apresentou e demonstrou a Sua vontade para as nações. Nenhuma delas estava fora dos seus planos, por isso que a morte de Cristo foi necessária. Mas muito antes encontramos essa afirmação, quando o próprio Deus disse: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).

Tanto a mensagem do Antigo como a do Novo Testamento é a mesma e serve de alerta ao seu povo no sentido de conscientizá-lo e convocá-lo a proclamar a sua justiça, o seu amor e a sua chamada para que as nações rendam-se e sirvam-no de todo o coração. [...] O livro de Apocalipse mostra que o Reino de Deus é formado de pessoas de todas as nações, assumindo, assim, o seu ponto mais alto, pois essa verdade é encontrada em toda a narrativa bíblica. Há informações no livro da revelação de que o Senhor comprou “homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação” para Deus (5.9), assim como registra a visão que João teve de que um número expressivo de pessoas “de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas” há de comparecer “diante do trono e perante o Cordeiro” (7.9) e, por fim, de que “todas as nações virão e se prostrarão” diante do Senhor para reverenciá-lo (15.4).

UM PROFETA PARA AS NAÇÕES

O vocábulo nações assume vários sentidos no contexto bíblico, inclusive ao referir-se figuradamente a insetos ou animais, como em Joel 1.6, em que diz respeito a gafanhotos. Entretanto, no contexto do chamado e ministério de Jeremias, nações é um substantivo cujo significado é nação, povo, gentios e país, em diferentes contextos e realidades.

Quando Jeremias foi chamado ele recebeu de Deus um comissionamento duro e que o faria muitas vezes padecer, pois apesar de sua atuação ser vista de maneira mais ativa em Judá, ele foi chamado para ser um profeta de nações (Jr 1.5).

Com essa pura e resoluta consciência de que tinha sido chamado por Deus, o profeta Jeremias não só foi fiel à mensagem recebida, como também se submeteu à vontade de Deus de enviá-lo a profetizar às nações, conforme tratado anteriormente. O Deus que definiu a mensagem a ser entregue também definiu a quem ela deveria ser entregue — nesse caso, às nações.

Jeremias atuou da maneira que o próprio Deus definiu para ele fazer, trilhando a rota necessária para que a vontade do Senhor seja reconhecida pelas nações. Jeremias é um grande exemplo de obediência ao chamado divino.

Inquestionavelmente, é de uma beleza providencial e indescritível da parte de Deus, bem como admirável o comprometimento do profeta Jeremias, porque, sem se locomover, o mesmo teor da mensagem que o profeta transmitiu ao povo de Judá também foi anunciada a várias outras nações.

UM POVO PARA AS NAÇÕES

O que o Novo Testamento expõe e explica a respeito da Igreja de Cristo é o ponto alto do que o Antigo Testamento apresenta de forma embrionária e progressiva a respeito do plano de Deus na constituição de um povo que o representa na terra. Nesse sentido, Israel serve como ponto de partida, razão por que deve receber uma atenção especial por parte dos que não só desejam conhecer a respeito desse assunto central à fé cristã, mas também almejam participar do trabalhar de Deus entre os povos por intermédio do seu povo.1

A Igreja do Senhor foi comissionada pelo próprio Filho de Deus para ser a profeta para as nações. O chamado de Marcos 16.15 destaca isso, onde a missão da Igreja se aplica em ser a mensageira para o mundo, encarregada de anunciar os desígnios de Deus para a humanidade caída.

Embora o termo Igreja não apareça de forma direta no texto veterotestamentário, o conceito de um povo chamado e reunido em torno de propósitos bem específicos e estabelecidos por aquele que o chamou está presente e assemelha-se ao mesmo sentido de Igreja do Novo Testamento.

A Igreja é a ferramenta que Deus, através do Seu Espírito Santo, usa dinamicamente no presente tempo. Através de suas ações fora das quatro paredes (e também dentro delas) é o grande testemunho de que o nosso Senhor não deseja que a humanidade pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).

A missão da Igreja identifica-se com a de Israel, embora não obedeça a mesma dinâmica, pois, enquanto a de Israel foi centrípeta, tendo de atrair as nações para anunciar a grandeza de Deus, a da Igreja é centrífuga, isto é, ela deve ir às nações a fim de proclamar e ensinar a mensagem que testifica de Deus (Mt 28.18-20; Mc 16.15).

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA

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